29 de agosto de 2014

UM CURSO EM MILAGRES - VIVENDO O UCEM




"A alegria e a felicidade, são nossa herança natural, qualquer outro estado, é apenas um estado de sonho, portanto antinatural, e irreal. Juntos vamos nos apoiar, para relembrarmos a VERDADE de quem SOMOS, e assim, recuperarmos a Herança do Espírito Eterno, que é o nosso Único Direito." - (Emilia Oliveira)


Os que sentirem o chamado para participarem, acessem: http://mixlr.com/emilia-oliveira-1/
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“AMADOS E AMADAS AMIGAS UNIDOS NO AMOR!
Estarei transmitindo meia hora por dia, a partir de amanhã (quinta) dia 21 de agosto,às 20 horas (8 da noite), todos os dias, VIVENDO O UCEM - NO MIXLR - Os que sentirem o chamado para participarem, acessem:

http://mixlr.com/emilia-oliveira-1/

É muito simples se cadastrar, para uma experiência riquíssima de União, com a Fonte - SOURCE.
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Mensagem do GRUPO DE ESTUDOS de UM CURSO EM MILAGRES em Camanducaia-MG:

“Ocupar o trono de Deus não é pecado, conforme o ego nos ensina, simplesmente porque esse fato é totalmente impossível de ocorrer, portanto o pecado relacionado a isso, também é impossível. -"a loucura pode ser a nossa escolha, mas nunca a nossa realidade.

O Filho de Deus jamais caiu da mente amorosa onde foi criado, e onde sua morada foi fixada em perfeita paz.

Nada aconteceu senão um sonho com a separação. Todos os equívocos: raiva, transtorno, doença, ansiedade, depressão, são partes da estratégia do ego para nos manter focados nisso, e, tentarmos achar soluções sempre do lado de fora; na dor, sofrimento, especialismo em todas as variadas formas que ele inventa.”
(Emilia Oliveira)
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GRAVAÇÕES DOS ENCONTROS VIRTUAIS DE HOJE E ANTERIORES aqui:


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21 de agosto de 2014

Um Curso em Milagres - Ucem




“... a qualidade do Curso que eu talvez considere a mais notável é sua extraordinária provisão de uma ‘presença’ que eu só posso descrever como sábia companhia. Embora ele seja apenas um livro, frequentemente me apanho olhando meu exemplar do Curso quase como se fosse uma coisa viva, capaz de falar comigo a qualquer momento – sem dúvida com a mesma autoridade serena com que sua Voz outrora pediu silenciosamente a Helen Schucman: ‘Por favor, tome nota’.
Considerando quão exasperante o Curso pode ser às vezes – agora estou usando meu segundo exemplar, pois o primeiro, atirado muitas vezes contra a parede, se estragou – essa sensação de companhia é ainda mais sobrenatural. No entanto, ela é simplesmente o cumprimento de uma promessa encontrada ao final do livro de exercícios:

O teu Amigo te acompanha. Tu não estás sozinho. Nenhum daqueles que chama por Ele pode chamar em vão. Qualquer que seja o teu problema, estejas certo de que Ele tem a resposta e ela te será dada com alegria, se simplesmente te voltares para Ele e a pedires. Ele não te negará todas as respostas de que precisas para qualquer coisa que pareça estar te perturbando. Ele conhece o caminho para resolver todos os problemas e todas as dúvidas. A Sua certeza é a tua. Basta pedi-la e ela te será dada...
Tu não caminhas sozinho. Os anjos de Deus pairam acima de ti e em tudo ao teu redor. O Amor de Deus te cerca e disto podes estar certo: eu nunca te deixarei sem consolo.”

Trecho do livro “A história completa do Curso em Milagres” – D. Patrick Miller – págs. 261-262 – editora Nova Era.

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19 de agosto de 2014

Experiência de vida: conheça a história da jornalista que foi monja por 10 dias

Veja como pode ser uma experiência em um retiro de silêncio, como é praticar 11 horas de meditação diárias, se alimentar frugalmente e viver sob o risco de transgredir compromissos, como o de não matar um mosquito.

