28 de maio de 2008

O J OCULTO

O J OCULTO

Sê vigilante só a favor de Deus e do Seu Reino.

(UCEM – LT – pág. 116)


Arten e Pursah desapareceram em um instante, e minha mente estava em parafuso. Isso realmente tinha acontecido? Era uma alucinação? Eles voltariam algum dia? Eu nem mesmo tinha pensado em perguntar a eles como tinham chegado aqui, ou até mesmo exatamente quem eles eram. Eles eram anjos, mestres ascensionados, viajantes do tempo, ou o que? E acima de tudo, por que eles apareceram e passaram ensinamentos metafísicos avançados para mim – apenas um cara comum com um interesse em espiritualidade, e que nunca nem tinha ido à faculdade?

Decidi imediatamente que não iria contar a ninguém o que havia acontecido, nem mesmo a Karen. Ela estava passando por uma época muito estressante e desafiadora no trabalho, que requeria muita concentração. A última coisa de que ela precisava naquele momento era saber que eu estava dando uma de Joana D’Arc com imagens vivas.

Eu realmente confiei em minha cadela Nupey, que sempre poderia ser considerada não-julgadora. Então, tentei dar um passo atrás, relaxar e esperar para descobrir se o episódio era apenas uma ilusão estranha, resultante de meditação demais, ou se iria acontecer outra vez.

Naquela noite na cama, depois de Karen ter adormecido, fiquei acordado durante horas, pensando sobre algumas das coisas que meus visitantes haviam dito. Eu tinha uma resistência natural à idéia de que Deus não havia criado o mundo, pois haviam me dito isso a vida toda, mas, ao pensar sobre isso, percebi que a idéia respondia a um monte de perguntas. Eu sempre havia me perguntado como Deus poderia permitir tanta dor, sofrimento e horror no mundo, e como as pessoas boas podiam freqüentemente passar por um inferno inenarrável. Se o que Arten e Pursah disseram fosse verdade, significaria que Deus não tinha nada a ver com isso. Essa idéia, de alguma forma, fez com que Deus parecesse menos amedrontador. Enquanto eu dormitava involuntariamente, me questionei se acreditar que Deus era inocente em relação a criar esse mundo seria um insulto a Ele – ou meramente um insulto a um mito ancestral que a maioria das pessoas havia decidido incluir em suas religiões. Mas, pensando seriamente sobre a posição de Arten e Pursah, como eu sabia que não estaria elevando minha opinião sobre Deus, tornando-o, portanto, mais aceitável?

Uma semana depois, em uma tarde de terça-feira, eu estava sozinho em minha sala, fazendo algum trabalho em casa, quando Pursah e Arten me surpreenderam com sua segunda visita. Naquele momento, eu estava em meu sofá, e cada um dos meus dois visitantes apareceu em uma cadeira. Arten começou a falar quase imediatamente.


ARTEN: Pensamos em visitá-lo hoje porque sabemos que Karen estaria fora, com algumas amigas. Você tomou a decisão certa de não contar nada a ela por enquanto. Ela tem seus próprios interesses no momento. Deixe-a aprender o que precisa agora. Existem professores que vão tentar lhe dizer que a vida não é uma sala de aulas, e que você não está aqui para aprender lições, mas simplesmente para experimentar a verdade que já está dentro de você. Eles estão enganados. Sua vida é muito como uma sala de aulas, e, se você não aprender suas lições, não vai experimentar a verdade que está dentro de você.
Não existe nada errado em sentir e experimentar as épocas da sua vida. Na verdade, em sua condição atual, seria difícil para você não fazê-lo. Mas, existe uma maneira melhor de ver.

PURSAH: Você esteve pensando um bocado durante a última semana. Está pronto para continuar?

GARY: Em primeiro lugar, eu gostaria de saber mais sobre vocês – como, o que vocês são exatamente? Como se materializaram aqui? Por que vieram a mim? Por que não a alguém com uma chama em seu ventre, que queira ser um profeta? Minhas principais ambições são me mudar para o Havaí, comungar com a natureza, e beber cerveja, não necessariamente nessa ordem.

ARTEN: Nós sabemos. Em primeiro lugar, nós somos Mestres Ascensionados. Nós não somos anjos. Anjos nunca nasceram em corpos. Como você, cada um de nós nasceu milhares de vezes, ou pelo menos assim pareceu. Agora, não temos necessidade de nascer. Em segundo lugar, nossos corpos simbolizam nossas últimas identidades terrenas. Nós não vamos lhe dizer quando ela aconteceu, porque ela está em seu futuro, e não queremos entrar em um padrão de lhe dar informações sobre o que aparentemente ainda vai vir.

GARY: Vocês não querem interromper o continuum espaço-tempo, hein?

ARTEN: Nós não poderíamos nos preocupar menos com o continuum espaço-tempo. Simplesmente não queremos tirar de você suas oportunidades de aprender suas lições imediatamente e acelerar sua volta a Deus. A maioria dos Mestres Ascensionados usa sua última identidade terrena com o propósito de ensinar, mantendo em mente que o termo última é um conceito ilusório, linear. Algumas aparições clamam serem mestres ascensionados quando isso é apenas um pensamento desejoso da parte da mente que está projetando a aparição. Esse tipo de aparição é mais como ver um fantasma ou uma alma perdida. Uma descrição ainda melhor seria uma alma aparentemente separada. Mas um verdadeiro mestre ascensionado sabe que ele ou ela nunca pode realmente ser separado de Deus ou de qualquer outra pessoa.

GARY: Você disse que vocês estiveram com J há dois mil anos. Vocês só estavam me instigando, ou podem me dizer quem eram?

ARTEN: Naquela época, nós dois éramos o que as pessoas agora iriam chamar de santos. Você presume que todos os santos são mestres ascensionados, mas isso não é verdade. Apenas porque a igreja chama alguém de santo, não o torna igual a J em termos de suas realizações. Eu sempre pensei que foi muito generoso da parte da igreja me transformar em santo, considerando que nunca pertenci à sua religião. Nós éramos judeus, assim como J. Se você perguntasse a qualquer um de nós, discípulos, sobre o cristianismo, nós teríamos dito, “O que é isso?”. Sim, alguns de nós realmente iniciaram seitas judaicas baseadas no mestre, mas certamente não uma religião separada. Foram necessários milhares de anos para que a maior parte do cristianismo fosse construída, e isso não teve nada a ver conosco. Ele ainda está sendo construído. Quantos de seus cristãos americanos atuais percebem que algumas das suas idéias mais sagradas, como o Êxtase, nem mesmo tinham um nome até o século dezenove? Tais idéias são cíclicas. Alguns dos primeiros cristãos, e muitos desde então, pensaram que J iria voltar como um corpo glorificado muito em breve. Mas, como você vê, J os ensina agora como o Espírito Santo o faz – através da sua mente.

PURSAH: Em relação a como nós nos materializamos, você não seria realmente capaz de compreender ainda, mas nós vamos lhe dizer que a mente projeta imagens corporais. Você pensa que corpos fazem outros corpos, e que os cérebros pensam, mas nada além da mente pode pensar. O cérebro é apenas uma parte do corpo. É a mente que projeta cada corpo, incluindo o seu. Não estou falando sobre aquela minúscula mente com a qual você se identifica. Estou me referindo à mente completa que está além do tempo, do espaço e da forma. Essa é a mente com a qual Buda entrou em contato, embora as pessoas não percebam que ela ainda está a um passo importante de distância da união com Deus. Essa mente fez todo o universo, cada corpo, e cada forma que parece estar nele. A questão é, por que?
Nós vamos descobrir a razão, que no seu caso é inconsciente, pela qual seu corpo foi feito, mas nosso estado de consciência nos coloca em uma posição onde podemos deliberadamente fazer esses corpos com o único propósito de trazer a mensagem do Espírito Santo a você, de uma maneira que você possa aceitar e compreender. Por nós mesmos, sabemos que não temos outra identidade além da do Espírito Santo, então, somos manifestações Dele, e nossas palavras são as Dele. Quando J apareceu a nós em carne e osso depois da crucificação, ele simplesmente fez outro corpo para se comunicar conosco. Sua mente poderia fazer seu corpo aparecer ou desaparecer, como aconteceu no sepulcro. Nós não poderíamos realmente entender isso naquela época, então, cometemos o grave erro de dar um significado muito grande ao corpo de J, que realmente não era nada, ao invés de dar esse significado à mente, que é o que é importante. Entretanto, você não deveria julgar alguns de nós por termos excesso de zelo. Como você se sentiria se alguém que estivesse totalmente morto fizesse uma visita rápida para bater papo com você, e até deixasse que você o tocasse para que soubesse que ele era legítimo?

