A paz não é uma experiência isolada, como diz o autor do artigo, e, para além disso, a paz também “não é um pensamento nem um jeito de pensar“. Na definição dele, a paz é “uma maneira de considerar as experiências“.
Apenas uma consideração a respeito do efeito que um artigo desses pode causar, principalmente com nosso background
ocidental funcional: ao falar que a paz é “um jeito de considerar as
experiências” alguns de nós teremos o reflexo condicionado de
transformar isso numa meta de comportamento, um slogan, uma espécie de
mandamento psicológico. Como se tivéssemos que viver com esse ou aquele
jeito de considerar as coisas. Esse não é o espírito. O “jeito de
considerar as experiências” é, como Lazy Yogi deixa claro, um estado
nascido da claridade sobre si mesmo: “você não se engana mais como sendo o corpo ou a mente (…); nesta clara consciência, você está em paz, ou melhor, você se reconhecer como o próprio bem-estar e a paz“. O fim das ilusões a respeito de si mesmo é o estado que permite esse “jeito de considerar as experiências”.
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“O QUE É A PAZ”
Por Lazy Yogi
Por Lazy Yogi
“A paz não é uma experiência. É ausência de confusão em relação ao
que você está vivendo. Em tal claridade, há um contentamento e uma
alegria de liberaçao do sofrimento da confusão.
A experiência humana é cheia de momentos de positividade e beleza
intercalados com momentos de negatividade e dor. Essa experiência humana
é caracterizada pelo corpo seus sentidos e sensações físicas
associadas, e também com os pensamentos e humores mentais.
Quando alguns
embarcam na jornada de descobrir a paz, ela buscam por ela no mundo da
experiência humana. A esperança é que a experiência deste corpo possa se
tornar permanentemente feliz e positiva, renunciando para sempre o
negativo.
Tal perspectiva é dependente que sua experiência seja de uma certa
maneira, e já que as experiências são por si mesmas transitórias, assim
também são a felicidade e o prazer que elas trazem.
Você não é suas experiências, e a convicção desta verdade nascida na
percepção direta tirará toda a pressão de ficar evitando as experiências
negativas e de se esforçar pelas positivas. Você se torna menos
obcecado pelas experiências, aproveitando o que vem e não mais
lamentando o que se vai.
Mas onde a paz se encaixa nisso? A paz não é uma experiência mas uma
maneira de considerar as experiências. Não é um pensamento nem um jeito
de pensar mas um lugar de consciência eterna de onde você vive.
Por lugar, quero dizer Você mesmo. Quando você não se engana mais
como sendo o corpo ou a mente, onde isso lhe coloca? É a oportunidade de
se tornar consciente de sua própria existência sem o contexto da forma
humana.
Nesta clara consciência, você está à vontade e em paz. Ou, melhor,
você se reconhece como o próprio bem-estar e a paz. Há inúmeras maneiras
de se libertar da confusão e redescobrir a claridade, e eu gostaria de
recomendar a meditação e a auto-investigação.
Somos muito menos seres individuais e muito mais uma dimensão eterna e
sem limites que está permanentemente consciente de si mesma.
Cuide Bem de Você !!!
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