No retiro de meditação vipassana as meditações diárias duram 11 horas.
Foto: Getty Images

A jornalista Ana Rita Martins sempre teve simpatia pela carreira monástica. Isso a levou, em 2011, a fazer seu primeiro retiro de meditação vipassana. Durante 10 dias, os participantes viviam como monges: sem se comunicar (por meio de palavras ou olhares), meditando por cerca de 11 horas diárias e fazendo apenas três refeições simples. Na época, Ana havia acabado de sair de uma empresa na qual trabalhara durante quatro anos intensos como repórter. Queria descobrir, por meio do silêncio e da meditação, como seria sem a correria insana e as pressões do mercado de trabalho. Queria vislumbrar também como teria sido a minha vida se eu tivesse seguido o caminho dessa espiritualidade.


Veja a reportagem na íntegra:

“Como da outra vez, assim que cheguei ao retiro na cidade de Monteiro Lobato, interior paulista, tive de me apartar de tudo que pudesse me distrair. Deixei aparelho de MP3, caderno, caneta, livros e celular dentro de uma sacolinha com a administração. Durante os dez dias seguintes, eu deveria esquecer o mundo exterior. E me entregar à rotina de acordar às 4 horas, meditar durante dez horas e 45 minutos, ouvir uma palestra durante uma hora e 15 minutos e, nas seis horas restantes do dia, comer, dormir e descansar.
Não parecia fácil, mas também nem tão difícil, afinal, eu já era budista e meditava. Também adorava ficar em silêncio. Tinha a impressão de que viveria, no retiro, os momentos mais relaxantes da minha vida. Estava errada.
Na sala de meditação, as mulheres ficavam de um lado e os homens de outro. Era o único lugar em que podíamos ver alguém do sexo oposto, pois havia alojamentos e refeitórios separados. A segregação, disse um voluntário do retiro, era para evitar qualquer tipo de distração. Coerentemente, durante a meditação, uma professora ficava à frente das alunas, e um professor, à frente dos alunos. Eles não falavam quase nada. Apenas apertavam o play num aparelho de som para que S.N. Goenka, um líder espiritual birmanês, desse instruções sobre como deveríamos meditar, com base em ensinamentos de Sidarta Gautama, o Buda. No início, ouvir as instruções em áudio foi um pouco estranho. Mas a voz grave do Goenka era tão poderosa e carismática que logo deixei de estranhar.
No primeiro dia, ele pediu que apenas observássemos a nossa respiração, sem interferirmos no ritmo natural. Essa meditação, chamada anapana, tinha o objetivo de acalmar a mente e desenvolver a concentração. "Observe o ar entrando e saindo das narinas", o líder dizia. Parecia fácil, mas não era. Depois de alguns segundos observando a respiração, eu me pegava pensando em um milhão de coisas. Simplesmente me distraía e me esquecia dela. Os pensamentos, desordenados, um seguido do outro, me levavam para fatos do passado ou para hipóteses sobre o futuro. E impediam que eu me concentrasse. Essa dificuldade já era conhecida. Tinha sido assim no terceiro retiro que fiz, no ano passado. Agora, eu me sentia zangada, frustrada. Já não era mais uma iniciante, então porque tanta dificuldade? Goenka parecia ouvir meus pensamentos.
À noite, durante a palestra, explicava que a mente tem padrões de comportamento viciados e que sempre nos leva ou para o passado ou para o futuro. Observar a respiração seria uma estratégia para nos mantermos no presente, em conexão com o corpo e a alma, e para sairmos do domínio tirânico da mente. Eu precisava deixar o orgulho e a soberba de lado. Se as mesmas dificuldades dos retiros anteriores se repetiam, era porque eu precisava aprender com elas. O fato de eu ficar zangada e chateada quando a mente se distraía, fazia com que eu gerasse aversão e negatividade. Também foi explicado, durante as instruções de meditação, que devíamos aceitar a realidade como ela era. A mente havia divagado? Tudo bem. Eu deveria, assim que percebesse a distração, procurar me concentrar na respiração, sem alimentar sentimentos negativos. Gerar raiva, frustração, seria permanecer no padrão de comportamento usual, o de sempre reagir negativa ou positivamente às coisas. E a prática de anapana tinha como base apenas observar, sem reagir. De forma impassível, como um Buda. Equilibrada, como um monge.
Durante dez horas e 45 minutos por dia. Em alguns momentos, o desafio parecia maior do que eu. E eu tinha muita, muita vontade de fugir. As provações iam mais além. Carnívora convicta e mais fresca que um chef de cozinha em relação à comida, tive dificuldade com as refeições vegetarianas. No primeiro retiro que fiz, simplesmente não consegui almoçar. Tomava café da manhã e lanchava à tarde, mas como não havia descrição dos ingredientes utilizados nos refogados do almoço, não conseguia comê-los. No segundo retiro, em 2012, fui para trabalhar voluntariamente e tive acesso liberado à cozinha, o que foi um alívio.