GARY: Não sei se eu iria me borrar todo ou se ficaria cego.

PURSAH: Nossa reação foi parecida, e talvez até nossa linguagem. Deixe-me perguntar, você se lembra do padre Raymond, do Cursilho?

GARY: Claro.

PURSAH: Você se lembra dele contando a você sobre um contemporâneo de Sigmund Freud chamado Groddeck?

NOTA: Embora eu não seja católico, concordei em ir com o amigo que eu deixara de processar a uma experiência espiritual de três dias chamada Cursilho, que aconteceu em uma igreja católica em Massachusetts. O evento enfatizou o riso, a música, o amor e o perdão, e se tornou uma grande surpresa para mim, porque eu não sabia que existiam pessoas católicas que eram felizes. Durante o fim-de-semana, encontrei um padre que também era psicólogo, chamado padre Raymond, que havia feito uma pesquisa sobre alguém chamado Groddeck. A pesquisa o tinha impressionado bastante, e ele me contou um pouco sobre ela.

GARY: Sim. Ele estava me dizendo coisas como essas que vocês me disseram. O padre Ray disse que Groddeck era respeitado por Freud, e era um verdadeiro revolucionário. Aparentemente, Groddeck chegou à conclusão de que os cérebros e os corpos são verdadeiramente feitos pela mente, ao invés da maneira comumente aceita, e que a mente – que foi descrita como uma força que Goddreck chamou de It – estava fazendo isso para seus próprios propósitos.

PURSAH: Bastante próximo disso, caro aluno. Você tem uma memória fantástica. O dr. Groddeck estava certo em suas conclusões, embora ele certamente não tivesse o quadro completo, como J teve. A propósito, ao contrário da maioria dos Apóstolos e dos primeiros fundadores do cristianismo, o dr. Groddeck não presumiu ou fingiu que sabia tudo. Ele apenas disse o que realmente sabia, mas ele ainda estava a anos-luz à frente dos seus sucessores, adoradores do cérebro. É quase desnecessário dizer que, por causa das visões de Groddeck, o mundo se manteve distante dele. Nós o mencionamos agora, e vamos fazê-lo depois, apenas para mostrarmos que sempre houve pessoas brilhantes, cujo nível de observação estava muito mais de acordo com a verdade do que o pensamento do mundo.

GARY: Minha outra pergunta – vocês estão aparecendo para mim ao invés de para alguém mais apropriado porque...?

PURSAH: Nós já lhe dissemos da outra vez, mas a explicação foi simples demais para você. Nós estamos aqui porque é útil para nós aparecer nesse exato momento. Isso é tudo o que você realmente precisa saber.

GARY: Pelo que vocês disseram, não estou certo sobre qual é o meu papel na sua aparição. Minha mente está projetando vocês, ou é apenas a mente de vocês que está fazendo isso?

ARTEN: A questão está mal empregada porque só existe uma única mente. No fim, a pergunta terá um só propósito. Mas existem diferentes níveis ilusórios de pensamento, e conseqüentes experiências, e nós vamos voltar a esse assunto no final.

GARY: Vocês sabem que eu tenho que perguntar quais santos vocês eram.

PURSAH: Sim. É justo que contemos a você, mas não vamos nos estender nisso. Nós vamos passar muito mais do nosso tempo tornando claro o papel e os ensinamentos de J para você, do que perder tempo tentando esclarecer nossos próprios papéis insignificantes. Queremos que você aprenda, e você vai ter que confiar que nós sabemos melhor o que lhe dizer para ajudar a facilitar esse aprendizado. Só para constar, eu era Tomé, geralmente citado como São Tomé e autor de parte do agora famoso Evangelho de Tomé. Você deveria saber daqui por diante, que a linguagem copta da versão desse Evangelho descoberto perto de Hammadi, no Egito, era uma versão secundária, e contém algumas declarações que J não fez, e que eu nunca coloquei no original. Eu vou discutir de modo rápido esse Evangelho com você logo, mas, como já disse, não vamos nos alongar sobre ele. Eu nunca o terminei, de qualquer modo. Eu teria colocado a parábola do Filho pródigo no final, mas não pude porque fui assassinado.

GARY: A vida é uma droga, não é?

PURSAH: Isso é uma questão de interpretação. A propósito, vou presumir que você é sofisticado o suficiente para entender que não é incomum ser homem em algumas vidas e mulher em outras.

GARY: Eu posso me aprofundar a esse ponto. E você, Arten? Não vá me dizer que era a Virgem Maria.

ARTEN: Não, mas ela era uma mulher maravilhosa. Eu provavelmente não era famoso o suficiente para impressionar você; por mim, tudo bem. Eu era Tadeu, embora o nome que recebi fosse Labeu, e J tenha me rebatizado de Tadeu. Eu era humilde, quieto, e era um bom aprendiz. As igrejas me chamaram de São Tadeu e também de São Judas de James, para que eu não fosse confundido com Judas Escariotes. Eu não fiz muito para receber a distinção de santidade. Algumas pessoas pensam que eu escrevi a Epístola de Judas, mas eu não o fiz. Eu formei uma seita com Tomás, e visitei a Pérsia, mas não tive um papel no modismo do martírio, como algumas pessoas acreditam. Eu apenas estava no lugar certo e no momento certo para ser santificado.

GARY: Sujeito sortudo. Você tem algum trabalho assim para mim, Tadeu?

ARTEN: Sim, você o está fazendo exatamente nesse momento. Você quer que nós continuemos a ensiná-lo?

GARY: Sim, principalmente porque me peguei pensando de maneira diferente sobre Deus desde a última vez em que vocês estiveram aqui. Eu me sinto como se pudesse confiar mais Nele – como se Ele não tivesse nada contra mim, e não fosse responsável por quaisquer dos meus problemas e sofrimentos, passados e presentes.

ARTEN: Muito bom, meu irmão. Muito bom.

GARY: Mas, apenas para deixar claro, vocês não estão dizendo que Deus não criou alguma parte do universo. Vocês estão dizendo que Ele não tem nada a ver com nada disso, e que toda a história da Gênesis da criação é uma tapeação?

ARTEN: Muito bem, vamos cuidar das questões antigas primeiro. Não é nosso propósito rebaixar ninguém, embora as pessoas sempre se ofendam quando você não concorda com suas crenças. Como já deixamos implícito, nós simplesmente concordamos em discordar dos ensinamentos de outras pessoas. Deveria ser muito claro para qualquer um que um dos aspectos mais importantes da antiga escritura é a lei, e a punição de qualquer pessoa que não siga sua letra. Embora o propósito real desse ciclo de crime e punição não seja o que você pensa, não existe nada de errado em estabelecer leis em uma tentativa de ter uma sociedade ordenada. Há dois mil anos, as antigas escrituras eram muito queridas para Tomé e eu, mas nós já tínhamos começado a perceber que, assim como com seu sistema legal atual, a lei no fim havia se tornado apenas a lei, e não tinha nada a ver com justiça.
À parte das passagens terríveis e amedrontadoras, também existem algumas passagens muito lindas e profundas nas antigas escrituras com as quais poderíamos concordar hoje em dia. Se você voltar à história da criação na Gênesis, entretanto, vai encontrar um problema muito sério com o qual pessoas bem intencionadas de muitas fés têm lutado desde que a história foi lida pela primeira vez – mesmo antes de ser uma escritura. Conforme a história, Deus criou o mundo e viu que era bom.

GARY: Ele escreve Suas próprias revisões.

ARTEN: Então, Deus foi em frente e criou Adão, e depois lhe arranjou uma companheira, Eva. A vida era o paraíso, mas Deus lhes deu essa única regra: Façam o que quiserem, crianças, podem se eliminar, mas não se atrevam a comer o fruto daquela árvore do conhecimento ali na frente. Então, a serpente fez o que fez. Eva comeu um pedacinho e tentou Adão apenas para que vocês possam culpar as mulheres por tudo, e, depois, Adão comeu um pedacinho. Agora, havia muito sofrimento a suportar. O grande e raivoso Criador chutou Adão e Eva para fora do paraíso. Ele até disse a Eva que ela iria sofrer dores terríveis durante o parto, apenas como uma boa medida. Isso iria ensinar a ela! Mas, espere apenas um minuto; se Deus é Deus, Ele não seria perfeito? E, se Ele é perfeito, então, não saberia de tudo? Até os pais de hoje em dia sabem que a maneira mais certa de levar as crianças a fazerem algo é dizer a elas que não podem fazê-lo. Então, se Deus é Deus, e Ele sabe tudo, então, o que Ele fez aqui?

