2 de janeiro de 2014

O suicídio resulta sempre de uma identificação com a ilusão...



Pergunta: Em que se torna um ser humano que põe fim à sua vida na Terra?

Não é preciso (e isto não é uma conduta moral) pôr fim à ilusão desta maneira. Certamente, as circunstâncias da Terra são, hoje, profundamente diferentes. Mas, de uma maneira geral, não tendo, o Absoluto, nada que fazer com esse saco, é preciso deixá-lo seguir a sua vida.

O suicídio resulta sempre (qualquer que seja o sofrimento), necessariamente, de uma identificação com a ilusão. Esta identificação é tal que há, efetivamente, uma impossibilidade de continuar. Mas é um ato dual. E como todo o ato dual, até ao presente, ele mantém a ilusão.

Porque, lembrem-se, com diz o Comandante dos Anciãos (ndr: O.M. AÏVANHOV), há dois aquários. Passar de um aquário para o outro chama-se o nascimento e a morte, mas não põe, de modo nenhum, fim à ilusão.

Sem isso, há já muito tempo que não haveria teatro. O sonho coletivo é muito tenaz. O suicídio não leva a nada. Ele não alivia a ilusão, mesmo que ele seja justificado, justificável, mesmo se ele não é (e ele nunca o é) condenável. Mas não é, nunca, uma solução definitiva, contrariamente às aparências.

BIDI
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Perfeito!!! O suicídio resulta sempre de uma identificação com a ilusão...

Já contei essa história antes, mas essas palavras de Nisargadatta me trouxe à lembrança e talvez colocar aqui novamente possa trazer uma Luz a alguma parte de mim...  Por volta de meus dezessete anos a ideia de suicídio era frequente, eu não conseguia ver absolutamente nada, em nada e com nada de bom, para continuar o que eu chamava na época de viver... Porém, eis que surge no caminho uma das tantas partes de mim, que eu não conhecia e que jamais tornei a ver, e que sem saber de minha fixa ideia, indica-me um livro para ler ... Bem, foi como se tivesse oferecido açúcar para uma formiga, pois acredito que na época e ainda por vários anos à frente, ler era a minha maior ligação com a vida... Comprei na primeira oportunidade e o li... Falava da morte após suicídio...

Ao terminar de ler, refleti: Se isto que está relatado aqui, realmente for verdade e se eu tiver que repetir esta vida novamente, desisto!!! Quero me curar.......

Como? Mais um longo caminho, porém agora havia um propósito, e................ começa a se encaminhar...

Quando temos um propósito as circunstâncias vão aparecendo, tipo assim; vem até nós... Segui o fluxo, mesmo porque eu sabia, mais que saber, eu sentia, que esta era a única alternativa.... Primeiramente fiquei livre de uma série de somatizações, saúde física debilitada, uma certa harmonia interna, força enfim para continuar... o caminho ficou repleto de objetivos na área da saúde, mas....................... percebo que, isto ainda não se tratava da cura de fato, se não apenas, o fortalecimento do corpo de ilusão = mente...

Tempos depois a solidez da certeza de que  já não havia mais o que buscar, pois o Sanador estava aqui mesmo em mim... Pois, percebi também, que mesmo aquele livro/salvação que li em minha adolescência foi apenas uma seta em meu caminho, uma abençoada sinalização e que faço minhas as palavras de Nisargadatta desse texto acima, que expressam tão bem minha atual percepção:

“... Passar de um aquário para o outro chama-se o nascimento e a morte, mas não põe, de modo nenhum, fim à ilusão.
Sem isso, há já muito tempo que não haveria teatro. O sonho coletivo é muito tenaz. O suicídio não leva a nada. Ele não alivia a ilusão, mesmo que ele seja justificado, justificável, mesmo se ele não é (e ele nunca o é) condenável. Mas não é, nunca, uma solução definitiva, contrariamente às aparências.”


Gratidão!
Lena Rodriguez

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