No terceiro, me dei conta de que vencer a frescura com a comida fazia parte do processo. Eu não podia ser infantil como havia sido na primeira experiência. Não podia deixar que a aversão aos legumes e verduras que me davam de graça (o retiro é gratuito e sobrevive de doações) fizesse de mim uma pessoa ingrata. Fiz como os monges budistas, que aceitam o que lhes dão, ainda que não gostem. Foi um grande aprendizado.
  
Um deslize e a culpa
Para fortalecer a meditação, havia ainda outro pilar que deveríamos exercitar: o da sila, nome dado pelos budistas a uma boa conduta moral. Na própria inscrição para o retiro, feita por meio de um formulário online, eu havia me comprometido com cinco regras, cujo propósito era o de fortalecer a sila: não deveria me comunicar com outros participantes, roubar, mentir, usar intoxicantes, praticar qualquer tipo de atividade sexual nem matar sequer uma barata, mosquito e o que mais pudesse aparecer. Nada disso foi um problema até eu aniquilar, por impulso, um mosquito que me picou durante uma meditação. "Será que a professora viu? Será que a minha meditação vai enfraquecer por causa disso?" A mente queria me arrastar novamente para longe.
Queria que eu me preocupasse com o que os outros pensariam, que eu me concentrasse na culpa. Percebi o truque, respirei fundo, pedi perdão mentalmente ao mosquito e voltei a me concentrar. No quarto dia de retiro, fomos ensinados a praticar a meditação vipassana. A técnica consistia em dirigir a concentração para cada parte do corpo, prestando atenção às sensações que ali pudessem aparecer. Quanto mais meditava, mais sensações apareciam. Eu sentia coceira, peso, umidade, vibrações elétricas, uma infinidade de manifestações físicas. Nunca havia sentido tantas sensações em todo corpo antes de fazer o retiro. Era como se o meu organismo tivesse despertado. Ou como se, enfim, eu tivesse voltado para dentro de mim mesma, a ponto de conseguir captar realidades até então ignoradas.
Ao mesmo tempo, Goenka dizia que era preciso apenas observar, sem reagir às sensações agradáveis (desejando-as) ou às desagradáveis (repelindo-as). Isso foi particularmente complicado. Lembro que durante uma meditação no segundo retiro, senti todo o meu corpo se dissolver, como se eu fosse composta de uma massa de micropartículas. Foi uma experiência muito intensa, seguida por um sentimento de comunhão e paz com tudo o que me cercava. Sem perceber, passei a desejar que a sensação continuasse e deixei de observá-la de forma neutra. Quando percebi que caía na armadilha da reação, aceitei que havia me desviado do propósito e, sem gerar negatividade ou culpa pelo desejo, voltei a me concentrar e a observar as sensações. Essa luta se repetiu muitas vezes. Até hoje.
 
Sem raiva, em paz
Da mesma forma, foi difícil me manter neutra em relação às sensações desagradáveis. A partir do quinto dia de retiro, éramos instruídos a permanecermos imóveis durante três sessões de meditação específicas: das 8 às 9 horas, das 14 às 15 horas e das 18 às 19 horas. No meu primeiro retiro, mais precisamente no quinto e sexto dias, senti uma dor lancinante durante essas meditações. Minhas pernas pesavam, latejavam, o incômodo era crescente a ponto de eu sentir falta de ar e enjoo. Eu saía destruída dessas sessões, amaldiçoando o dia em que havia me inscrito no vipassana.
No sétimo dia, entretanto, segui os conselhos dados na palestra do dia anterior, e resolvi parar de alimentar mentalmente o meu sofrimento. Observei a dor. Aceitei a dor. Deixei-a crescer como queria, sem interferir. Ela ali reclamando e eu apenas observando, sem odiá-la, sem desejar que ela fosse embora. E, então, a dor desapareceu completamente. Ao final da meditação, meu corpo era como uma pluma, sem nenhum ponto de tensão. Fisicamente, para mim, não fazia o menor sentido uma dor tão forte sumir do nada. Fiquei assustada. Me dei conta de que coisas extraordinárias podiam acontecer se eu continuasse praticando o controle da mente.
Segundo os budistas, todas as vezes em que ansiamos, desejamos algo ou geramos sentimentos como raiva, frustração, negatividade, o corpo registra esse padrão de comportamento no nível físico, por meio de algum tipo de sensação, seja ela agradável ou desagradável. Apenas observar essas sensações, sem reagir, ou seja, praticar a meditação vipassana, seria uma forma de limpar essa carga energética. A técnica, desenvolvida por Sidarta Gautama, o Buda, há 2 500 anos, purificaria o corpo e a mente e abriria espaço para padrões de comportamento mais saudáveis.