GARY: Bem, aparentemente, Deus colocou Suas próprias crianças em posição de falhar apenas para que Ele tivesse o prazer de puni-las cruelmente por um cenário que Ele mesmo colocou em ação.

ARTEN: Realmente é o que parece, não é? Como vocês poderiam confiar em um Deus como esse? Hoje em dia, Ele seria acusado de abuso infantil. Então, qual é a verdade? A resposta deveria ser óbvia para qualquer um que esteja querendo tirar as vendas: Deus não faria isso. Ele não é um idiota. A história da Gênesis é a história simbólica da criação do mundo e dos corpos pela mente inconsciente, por razões das quais você não está ciente, mas de que precisa ficar ciente.

GARY: Então, à partir disso e do que vocês me disseram antes, eu deduzo que J não aprovou alguns dos pensamentos jurássicos da Gênesis – assim como muito das antigas escrituras – e ele realmente estava ensinando algo mais original que a maioria das pessoas não podia compreender e, portanto, substituiu por suas próprias crenças?

PURSAH: Sim. J muitas vezes ignorava a escritura que tinha pouca base na verdade, mas oferecia a interpretação correta da escritura que tinha alguma base na verdade. Ele definitivamente não estava na rotina do fogo do inferno e da danação. Isso aconteceu com João Batista, mas ele também tinha seus momentos de quietude. Foi ele quem disse, “Amem seus inimigos”, não J. J não teria nenhum conceito sobre inimigos. As pessoas não percebem que João era muito mais famoso do que J naquela época. João tinha o que as multidões realmente queriam. Essa é a maneira de ter sucesso no mundo, não importando qual seja seu trabalho: oferta e procura. Você pode ser bem sucedido se tiver algo que as pessoas queiram.
Você não tem idéia do quão pouco inspirador é o fato de que as pessoas, incluindo seus líderes espirituais, estejam sempre tentando espiritualizar a abundância em seu mundo. Quanto dinheiro ou sucesso você consegue não tem nada a ver com o quanto você é iluminado espiritualmente. São como maçãs e laranjas. A história dos pães e dos peixes deveria ser simbólica! Ela não aconteceu realmente. Ela significava que existe uma maneira de você receber orientação sobre como deveria agir no mundo, e nós vamos falar sobre isso. Mas pare de tentar espiritualizar o dinheiro. Não há nada errado com o dinheiro ou com o sucesso, mas não há nada espiritual sobre eles também.
Enquanto estamos falando sobre isso, não ouça a incrível interpretação que as igrejas fazem sobre a declaração de J de que vocês deveriam dar a César o que é de César, e dar a Deus o que é de Deus. As igrejas usaram a declaração para tentar ganhar dinheiro. Mas J não estava falando sobre dinheiro. Ele estava dizendo isso: Deixem César ter as coisas desse mundo porque elas não são nada. Deixem Deus ter seu espírito, pois ele é tudo. Ele era um professor da sabedoria do puro amor e da verdade.
Muitas pessoas pensaram que tanto João quanto J eram membros dos Essênios. É verdade que ambos visitavam e tinham amigos entre os Essênios. Eles amavam João porque ele respeitava suas leis e crenças, mas acabaram detestando J porque ele não via necessidade de se curvar ante suas preciosas regras. Poucas lágrimas foram derramadas em Qumran quando chegou a notícia da morte de J. Trinta e cinco anos depois, a maioria dos Essênios foi até Jerusalém para lutar contra os romanos, na revolta. Como muitos, eles viram isso como o Apocalipse. Você sabe, os filhos da luz contra os filhos das trevas, e toda aquela bobagem. Foi um desastre total. No final, os Essênios viveram pela espada, e morreram pela espada. Hoje, vocês tentam transformar a eles e aos Pergaminhos do Mar Morto em algo especial, assim como tentam transformar tantas pessoas do passado em grandes mestres espirituais, quando não eram. Eles eram pessoas, como vocês.
Alguns de vocês agora pensam que os Maias elevaram sua vibração até sair do planeta em um estado de iluminação espiritual. O que faz vocês pensarem que eles eram iluminados? Eles praticavam sacrifício humano. O quanto vocês acham isso iluminado? Eles eram apenas pessoas; como os Essênios, os europeus, os índios americanos, e como vocês. Aceitem isso e sigam em frente.

GARY: Então, eu não deveria ficar muito impressionado com aquele livro espiritualista antigo que eu queria ler para me ajudar com os meus negócios – aquele sobre a arte da guerra?

PURSAH: A guerra não é uma arte, é uma psicose. Mas porque você não deveria tentar espiritualizar isso? Você tenta espiritualizar tudo o mais. Não estou falando apenas sobre Sun Tsu – A Arte da Guerra. Você, no fim, vai ter que perceber que realmente não pode espiritualizar nada no universo das formas. A verdadeira espiritualidade está fora dele. É a esse lugar que você realmente pertence e para onde, um dia, vai voltar.
Apenas como um exemplo de espiritualizar objetos, você romantiza a floresta tropical da América do Sul, pensando que ela é um dos locais mais santos da Terra. Se você pudesse observar numa velocidade acelerada o que acontece em seu subsolo, veria que as raízes das árvores realmente competem umas com as outras pela água, assim como todas as criaturas da floresta tropical lutam pela sobrevivência.

GARY: Cara, aquele é um mundo de árvore-comendo-árvore. Desculpe.

PURSAH: Tudo isso nos traz de volta ao nosso irmão J e ao que ele estava transmitindo. Existem algumas razões muito importantes pelas quais nós não pudemos apreender muito do que ele estava nos dizendo. Você deveria anotar isso, porque vai impedir que você também seja capaz de entender o que ele está lhe dizendo diretamente. Em primeiro lugar, ele não está falando com outra pessoa. Não existe outra pessoa. Não existe ninguém lá fora, mas não é suficiente apenas dizer isso. A experiência disso virá, e, quando isso acontecer, será mais libertadora para você do que qualquer coisa que o mundo possa lhe dar. Mas a maior razão pela qual não pudemos apreender a mensagem de J era porque nós pegamos todas as coisas em que já acreditávamos e as sobrepusemos a ela. As pessoas sempre fazem isso com sua espiritualidade. Aqui está J, desafiando-as a chegar ao nível dele, e elas continuam puxando-o para baixo, para o nível delas.
Nós éramos devotados às antigas escrituras, e eu posso lhe dizer agora que não havia maneira de nós vermos J, exceto através do filtro do que já acreditávamos. Ele era um salvador, tudo bem, mas não o tipo que promovia a salvação dos outros. Ele queria nos ensinar como desempenharmos nossa parte em salvar a nós mesmos. Quando ele disse que era o caminho, a verdade e a vida, queria dizer que deveríamos seguir seu exemplo, não acreditar nele pessoalmente. Você não deveria glorificar seu corpo. Ele não acreditava em seu próprio corpo, por que você deveria? Esse foi nosso erro, mas isso não significa que você tenha que cometê-lo também. Hoje em dia, muitas pessoas o vêem através dos olhos do Novo Testamento, ou das lentes de algo que elas tiraram da prateleira da Nova Era. Mas sua mensagem, quando compreendida, realmente não é como nada mais.

GARY: Sim, mas não existiram sempre algumas pessoas espiritualmente iluminadas como J, que realmente compreenderam tudo?

PURSAH: Nem sempre, mas sim, existiram outros em algumas épocas. E eles nem sempre vieram dos mesmos caminhos espirituais. Isso nos traz outro assunto importante. A religião ou a espiritualidade na qual você acredita não determina o quanto você é espiritualmente avançado em termos da sua consciência. Existem cristãos que estão entre os que subiram mais alto, e outros que são tolos balbuciantes. Isso é verdadeiro para todas as religiões, filosofias, e formas espirituais, sem exceção.

GARY: E por que é assim?

PURSAH: Você gostaria de compartilhar essa resposta, Arten?

ARTEN: Certamente. A razão disso ser verdadeiro é porque existem quatro posturas principais de aprendizado que você vai atravessar durante seu retorno a Deus. Todos vão passar pelas quatro, e todos que progridem, ocasional e inesperadamente, pulam de uma para a outra. Cada nível traz com ele pensamentos diferentes e experiências resultantes, e você vai interpretar a mesma escritura de maneira diferente, dependendo de em qual postura de aprendizado estiver engajado no momento.

