Os Brinquedos Esfarrapados da Terra
“... Tu estás apenas sonhando e os ídolos são
brinquedos com os quais sonhas que estás brincando.
Quem tem necessidade de brinquedos a não ser as
crianças?
Elas fingem que governam o mundo e dão aos seus
brinquedos o poder de se locomoverem, de falarem e de pensarem, de sentirem e
de falarem por elas.
Entretanto, tudo aquilo que os seus brinquedos
aparentemente fazem está nas mentes das crianças que com eles brincam.
Mas elas anseiam por esquecer que elas próprias
inventaram o sonho no qual os seus brinquedos são reais, e não reconhecem que
os desejos que eles têm são os seus próprios.
Pesadelos são sonhos de crianças.
Os brinquedos se voltaram contra a criança que
pensou tê-los feitos reais.
No entanto, é possível um sonho atacar?
Ou é possível um brinquedo crescer e tornar-se
perigoso, ameaçador e selvagem?
Nisso a criança acredita, porque tem medo de seus
pensamentos e os atribui aos brinquedos em vez de a si mesma.
E a realidade deles vem a ser a sua realidade,
porque parecem salvá-la de seus pensamentos.
Contudo, eles mantêm os seus pensamentos vivos e
reais, só que vistos fora dela, onde podem voltar-se contra ela, pela traição
que ela faz a eles.
Ela pensa que necessita deles para poder escapar
dos próprios pensamentos porque pensa que os seus pensamentos são reais.
E assim ela faz de qualquer coisa um brinquedo,
para fazer com que o seu mundo permaneça fora dela e brincar de ser apenas uma
parte dele.
Há uma época em que a infância deveria passar e
acabar para sempre.
Não busques reter os brinquedos das crianças.
Põe todos de lado, pois já não necessitas deles”. (UCEM-LT-Cap.29.IX.4:5-14)
“Aqui o sonho da separação começa a murchar e desaparecer. Pois
aqui a brecha que não existe começa a ser percebida sem os brinquedos de terror
que tu fizeste. Não mais do que isso é pedido. Fica contente, de fato, porque a
salvação pede tão pouco, não tanto. Ela nada pede na realidade. E mesmo em
ilusões, ela apenas pede que o perdão seja o substituto do medo. Tal é a única
regra para os sonhos felizes”. (UCEM-LT-Cap.30.IV.8:1-7)
Sim, parece um paradoxo que a
libertação seja tão simples, mas tão difícil... A verdade é simples, mas não é
fácil. Compreendemos, mas há uma grande diferença entre compreendê-la e ter
disciplina mental para aplicá-la consistentemente.
Somente o resultado da prática pode
atestar, pois quanto mais se pratica, mais natural o perdão nos parece...
Podemos viver bons momentos aqui quando possível, e ir para nosso lar real ao
mesmo tempo, por ver o mundo de modo diferente.
(parte de texto, adaptado por mim de Sua Realidade Imortal de Gary Renard)
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