Pessoalmente, acredito. Tanto que, em 2012, levei o Chico, meu marido, para fazer o retiro junto comigo. Voltamos novamente no ano passado porque percebemos que, de alguma forma, o que plantamos lá cresce na vida cotidiana. A experiência monástica, ainda que curta, é um belo encontro com o que somos, mas ainda não sabemos. Com aquilo que subsiste debaixo de todas as camadas, planos, medos. Ainda quero convencer o Chico a virarmos monges quando passarmos dos 60 anos. Até lá, a gente vai treinando nos próximos retiros.”

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11 de agosto de 2014

Excelente resenha de Mayra Corrêa e Castro a respeito do livro O DESAPARECIMENTO DO UNIVERSO - GARY RENARD




Em algum momento, aprenderemos que não há, mesmo, diferença entre o que está fora e o que está dentro – porque “Deus é”. Neste caso, duas opções distintas se apresentarão: ou manteremos nossa crença na realidade da matéria – daí continuamos a trilhar o roteiro de medo do ego – , ou lutaremos bravamente para aplicar o perdão a qualquer parte deste roteiro – optando pelo amor. Amor é Deus; Deus, aqui, é a Voz do Espírito Santo. Aprender a se unir a esta voz é perdoar. Quem ensina tudo isso é Um curso em milagres (UCEM), roteiro de autoestudo e treinamento mental ditado durante 7 anos a Dra. Helen Schucman por uma consciência que ela identificou como sendo a de Jesus Cristo.

Você pode acreditar que UCEM é, de fato, Jesus Cristo falando, mas, como avisa este O desaparecimento do universo, isso realmente não importa, uma vez que a mensagem é verdadeira e de fato opera modificações substanciais em nosso comportamento. UCEM foi publicado em 1975 e ainda hoje é pouco conhecido, mesmo dentro das comunidades espiritualistas. Entretanto, mais e mais pessoas vêm começando a estudá-lo, em grupos ou sozinhas, transformando radicalmente o que elas entendem ser uma vida espiritual. Identificado como “puro não dualismo”, o UCEM não é para todos – e isso também não chega a ser um problema. Como Gary Renard explica no livro, todos passaremos, em nossas variadas reencarnações, pelas crenças dualistas, não dualistas e pelo puro não dualismo. Qualquer uma pode trazer a iluminação embora o puro não dualismo consiga nos ajudar a alcançar a iluminação mais facilmente nos momentos atuais.

A história por trás de O desaparecimento do universo – um best-seller mundial – é simples: durante 9 anos, Gary Renard, um músico que ganhava seu sustento sendo corretor na bolsa de valores nos Estados Unidos – recebeu a visita de dois mestres ascensionados de nomes Arten (ele) e Pursah (ela). A missão deles era atender a um apelo muito particular de Gary: ele lamentava não ter vivido na época em que Jesus Cristo caminhava sobre a terra, tal admiração mantém por seus ensinamentos. Em função dessa dupla admiração e curiosidade acerca de Jesus, Gary já conhecia o UCEM, embora não fosse um estudioso regular do texto. Arten e Pursah vêm tanto para ensinar e motivar Gary a praticar as lições do Curso, quanto para ajudar no próprio despertar espiritual do autor que, dez anos depois (em 2002) da primeira visita, publicaria a compilação dessas conversas sob o nome de O desaparecimento do universo e se tornaria um dos professores do Curso mais famosos da atualidade.