Dualismo é a condição de quase todo o universo. A mente acredita no domínio do sujeito e do objeto. Conceitualmente, pareceria àqueles que acreditam em Deus que existem dois mundos e que ambos são verdadeiros: o mundo de Deus e o mundo do homem. No mundo do homem, você acredita, de maneira prática e objetiva, que existe de fato um sujeito – você – e um objeto, isto é, tudo o mais. Essa atitude foi bem expressa através do modelo da física newtoniana. Os objetos que constroem um universo humano, que até os últimos poucos milhões de anos era simplesmente chamado de mundo e citado por todas as manifestações, são tidos como existentes à parte de você e podem ser manipulados por você – “você” significando o corpo e o cérebro que parecem dirigi-lo. Na verdade, como já citamos, o corpo e o cérebro que você pensa ser parece ter sido criado pelo mundo. Como vamos ver, essa idéia é exatamente oposta à realidade.

Por necessidade, a atitude em relação a Deus que acompanha essa atitude de aprendizado, é que Ele está em algum lugar fora de você. Existe você e existe Deus, aparentemente separados um do outro. Deus, Que é totalmente real, parece distante e ilusório. O mundo, que é realmente ilusório, parece imediato e real. Por razões que serão descritas mais tarde, sua mente dividida, que se separou de casa como o Filho pródigo, imputou a Deus as mesmas qualidades que ela própria possui. Portanto, Deus e as mensagens que parecem vir Dele são conflitadas.

Mantenha em mente que a maioria disso é inconsciente – significando que parece existir lá fora no mundo, ao invés de em sua própria mente dividida. Então, Deus é considerando como sendo tanto misericordioso quanto
colérico. Ele é tanto amoroso quanto assassino, aparentemente dependendo do humor em que Ele estiver no momento. Essa pode ser uma boa descrição do conflito de uma mente dualista, mas dificilmente é uma descrição de Deus. Quase desnecessário dizer, isso leva a incontáveis esquisitices, incluindo a idéia bizarra de que Deus iria, de alguma forma, desempenhar um papel em instruir as pessoas a matarem outras pessoas para conseguirem certas terras e propriedades. A tragédia sem sentido da dualidade é considerada normal por todas as sociedades modernas, que são, elas próprias, tão loucas quanto o chapeleiro louco.

A próxima atitude de aprendizado pela qual você vai passar durante seu retorno a Deus é, algumas vezes, citada com semi-dualismo. Ela poderia ser descrita como uma forma mais gentil e suave de dualismo, porque certas idéias verdadeiras começaram a ser aceitas pela mente. Novamente, não faz diferença qual é sua religião, que é apenas uma razão pela qual todas as religiões têm algumas pessoas, gentis, amáveis e relativamente não julgadoras. Uma idéia que a mente estaria aceitando nesse momento é simplesmente o conceito de que Deus é Amor. Uma simples noção como essa, entretanto, se for realmente aceita como verdadeira, traria com ela algumas questões difíceis. Por exemplo, se Deus é Amor, Ele também pode ser ódio? Se Deus é realmente Amor perfeito, então, Ele também pode ser imperfeito? Se Deus é o Criador, Ele poderia então ser vingativo contra aquilo que Ele próprio criou?

Uma vez que a resposta para essas questões seja claramente vista como é óbvio que não, uma porta que esteve fechada por muito tempo é empurrada e se abre. No estado do semi-dualismo, sua mente começou a perder um pouco do oculto mas terrível medo de Deus. Agora, Deus é menos ameaçador a você, como você mesmo já nos disse. Uma forma primitiva de perdão fincou raízes dentro de você. Você ainda pensa sobre si mesmo como um corpo, e tanto Deus quanto o mundo ainda parecem estar fora de você, mas agora, você sente que Deus não é a causa da sua situação. Talvez, a única pessoa que sempre tenha estado lá quando as coisas pareciam estar indo por água abaixo fosse você. O perfeito Amor só pode ser responsável pelo bem. Então, tudo o mais precisa vir de algum outro lugar. Mas, como vamos ver em nossa próxima atitude de aprendizado, não existe outro lugar.

PURSAH: Então, agora chegamos ao assunto do não-dualismo. Mantenha em mente que quer estejamos falando sobre uma atitude de aprendizado ou uma visão espiritual, nós sempre estamos nos referindo a um estado mental – uma atitude interna e não algo que é visto com os olhos do corpo no mundo. Vamos começar com uma idéia simples. Você se lembra do antigo enigma, se uma árvore cair no meio da floresta e ninguém estiver lá para ouvir, ela ainda provocaria um som?

GARY: Claro que sim. Isso não pode ser provado, então as pessoas sempre terminam discutindo sobre isso.

PURSAH: Qual você diria que é a resposta? Prometo que não vou discutir com você.

GARY: Eu diria que uma árvore sempre produz um som, quer alguém esteja lá para ouvir, quer não.

PURSAH: E você estaria totalmente errado, até mesmo no nível da forma. O que as árvores fazem é enviar ondas sonoras. Ondas sonoras, como ondas de rádio – e, nesse caso, ondas de energia – requerem um receptor para captá-las. Existem muitas ondas de rádio passando através dessa sala nesse exato momento, mas não há som porque não existe um receptor sintonizado nelas. O ouvido humano ou animal é um receptor. Se uma árvore cai no meio da floresta e não há ninguém lá para ouvi-la, então, ela não produz som. O som não é um som até que você o ouça, da mesma forma que uma onda de energia não parece ser matéria até que você a veja ou a toque.

Para resumir uma longa história, deveria ser evidente à partir disso que são necessárias duas pessoas para dançar um tango. Para que algo possa interagir, é necessária a dualidade. Na verdade, sem a dualidade não haveria nada com o que interagir. Não pode haver nada em um espelho sem uma imagem que pareça oposta a ele, ligada a um observador para vê-la. Sem a dualidade, não existe árvore na floresta. Como alguns de seus cientistas da física quântica sabem, a dualidade é um mito. E, se a dualidade é um mito, então, não apenas não existe árvore, como também não existe universo. Sem você para percebê-lo, o universo não está aqui, mas a lógica teria que dizer que se o universo não está aqui, então, você também não está aqui. Para criar a ilusão da existência, você precisa pegar a unidade e parecer dividi-la, o que é precisamente o que você fez. Tudo isso é um truque.

O conceito de unicidade dificilmente é original. Entretanto, uma pergunta que poucas pessoas já fizeram é: Com o que eu realmente sou um? Embora a maioria dos que façam essa pergunta diria que a resposta é Deus, eles então cometem o erro de presumir que eles e o universo, em sua forma atual, foram criados pelo Divino. Isso não é verdade, e deixa o buscador em uma posição em que mesmo que ele domine a mente, como Buda certamente fez, ele ainda não vai atingir Deus de maneira permanente. Sim, ele vai alcançar a unicidade com a mente que criou as ondas da dualidade. Essa mente, em um não-lugar que transcende todas as suas dimensões, está completamente fora do sistema de tempo, espaço e forma. Essa é a lógica e apropriada extensão da não-dualidade, embora ainda não seja Deus. Ela é, de fato, um beco sem saída. Ou melhor ainda, um beco sem entrada. Isso explica porque o budismo, que obviamente é a religião mais espiritualmente sofisticada do mundo, não lida com a questão de Deus. É por isso que Buda não lidou com a questão de Deus enquanto ainda estava no corpo que vocês chamam de Buda. Essa também é a razão pela qual faremos distinções entre o não-dualismo e o puro não-dualismo. Quando Buda disse, “Estou desperto”, ele quis dizer que percebeu que realmente não era um participante da ilusão, mas o criador de toda a ilusão.

Entretanto, existe mais um degrau necessário, onde a mente que é a criadora da ilusão escolhe completamente contra si mesma a favor de Deus. É claro que algo da tremenda realização de Buda tem uma fagulha disso, chegando rapidamente à mesma e exata consciência de J. Mas, isso foi feito por Buda em uma vida sobre a qual o mundo nem mesmo sabe. Não é incomum que as pessoas alcancem o nível de iluminação de J na obscuridade, e que o mundo pense que elas alcançaram isso em uma vida mais famosa, quando realmente não o fizeram. A maioria das pessoas que se aproxima da verdadeira mestria espiritual não está interessada em ser líder. Ao mesmo tempo, existem pessoas que são altamente visíveis quando, ao invés de serem verdadeiros mestres de espiritualidade e metafísica, estão meramente exibindo os sintomas de uma personalidade extrovertida.

GARY: Então, como J experimentou sua unicidade com Deus?

ARTEN: Isso está a caminho. Uma das razões pelas quais estamos lhe contando essas coisas é para colocarmos as afirmações dele em um contexto para você. Uma das coisas que ele teve que perceber foi que não apenas o universo não existe, mas que ele não existe em qualquer nível diferente do puro espírito. Isso é algo que praticamente ninguém quer aprender. Isso é aterrorizante para todas as pessoas, em um nível inconsciente, porque significa a renúncia de qualquer individualidade ou identidade pessoal, agora e para sempre.

