Grupo Mera:
Ficamos felizes e gratos com seus comentários sobre a importância dos
módulos. Nossa intenção é sempre contribuir para facilitar um pouco a
compreensão dos conceitos de UCEM porque sabemos, por experiência
própria, o impacto imenso que tudo isso vai tendo sobre nós conforme
avançamos.
Sim, o que vemos
nos outros, inevitavelmente vimos em nós primeiro, e a tendência da
maioria é intelectualizar o Curso, porque essa é uma manobra muito
inteligente do ego para não absorvermos realmente seu conteúdo.
Por mais difícil
que possa ser, devemos sempre voltar à introdução do livro de
exercícios, onde ele diz “Lembra-te apenas disso: não precisas acreditar
nas ideias, não precisas aceitá-las e não precisas nem mesmo acolhê-las
bem. A algumas delas podes resistir ativamente. Nada disso importará ou
diminuirá a sua eficácia. Mas não te permitas fazer exceções ao aplicar
as ideias contidas no livro de exercícios e, quaisquer que sejam as
tuas reações às ideias, usa-as. Nada mais do que isso é requerido”.
Confie em Jesus quando diz que com a prática e o correr das lições, tudo vai se encaixando perfeitamente nos devidos lugares.
Uma das coisas
mais “insultantes” e “ultrajantes” para o nosso ego é quando Jesus diz
“Ainda estás convencido de que a tua compreensão é uma contribuição
poderosa para a verdade e faz dela o que ela é.” (T-18.IV.7:5)
Mas não se
preocupe com a necessidade de compreender as minúcias dos significados
das lições. Aprenda a observar suas resistências, apenas isso.
Minha sugestão é
que você anote em algum lugar suas impressões sobre as lições, suas
dúvidas e dificuldades, e, claro, também seus insights e vitórias sobre o
autoperdão (estar leve) diante dessas observações sobre si mesmo. Isso
poderá ser muito útil quando você já estiver olhando para o mundo “de
outra forma”.
Ainda, quanto a
esta sua indagação “E por que ficaria transtornado quando vejo coisas
boas no mundo?” pensemos juntos: se aceitamos as coisas boas do mundo
como reais, necessariamente aceitamos que as ruins também o são. Todo o
mundo das formas faz parte do sonho – as partes boas e as ruins. Não
podemos separá-las, uma só “existe” se a outra também “existir”. É por
isso que manter pensamentos positivos não nos trará paz, pelo menos não a
paz inabalável que o Curso propõe. Essa paz só pode vir da aceitação
(que é conseguida aos poucos, com treino) sobre o mundo real não ser
dualístico, e sobre a aceitação de que estamos sendo guiados pelo
Professor que Deus nos enviou para que encontremos o caminho de volta ao
mundo real e, então, de volta para Casa, em Deus.
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