Eu li este livro numa situação semelhante a de Gary em relação ao Curso, ou mais provavelmente inferior: pouco estudei o UCEM. Então, toda a terminologia própria do Curso, que é um bocado, mas um bocado difícil mesmo de ser compreendida, me desencorajava a continuar estudando-o. Como uma pessoa que sempre se dedicou às áreas de Humanas, estudei Filosofia, História, Psicologia, Linguística, Sociologia, e ainda vivi dos 7 aos 18 anos numa escola católica salesiana. Adulta, conheci, pratiquei e estudei o hinduísmo na sua vertente espiritualista do yoga. Portanto, termos como Jesus Cristo, Deus, Espírito Santo, sacrifício, ressureição, perdão, culpa, pecado, Éden, expiação, ego, sombra, medo, corpo, espiritualidade, matéria, alma eram todos entendidos ou como eu os usava até minha vida adulta, ou como eu os reinterpretei à luz das experiências que tive até meus 38 anos, quando deixei de praticar yoga. Em resumo: quando o UCEM fala, ou eu não entendo nada, ou entendo do meu jeito – o que absolutamente só me deixa com uma grande preguiça de aceitá-lo.

A leitura de O desaparecimento do universo colocou o UCEM na perspectiva correta: a do próprio UCEM. Sendo um texto tão difícil de ser lido, é comum que as pessoas que se dediquem a ele tendam a compreendê-lo dentro de suas limitações intelectuais, afetivas e espiritualistas. Não faço aqui um uso pejorativo da palavra “limitações”. Quero usá-lo no sentido de “entorno”, de “fronteiras”. O UCEM, como os mestres de Gary explicam, não pode ser entendido nem à luz da Bíblia – que, aprendemos, vem a ser um texto em que há menos palavras que o próprio Cristo falou do que de fato tenha falado – , nem à luz de qualquer outra filosofia espiritualista conhecida ou inventada. O UCEM só pode ser entendido a partir dele próprio e de sua radicalidade em afirmar que existe apenas uma verdade: Deus é real – o resto é metáfora.

Realmente não tenho certeza se o impacto do livro de Gary será igual para todos. Há sete anos atrás, tive uma aluna de yoga que insistentemente queria que eu lesse o UCEM, chegando mesmo a me enviar o PDF dele por email. Fico envergonhada de dizer que sequer abri o arquivo. Agora que entendi o nível de comprometimento que o UCEM reivindica, sei que, de maneira nenhuma, eu o teria lido naquela época. Mas no dia de hoje, O desaparecimento do universo trouxe uma sensação de perplexidade: ao mesmo tempo em que não pude deixar de concordar com vários pontos dele, ele é um troço tão louco, tão absurdo, que o mais sensato é você simplesmente fechá-lo e dizer “fui”. Só que não o larguei. Li o livro ininterruptamente durante uma semana, todas as noites, até de madrugada, pra vencer suas 416 páginas.

A lição do UCEM que me convenceu a continuar lendo O desaparecimento do universo foi de que a Natureza não é perfeita, de que o ser humano não é perfeito, de que o Universo não é perfeito. Como uma professora de aromaterapia devotada à sabedoria das plantas, estou sempre tentada a acreditar, como biologistas e físicos, que apenas uma inteligência perfeita, suprema, pôde ter criado o corpo humano, as flores, as montanhas e todas as estrelas que vemos quando olhamos para o espaço. Mas com minha experiência de vida, que já contou com seu tanto de dramaticidade – ou talvez apenas por uma inclinação de temperamento à melancolia e à depressão – tendo a achar que tudo isto aqui a que chamamos de vida é realmente uma merda: ela acaba. Então, quando os mestres de Gary vêm e dizem que aquilo que acaba não pode vir de Deus, minha intuição diz que não pode deixar de ser verdade. Foi neste ponto que tomei a decisão de dar crédito ao UCEM. Muito simplesmente, o UCEM diz que toda a vida e todo o Universo, até onde achamos que ele existe e além, é apenas sonho, como se nossa mente o projetasse e tivéssemos a nítida sensação de que realmente o vivenciamos no nível da matéria. É algo mais ou menos como naquele filme que já citei numa de minhas resenhas, o Total Recall.

Sonhamos – e o sonho é tão real que acreditamos que ele existe.

Não sei como você pode fazer para acreditar neste pressuposto – é preciso que você sinta que isso faz sentido em alguma parte do seu ser. Se não fizer sentido de uma forma ou de outra, nem precisa se dar ao trabalho de ler O desaparecimento do universo ou mesmo o UCEM. Os demais ensinamentos vão explicar como o sonho aconteceu – quando uma parte da Mente acreditou que estava separada de Deus – , e como fazer com que o sonho acabe – perdoar, sem concessões, tudo que é do plano da matéria.