GARY: Uma vez eu ouvi o médico ayurvédico Deepak Chopra dizer aos seus alunos, “Eu não estou aqui”. É a esse tipo de experiência que você está se referindo?

ARTEN: O médico de quem você fala é um homem brilhante e articulado, mas não adianta muito para você saber que não está aqui, se não tiver o quadro completo. Certo, esse é um passo na direção certa, mas o tipo de coisa sobre a qual estou falando agora não é apenas que eu não estou aqui, mas que eu nem mesmo existo de maneira individual – em nenhum nível. Não existe alma separada ou individual. Não existe Atman, como os hindus o chamam, exceto como pensamento errôneo na mente. Existe apenas Deus.

GARY: Então, você não está aqui, você nem mesmo existe, e a mente está projetando essas ondas de dualidade para que elas possam parecer se tornar partículas sólidas, interagindo umas com as outras como em um filme. Você também está dizendo que poucas pessoas alguma vez já estiveram conscientes sobre a razão real de parecerem estar aqui.

ARTEN: Nada mau. Como nós dissemos, nós estamos aqui para os propósitos do Espírito Santo, mas a maioria das pessoas não tem a mínima idéia de quem é e de porque veio para cá. O que você disse é limitado demais. Não é apenas que eu não exista, você não existe e nem o falso universo. Quando nós falamos sobre retornar à realidade e a Deus, não estamos apenas soprando fumaça hipotética. Você não pode ter ambos, você e Deus. Isso não é possível. Você não pode ter ambos, seu universo e Deus. Os dois são mutuamente excludentes. Você vai ter que escolher. Não há pressa, pois o tempo é fumaça hipotética, e nós vamos repetir para você alguns dos ensinamentos de J sobre como escapar disso. Não é fácil, mas é factível. O Espírito Santo não lhe daria uma maneira de sair daqui que não fosse funcional. Você terá medo de perder sua identidade de vez em quando. É por isso que nós nos desviamos do nosso caminho antes para lhe mostrar que você não está desistindo de nada, em troca de tudo. Mas vai ser necessário tempo e mais experiência para que você tenha fé nisso.

GARY: Então, o não-dualismo é como o antigo ensinamento de que você vive como se estivesse nesse mundo, mas sua atitude é a de que dos dois mundos aparentes, o mundo da verdade e o mundo da ilusão, apenas um é verdadeiro e nada mais o é?

ARTEN: Sim, um aluno encantador. Mesmo então, as pessoas cometem o erro de pensar que a ilusão foi feita pela verdade. Então, elas ainda cometem o erro de tentar trazer legitimidade à ilusão, ao invés de desistir dela. Você não pode esperar romper o ciclo de nascimento e morte enquanto mantiver essa confusão. A mente inconsciente vai a tal ponto para evitar Deus, que você ou vai ignorá-Lo, ou ainda mais provável, vai tentar devolver o não-dualismo para o dualismo. Um exemplo extraordinário disso é o que aconteceu a um dos grandes ensinamentos da filosofia indiana chamado Vedanta.

O Vedanta é um documento espiritual não-dualista que ensina que a verdade de Brahman é tudo o que existe, e qualquer outra coisa é ilusão – falsa, nada, nulidade – ponto final. O Vedanta foi sabiamente interpretado por Shanka como Advaita ou não-dualístico. Muito bom, certo? Bem, não para novecentos e noventa e nove pessoas em mil. Existem muitas outras interpretações maiores, mais populares e falsas do Vedanta que representam tentativas de destruir sua metafísica não-dualística e transformá-la no que não é, incluindo o esforço da Madva pra pegar o não-dualismo não qualificado e transformá-lo em dualismo não qualificado.

É aqui que vemos um paralelo espantoso entre o que aconteceu no hinduismo e o que aconteceu aos ensinamentos de J. J ensinou o puro não-dualismo, interpretado pelo mundo como dualismo. O Vedanta era não-dualismo, interpretado pelo mundo com dualismo. Hoje em dia, você tem duas religiões enormes que são controladas por uma maioridade reacionária, ambas competindo pelos corações e pelas mentes de um mundo que não está lá – uma religião é o símbolo de um império baseado no dinheiro, e a outra é um símbolo de um governo que possivelmente poderia se engajar em uma guerra nuclear com seus vizinhos próximos muçulmanos igualmente reacionários.

Essas antíteses podem ser boas o suficiente para a maioria do planeta, mas não têm que ser boas o suficiente para você. A atitude do não-dualismo lhe diz que o que você está vendo não é verdade. Se não é verdade, então, como você pode julgá-lo? Julgar isso seria torná-lo real. Mas, como você pode julgar e tornar real o que não está lá? E, se não está lá, por que precisaria conquistá-lo, lutar em uma guerra por ele, ou torná-lo mais santo ou valioso do que qualquer outra coisa? Como um pedaço de terra pode ser mais importante do que outro? Por que importaria o que acontece em uma ilusão, a menos que você tenha dado à ilusão um poder que ela não tem e não pode ter? Como poderia importar quais resultados são atingidos em uma situação em particular, a menos que você tenha feito um falso ídolo dessa situação? Por que o Tibet é mais importante do que qualquer outro lugar?

Eu sei que você ainda não quer ouvir isso, mas não importa que ações você toma ou deixa de tomar no mundo - embora sua maneira de ver e a atitude que você mantém enquanto está praticando qualquer ação realmente importe. É claro, enquanto você parecer existir em um mundo de multiplicidade, terá algumas preocupações terrenas temporárias, e não pretendemos ignorar suas necessidades terrenas. O Espírito Santo não é estúpido, e, como já dissemos, sua experiência é que você está aqui. Existe uma maneira de passar pela vida fazendo muitas das mesmas coisas que você faria de qualquer maneira, mas agora, não as fazendo sozinho. E, então, você vai aprender que nunca está sozinho.

Então, não estamos sugerindo que você não deveria ser prático e cuidar de si mesmo. É apenas que seu verdadeiro chefe não é desse mundo. Você nem mesmo tem que dizer a ninguém que não é o chefe se não quiser. Se você quiser ter seu próprio negócio e parecer ser seu chefe, tudo bem. Faça isso funcionar da melhor maneira que se sentir guiado a fazer. Seja bom para você mesmo. É com sua atitude mental que estamos realmente preocupados, não com o que você parece fazer. Um dia, você verá qualquer coisa que você faz para viver como uma ilusão para apoiá-lo na ilusão, sem realmente apoiar a ilusão.

Do que nós dissemos, você deveria entender que com a atitude de não-dualismo você está alcançando a habilidade de questionar todos os seus julgamentos e crenças. Agora, você percebe que não existe realmente algo como um sujeito e um objeto, existe apenas unicidade. O que você ainda não sabe é que isso é uma imitação da genuína unicidade, pois poucos aprenderam a fazer a distinção entre ser um com a mente que aparentemente se separou de Deus, e ser um com Deus. A mente precisa ser devolvida a Ele. Ainda assim, o não-dualismo é um passo necessário no caminho, pois você aprendeu que não pode realmente separar algo de qualquer outra coisa – nem pode separar qualquer coisa de você.

Como já sinalizamos antes, essa idéia é bem expressada pelos modelos de física quântica. A física newtoniana afirmava que os objetos eram reais e exteriores a você, com uma existência separada. A física quântica demonstra que isso não é verdadeiro. O universo não é o que você presumiu que fosse; tudo o que parece existir é realmente um pensamento inseparável. Você nem mesmo pode observar algo sem provocar uma mudança nele no nível sub-atômico. Tudo está na sua mente, incluindo seu próprio corpo. Como alguns aspectos do budismo ensinaram corretamente, a mente que está pensando tudo é uma mente, e ela está completamente fora da ilusão do tempo e do espaço. O que nenhuma filosofia, exceto uma, ensina é uma verdade que dificilmente seria bem recebida por todos: o fato de que essa mente também é, ela própria, uma ilusão.

Deveria ser totalmente evidente que se existe apenas unicidade, então, tudo o mais que parece existir precisa ter sido criado. Além disso – e essa é uma questão cuja motivação nenhum ensinamento mostrou de modo satisfatório até muito recentemente – isso deve ter sido criado pelo que deve ter parecido uma razão danada de boa. Portanto, ao invés de julgar o mundo e tudo o que está nele, talvez fosse mais útil para você perguntar que valor você viu em criá-lo para começo de conversa. Também pode ser sábio você se perguntar qual seria uma resposta mais apropriada para isso agora.

PURSAH: O que nos traz à atitude de J. A consciência dele é a consciência do puro não-dualismo, o fim da estrada, a parada final.

Você deveria manter em mente que cada uma das principais atitudes de aprendizado é uma estrada longa em si mesma, e você, algumas vezes, vai pular de uma para a outra como uma bola de pingue-pongue. O Espírito Santo vai corrigir você ao longo do caminho, e trazê-lo de volta à direção correta. Não se sinta mal quando perder seu caminho temporariamente. Ninguém que tenha andado sobre essa Terra, incluindo J, deixou de cair em tentação de alguma maneira. O mito de viver uma vida perfeita em termos de comportamento provoca a auto-derrota e é desnecessário. Tudo o que é necessário é estar disposto a receber correção.

Assim como um navegador ou computador corrige constantemente o curso de um avião a jato ao longo da sua rota, o Espírito Santo está sempre corrigindo você, não importando o que você pareça fazer, ou em que nível de consciência espiritual pareça estar. É possível ignorá-Lo, mas nunca é possível perdê-Lo. O avião a jato está sempre saindo do curso, mas, através de uma correção constante, ele chega ao seu destino. Assim você também vai chegar ao seu. Isso é um trato que você fez; você não poderia estragá-lo mesmo que tentasse. A questão real é, por quanto tempo você quer prolongar seu sofrimento?

Não é cedo demais para que você comece a pensar de acordo com as linhas do puro não-dualismo. Você nem sempre vai se aferrar a ele, mas não dói começar. Você vai começar a pensar como J, ouvindo ao Espírito Santo como ele fez. Mas, um dia, teremos que quebrar esse puro não-dualismo em dois níveis.

GARY: Como?

PURSAH: Pare de dominar a conversa. Isso é assim porque você aparentemente se dividiu em níveis diferentes, e a Voz que representa o grande Cara precisa falar com você como se você estivesse aqui nesse mundo. Como mais você seria capaz de ouvi-Lo?

ARTEN: Vamos começar com a natureza geral do não-dualismo e deixar suas aplicações práticas e especificas para mais tarde. O perdão avançado como J o praticou – em oposição à forma invertida e primitiva de perdão que o mundo algumas vezes pratica – requer uma compreensão maior do que você tem atualmente. Então, vamos continuar.
Mesmo uma leitura superficial do Novo Testamento por uma pessoa relativamente sã, de inteligência rudimentar, deveria revelar que J não era julgador ou reacionário.

GARY: Isso não quer dizer muito para a coalizão cristã.

PURSAH: Você não se preocupa com eles, não é?

GARY: Eu fico cansado de ouvir esses políticos rancorosos, de direita, que se intitulam de cristãos, mas provavelmente não iriam reconhecer Jesus se ele viesse e os chutasse no traseiro.

PURSAH: Sim, mas essa é uma armadilha sutil, e você caiu precipitadamente nela. Pode ser mais preciso dizer, no nível da forma, que a maioria dos cristãos poderia facilmente mudar o nome da sua religião para “julgamentalismo”. Mas, se você julgar o julgamento deles, então, estará fazendo a mesma coisa que eles, o que o coloca na mesma posição – acorrentado a um corpo e a um mundo que você está tornando psicologicamente real para você por deixar de perdoar.

É óbvio que a maioria das pessoas não poderia perdoar completamente outras mesmo que suas vidas dependessem disso, e sua vida real verdadeiramente depende disso. Ao invés de simplesmente apontarmos que J era capaz de perdoar as pessoas até mesmo enquanto o estavam matando – enquanto a maioria dos cristãos de hoje não pode nem mesmo perdoar pessoas que não fizeram nada a eles – seria muito mais benéfico para você perguntar como ele era capaz de fazer isso.

Conseqüentemente, você vai descobrir, conforme continuarmos, que organizações como os republicanos e democratas, a coalizão cristã e a União pela Liberdade Civil Americana estão lá por uma razão completamente diferente do que você acredita agora.

GARY: Acho que vocês deveriam continuar então, mas, posso fazer mais uma pergunta sobre o não-dualismo primeiro?

PURSAH: É melhor que seja boa. Você está cortando meu discurso.

GARY: Eu me lembro que uma vez, aquela moça, quero dizer, mulher, que era aluna de física na faculdade, me disse que matéria aparece de lugar nenhum, e quase tudo é espaço vazio. Você está dizendo que é o pensamento que faz essa matéria aparecer?

PURSAH: É verdade que a matéria aparece de lugar nenhum. O que é menos óbvio, embora necessário de compreender, é que, depois de aparecer, ela ainda é lugar nenhum. Todo espaço é vazio e não-existente, mesmo as minúsculas partículas dele que parecem conter alguma coisa. Vamos explicar o que essa alguma coisa é no final. Em relação a pensamento fazendo imagens aparecerem, uma maneira mais precisa de dizer seria que um pensamento fez todas as imagens aparecerem, porque todas elas representam a mesma coisa, de formas aparentemente diferentes. Essas questões são tratadas pelos mais novos ensinamentos de J, que foram deliberadamente colocados em uma linguagem que pode ser compreendida, mas não é facilmente digerida pelas pessoas da sua época. Por enquanto, vamos nos concentrar em esclarecer um pouco mais o passado, para preparar você para encontrar o presente.

GARY: Tudo bem, já que vocês estão aqui. Quero dizer, já que uma vez nós coletivamente parecemos formar uma imagem aqui.

ARTEN: Como eu disse, J não era julgador nem reacionário, e nossa breve descrição do não-dualismo deve ter dado a você a idéia de que ele não queria se comprometer com essa lógica: se nada está fora da sua mente, então, julgá-lo é dar poder a ele sobre você, e não julgá-lo é pegar esse poder de volta para você. Isso certamente contribui para o fm do seu sofrimento. Mas nosso irmão J não parou por aí.
O puro não-dualismo reconhece a autoridade de Deus tão completamente que renuncia a todo apego psicológico a nada que não seja Deus. Essa atitude também reconhece o que algumas pessoas chamaram de principio “semelhante vem do semelhante”, que diz que qualquer coisa que vier de Deus precisa ser como Ele. O puro não-dualismo não quer se comprometer com esse princípio também. Ao invés disso, ele diz que qualquer coisa que vier de Deus precisa ser exatamente como Ele. Deus não poderia criar nada que não seja perfeito, ou Ele não seria perfeito. A lógica disso é imaculada. Se Deus é perfeito e eterno, então, por definição, tudo o que Ele cria também tem que ser perfeito e eterno.

GARY: Isso certamente restringe as coisas.

ARTEN: Uma vez que obviamente não existe nada nesse mundo que seja perfeito e eterno, J foi capaz de ver o mundo pelo que ele era – nada. Mas ele também sabia que o mundo tinha aparecido por uma razão, e que ele era um truque para manter as pessoas afastadas da verdade de Deus e de Seu Reino.

GARY: Por que ele tem que nos manter afastados da verdade?

ARTEN: Isso vai ser discutido mais para frente, mas você precisa entender que J fez uma distinção completa e inflexível entre Deus e tudo o mais – tudo o mais sendo totalmente insignificante, exceto pela oportunidade que provia para ouvir a interpretação do Espírito Santo sobre ele, ao invés da interpretação do mundo. Qualquer coisa que envolva a percepção e a mudança seria, por sua própria natureza, imperfeita – uma idéia que Platão expressou, mas que não desenvolveu totalmente em termos de Deus. J aprendeu a não tomar conhecimento da percepção, e a escolher com o perfeito Amor do espírito, em uma base consistente. A distinção vital entre o espírito perfeito e o mundo das mudanças permitiu que ele ouvisse a Voz do Espírito Santo cada vez mais, o que, com o tempo, permitiu um processo para revelar onde ele poderia perdoar cada vez mais. A voz pela verdade ficou cada vez mais alta e forte, até que J chegou ao ponto de poder ouvir apenas a essa Voz e ver através de tudo o mais. Finalmente, J se tornou, ou melhor, voltou a ser, o que essa Voz representa – a verdadeira realidade dele e sua como espíritos, e sua unicidade com o Reino do Céu.

Lembre-se, se você acreditar que Deus tem algo a ver com o universo da percepção e da mudança, ou se você acreditar que a mente que criou esse mundo tem algo a ver com Deus, vai sabotar o processo e dominar a habilidade de ouvir apenas à Voz do Espírito Santo. Por que? Uma razão tem a ver com sua culpa inconsciente, que é algo com o que finalmente teremos que lidar. Outra razão é que um pré-requisito para alcançar o poder e a paz do Reino é desistir de seu pseudo-poder e de seu próprio, embora precário, reino. Como você pode desistir da suas criações errôneas se acreditar que elas são a Vontade de Deus? E como você pode renunciar à sua fraqueza se acreditar que ela é a sua força?