Meu próximo passo é iniciar a leitura sistemática do UCEM, desde a primeira página. Neste momento, estou escolhendo não participar novamente de um grupo de estudos, embora muitos digam que um grupo acelere a compreensão do Curso.  Algo que me deixou confortável em estudar o UCEM foi entendê-lo como um curso de treinamento mental. Os mestres de Gary disseram que o budismo, na atualidade, é a filosofia espiritualista mais sofisticada que existe no que se refere à compreensão da mente. Como venho observando no meu comportamento e no da maioria de meus colegas yogis, um após um tem deixado de ler os textos sagrados do hinduísmo para se dedicar aos ensinamentos e meditação budistas. Isso não pode estar acontecendo à toa. Mas, no meu próprio caso, embora eu tenha lido alguns livros de mestres budistas e participado de algumas palestras, o budismo não parece ser o meu caminho. Mas que haja, afinal, uma necessidade de modificarmos a mente e a percepção depois de tanto asana e pranayama, isso de fato há. Quero ver como o UCEM me ajudará nisso. Encará-lo depois da leitura de O desaparecimento do universo será mais fácil – talvez a palavra não seja “fácil”, tampouco “simples”: será menos nebuloso. Quando aparecer o termo “ego”, por exemplo, eu não o entenderei tal como Freud. Gary tornou clara a compreensão de vários termos-chaves do UCEM.

Mas tenho inúmeras dúvidas que espero consiga sanar com o Curso – e, se não conseguir pela simples leitura do texto e prática do Livro de Exercícios – buscarei num próximo livro que – se for bom – , tenha certeza de que estará resenhado aqui pra trilharmos juntos este roteiro.

revisto por Mayra Corrêa e Castro © 2014


Se você quiser comprar o UCEM, escreva para a Mahatma Livraria em Curitiba. Ela despacha para todo o Brasil:


Para comprar os livros de Gary Renard em inglês, para Kindle: clique aqui.


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5 de agosto de 2014

Somos todos prisioneiros de nossas mentes...



Somos todos prisioneiros de nossas mentes... Realmente, entre eles e nós “normais” a linha é muito tênue... A prática e treino em todo o processo de cura da mente que possamos escolher é muito importante... há que haver em nós, a pequena disponibilidade... Que extraordinária parte nossa essa Kiran Bedi Gui Driuzo, faz tempo que eu não chorava, chorei muito e me perdoei por minhas projeções e por estar sonhando esse sonho, e por fim, entreguei Aquele em mim, em todos nós, que pode desfazer, gratidão!!! <3 span="">

Via Gui Driuzo > O psicólogo americano tirou a ideia de fazer o curso de Vipassana quando soube do resultado positivo obtido no pior presidio da Índia. E a historia em forma de documentário sobre o que aconteceu na Índia está no You Tube. Muito bom e vale a pena assistir. Está com legenda em português.
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Este extraordinário documentário leva-nos a conhecer a maior prisão da Índia, conhecida como a mais populada do mundo e mostra a mudança dramática trazida pela introdução da meditação Vipassana.

É a historia de uma mulher chamada Kiran Bedi, responsável presídio em Nova Dehli, que mostrou como é possível reeducar os presos através não só do respeito mútuo, mas também através da meditação com o objetivo de reintegrá-los à sociedade. Transformou a prisão de Tihar, infestada de crime e violência, num oásis de paz.

A meditação Vipassana ajuda as pessoas a desenvolverem capacidades, que lhes permitam o controle de suas vidas, através de um período de introspecção de 10 dias onde meditam sobre o percurso de vida, definindo o rumo que querem continuar a seguir. A maior parte dos presos, submetem-se a uma profunda mudança, vendo o fato de estarem encarcerados como o recomeço de uma nova vida.
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"Tal como um arqueiro aponta a flecha, como um carpinteiro talha a madeira, os sábios moldam suas vidas"
(Dhammapada)

DOING TIME DOING VIPASSANA - 1995 (Leg. Pt-Br)



Leia  também: O PODER DA MEDITAÇÃO NO PRESÍDIO




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CUIDE BEM DE VOCÊ
www.cuidebemdevoce.com
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