Você precisa querer se entregar à idéia da Autoridade de Deus se quiser ser capaz de compartilhar seu poder real. A humildade é o caminho – não uma falsa humildade, que diz que você é inadequado, mas uma humildade real que simplesmente diz que Deus é a sua única Fonte. Você vai perceber que, exceto por Seu Amor, você não precisa de nada, e aquele que não precisa de nada pode ser confiável para tudo.

Então, quando J fez afirmações como, “De mim mesmo nada posso fazer”, e “Eu e o Pai somos um”, ele não estava clamando nenhum tipo de especialismo para si mesmo. Na verdade, ele estava abrindo mão de qualquer especialismo, individualismo, ou autoridade, e aceitando sua verdadeira força – o poder de Deus.

No que dizia respeito a J, não existia J, e, finalmente, não existia. Sua realidade então era a do puro espírito e fora da ilusão completamente. Essa realidade também estava completamente fora da mente que criou o falso universo, uma mente que as pessoas confundem como o lar de sua verdadeira unicidade. J sabia que a criação errônea do universo não tinha nada a ver com a verdade. Sua identidade era com Deus e com nada mais. A ‘Paz de Deus que ultrapassa o entendimento’ não era mais algo pelo que lutar. Ela era dele através do seu pedido, ou, melhor ainda, ela era sua por ter se lembrado. Ele não tinha mais que buscar o perfeito Amor, pois, com suas muitas escolhas sábias, ele tinha removido todas as barreiras que o haviam separado da realidade da sua perfeição.

Seu Amor, como o amor de Deus, era total, impessoal, não-seletivo e totalmente inclusivo. Ele tratava todos igualmente, do rabino à prostituta. Ele não era um corpo. Ele não era mais um ser humano. Ele tinha passado pelo buraco da agulha. Ele tinha reivindicado seu lugar com Deus como puro espírito. Isso é puro não-dualismo: uma atitude que, junto com o Espírito Santo, vai levá-lo ao que você é. Você e J são a mesma coisa. Todos nós somos. Não existe nada mais, mas você precisa de mais treinamento e prática para experimentar isso.

GARY: Eu tenho sido ensinado que sou um co-criador com Deus. Isso é verdade?

ARTEN: Não nesse nível. O único lugar onde você realmente é um co-criador com Deus é no Céu, onde você não estaria consciente de ser de qualquer forma diferente Dele, ou separado Dele de qualquer maneira. Então, como você poderia não ser um co-criador com Ele? Mas existe uma maneira aqui na Terra de praticar o sistema de pensamento do Espírito Santo como J fez, o que reflete as leis do Céu, e esse é o seu caminho para casa.
Nós vamos discutir depois os atributos do puro não-dualismo e como praticá-lo, conforme formos adiante, mas, por enquanto, apenas tente se lembrar de que se Deus é o perfeito Amor, então, Ele não é nada mais, e nem você. Você é, na verdade, o Amor de Deus, e sua vida real é com Ele. Como J, você vai chegar a saber e a experimentar que Deus não está fora de você. Você não vai mais se identificar com um corpo vulnerável ou com qualquer outra coisa que possa limitá-lo; e um corpo é qualquer coisa que tenha fronteiras ou limites. Você vai aprender, ao invés disso, sobre a sua realidade como puro espírito que é invulnerável para sempre.

GARY: Vocês sabem, eu tenho ouvido ultimamente muitas pessoas ridicularizarem idéias como essa. Existe aquele cara que costumava ser mágico e agora chama a si mesmo de cético e aquele que põe fim à pieguice. Pessoas como ele estão sempre indicando que temas espirituais não são científicos; ele parece pensar que a pessoa deveria ser dirigida pelos sentidos físicos e pelo que a experiência diz. Como eu posso lidar com pessoas como essas?

ARTEN: Perdoe-as. Nós vamos lhe dizer como. Além disso, essas pessoas nem mesmo percebem que são dinossauros. Esse homem supostamente respeita cientistas, mas Albert Einstein não era um cientista?

GARY: Acredito que ele foi um muito famoso.

ARTEN: Você sabe o que ele disse sobre sua experiência em relação ao mundo?

GARY: O que?

ARTEN: Ele disse que a experiência de um homem é uma ilusão de ótica da sua consciência.

GARY: Einstein disse isso?

ARTEN: Sim. Pessoas como seu amigo cético deveriam ser um pouco mais modestas e um pouco menos arrogantes sobre suas presunções. Ele na verdade é um homem muito inteligente, embora não use sua inteligência de maneira construtiva. Mas nós não estamos aqui para falar sobre ele. A vez dele de se tornar consciente da verdade virá quando tiver que vir.
Enquanto isso, não espere que ele ou o mundo venham bater à sua porta. Olhe para o último dia de J antes da parte da ilusão onde ele foi crucificado. Você realmente pensa que a maioria do nosso povo queria ouvir o que ele tinha a dizer? E você realmente acredita que os gentios eram mais inteligentes do que nós? Vamos! Aqueles idiotas nem mesmo entenderiam o sistema numérico arábico antes de mais 1.200 anos. Eles estavam ocupados demais dividindo as pessoas, perdendo dinheiro no jogo de dados e mantendo o mundo a salvo para a escuridão.

GARY: Você está dizendo que o cristianismo é uma relíquia da Idade Média?

ARTEN: Estou dizendo que os europeus não estavam mais prontos para a verdade do que o resto do mundo. O universo realmente não quer despertar. O universo quer doces para se sentir melhor, mas o doce é projetado para prendê-lo ao universo.

PURSAH: A partir do breve esboço sobre a progressão espiritual que acabamos de dar a você, agora deveria estar claro o que J quis dizer quando falava coisa como, “Entrem pelo portão estreito, pois o portão largo e o caminho fácil levam à destruição, e aqueles que entram por ele são muitos. Pois o portão é estreito e o caminho que leva à vida é difícil, e aqueles que o encontram são poucos”. Ele não estava tentando apavorar as pessoas, ameaçando-as com a destruição se elas não andassem pelo caminho direto e estreito. Pelo contrário, ele estava dizendo a elas que o que estavam experimentando aqui não é vida, e, ao mesmo tempo, estava lhes mostrando o caminho para a vida.
O que você está experimentando aqui é destruição, mas J sabia o caminho para sair daqui. É por isso que ele disse, “Tenham bom ânimo, pois eu venci o mundo”. Se ele não fosse um homem que tinha lições a aprender como você, então, por que ele teria que vencer o mundo em primeiro lugar? Ele entendeu inúmeras coisas que nós não entendemos, e, ainda assim, tudo isso estava ligado a um sistema de pensamentos consistente, o sistema de pensamentos do Espírito Santo. Por exemplo, ele sabia que as antigas escrituras continham passagens que não expressavam o perfeito Amor, não seletivo, o que significava que não poderiam ser a Palavra de Deus.

GARY: Como o que?

PURSAH: O tipo de coisa que nós queremos dizer deveria ser óbvio. Por exemplo, você realmente acredita, como aparece em vários versos dos Levíticos, Capítulo 20, que Deus disse a Moisés que os adúlteros, bruxas, médiuns e homossexuais deveriam ser levados à morte?

GARY: Isso parece um pouco extremo. Eu sempre gostei de médiuns.

PURSAH: Sério?

GARY: Não. Eu não acredito que Deus diria isso.

ARTEN: Então, agora você tem um problema fundamental.

GARY: Sim, o fundo é mental.

ARTEN: O mundo é um problema mental, mas o problema que estamos citando dessa vez é a tentativa de reconciliar dois sistemas de pensamento que não podem ser reconciliados. Não estou me referindo ao Velho Testamento e ao Novo Testamento. As diferenças entre eles são sobre J, não sobre Deus. Ainda assim, os primeiros cristãos estavam desesperados para construir uma ponte entre J e o passado, e o que eles conseguiram foi simplesmente uma nova versão do passado.

O que eu estou realmente comparando aqui é o sistema de pensamento do mundo, que você pode encontrar tanto no Velho Testamento quanto no Novo, e o sistema de pensamento de J, que está ausente de ambos. Sim, você pode ter uma idéia sobre como J era a partir de algumas poucas afirmações dele que sobreviveram, mas é sobre isso que estamos falando. Não estamos lhe dizendo que o judaísmo ou o cristianismo são mais ou menos válidos um do que o outro. Nós já dissemos que todas as religiões têm tanto pessoas exemplares quanto ignorantes. Isso também é uma ilusão, porque, como J sabia, o corpo é uma ilusão.

E aí você tem a razão número um pela qual o pensamento do mundo e o pensamento de J são mutuamente excludentes – por que a realidade de J não era o corpo, e o pensamento do mundo está completamente baseado sobre uma identificação com o corpo como sua realidade. Mesmo aqueles de vocês que têm um vislumbre através do corpo, ainda mantêm a idéia de uma existência individual, que é realmente bem pouco diferente do que ter um corpo. Na verdade, é com essa idéia de separação, tudo o que vem com ela, que você se sentencia a continuar no universo dos corpos.

Por que você acha que o mestre, ao contrário das outras pessoas da sua época, tratava todos os homens e mulheres igualmente?

GARY: Diga-me você. Eu presumo que existe mais nisso do que o fato de que ele não estava tentando levar as mulheres para a cama.

PURSAH: Era porque ele não via nem homens nem mulheres como corpos. Ele não reconhecia diferenças. Ele sabia que a realidade de cada pessoa era espírito, o que não pode ser limitado de maneira alguma. Então, elas não podiam ser homens ou mulheres. Hoje, suas feministas estão sempre tentando construir a grandeza das mulheres. Elas, algumas vezes, se referem às mulheres como Deusas e a Deus como Ela ao invés de Ele. Isso é bonitinho, mas elas realmente estão substituindo um erro por outro.

Quando J usava a palavra “Ele” para descrever Deus, ele estava falando metaforicamente na linguagem das escrituras. Ele tinha que usar uma metáfora para se comunicar com as pessoas, mas você torna tudo real. J sabia que Deus não pode ser limitado por gênero sexual, e nem a pessoas, porque elas não são realmente pessoas. Como você pode realmente ser uma pessoa se você não é um corpo? Isso é muito mais importante para você compreender do que possa imaginar nesse momento, e nós vamos explicar por que. Sabendo a verdade, J tratou cada corpo como o mesmo – como se não existisse. Ele então foi capaz de olhar completamente através dele para a verdadeira luz do espírito imutável e imortal que é a única realidade de todos nós.

De qualquer forma, como a maioria das pessoas hoje, ao invés de realmente ouvirmos ao que J estava ensinando, a maioria de nós viu e ouviu o que queria ver e ouvir, para que pudéssemos usá-lo para validar nossa própria experiência – que era a experiência de ser um individuo em um corpo. Portanto, nós tivemos que fazer dele um corpo individual muito especial, que é como nós realmente víamos a nós mesmos, e como você ainda se vê.

Embora alguns de nós tendêssemos a ser um pouco mais intelectuais, as crenças da maioria dos primeiros seguidores eram simples o suficiente. Nós já tínhamos visto J depois da crucificação, e, já que não tínhamos compreendido sua mensagem inteira, a opinião imprecisa e majoritária entre as seitas era que ele ia voltar para nós outra vez, como ele já tinha feito antes, e trazer o Reino de Deus. Esperava-se que isso fosse acontecer muito rápido, não no futuro distante, e não em nenhum outro lugar, mas exatamente ali. Eu não concordava com esse cenário em particular, porque, como J ensinou em meu Evangelho, o Reino de Deus é algo que está presente, mas não é visto pelas pessoas. Em qualquer caso existia alguma divergência até mesmo no início, mas a maioria dos seguidores aceitou a idéia de um retorno. Conforme os anos passaram e as condições de vida ficaram difíceis, entretanto, os líderes de uma nova religião em desenvolvimento tiveram que improvisar a fim de manterem o interesse das outras pessoas.

Antes que tivéssemos consciência disso, já havia pessoas se relacionando com J como o maior corpo de todos. Elas já acreditavam que Deus havia criado um mundo falho, com pessoas imperfeitas como Adão e Eva, que eram capazes de cometer erros. Elas negligenciaram a lógica de que para Deus criar o imperfeito precisaria significar ou que Ele Próprio era imperfeito, ou que Ele deliberadamente criou aqueles que eram imperfeitos para que pudessem estragar tudo e ser punidos por Ele, e sofrer aqui, no planeta psicótico. Então, de acordo com essa nova religião em desenvolvimento, Deus pega – inacreditavelmente – Seu único filho primogênito mais especial de todos, que aparentemente seria mais sagrado do que o resto da escória da Terra, e o envia como um sacrifício sangrento para sofrer e morrer na cruz, como uma forma de expiar os pecados no lugar dos outros.

Mas agora existe outro grande problema porque até mesmo de acordo com as próprias doutrinas do cristianismo, isso realmente não expiou os pecados de mais ninguém. Se tivesse expiado os pecados das pessoas, então, teria sido o fim deles. Mas não! Agora era necessário que todos acreditassem cegamente em todos os detalhes demonstrados exclusivamente pela religião cristã, ou então ainda iriam queimar no inferno, mesmo que acontecesse de nascerem – presumivelmente pela vontade de Deus – em um lugar, época ou cultura que nem mesmo está familiarizada com essa religião em particular!

GARY: Tudo isso soa um pouco estranho quando você coloca dessa maneira. Todo o sistema de pensamento não é exatamente lisonjeiro à natureza de Deus.

ARTEN: É por isso que tudo isso é simbólico de uma imagem amedrontadora de Deus ao invés de uma amorosa. Nós não queremos ser desrespeitosos, mas precisamos fazer algumas afirmações controvertidas porque não existe exatamente um excesso de pessoas em sua sociedade que queiram mostrar essas coisas. É verdade que naquela época, J era a pessoa mais avançada espiritualmente que já tinha aparecido na Terra, mas todos, incluindo você, vão um dia atingir o mesmo nível de realização dele. Não existe exceção a isso. portanto, J, no final das contas, não é diferente de qualquer outra pessoa, e a atitude dele era que ninguém seria deixado de fora do Céu, porque existe realmente apenas um de nós – não todos esses corpos separados com os quais vocês estão sonhando atualmente.

GARY: Você está dizendo que até os assassinos vão acabar no Céu?

ARTEN: Até mesmo São Paulo, ou Saul, como ele se chamava antes de mudar seu nome para poder ter sucesso com os gentios, era um assassino antes de entregar sua espada. Você não entende o que estamos dizendo. Não existe São Paulo, não de verdade, nem ninguém mais – incluindo J – exceto em um sonho. Não existe ninguém lá fora. Existe apenas um Filho de Deus, que é você. Você vai entender isso, mas são necessários anos de prática para realmente experimentá-lo. Você tem que querer, mas eu sei que você quer.

GARY: Se estamos todos sonhando, por que temos nossas experiências separadas, mas também temos as mesmas experiências? Por exemplo, nós todos vemos a mesma montanha do lado de lá da janela.

ARTEN: Isso é assim porque existe apenas um sonho, o que explica as experiências em comum. A mente aparentemente se dividiu de tal forma que cada unidade observa o sonho de um ponto de vista diferente, o que explica suas próprias experiências pessoais.
Nós esperávamos que essas conversas ficassem um pouco dispersas, o que está perfeitamente certo. Mas vamos tentar nos manter ligados ao assunto, e vamos examinar outras coisas conforme vierem.

GARY: Tudo bem. Você está dizendo que J via as pessoas como o mesmo que ele e Deus – ilimitadas e perfeitas. Todas as outras características que colocamos nos outros ou em Deus são, na verdade, nossas próprias crenças inconscientes sobre nós mesmos?

PURSAH: Eu sabia que você não era tão tonto quanto parece. Você sabe que estou brincando, certo?

GARY: Claro, sorte minha. Eu tenho uma mestra ascensionada amuada.

PURSAH: Sim, mas isso é uma ilusão com propósitos de ensino, e deixe-me fazer outra observação.

GARY: E eu tenho escolha?

PURSAH: Sim, sempre. Voltando ao nosso assunto, você tem que entender que como judeus, nós sinceramente acreditávamos que nossa religião tinha dado um grande salto à frente com o monoteísmo – a idéia de um Deus único – em oposição ao politeísmo – a crença em muitos deuses. A maioria de nós não sabia que o monoteísmo realmente havia se originado com Akhnaton no antigo Egito, e o que toda essa idéia e nossa aceitação dela fez foi pegar todas as diferentes personalidades e características boas e más, de todos os Deuses anteriores e incorporá-las em um único Deus.

GARY: Então, agora, ao invés de todos aqueles deuses confusos, vocês tinham apenas um Deus confuso.

ARTEN: Muito bem colocado! É claro que existe apenas um único Deus, e Ele não é confuso de maneira nenhuma, e nem o era o rapaz J, que havia perdoado o mundo – sua mente tinha voltado para o Espírito Santo, a quem ela pertencia. É a Ele que sua mente pertence. Você a pegou lá e terá que devolvê-la. E eu tenho uma mensagem para você: Você não será realmente feliz até que o faça. Não importando o que você imagine que tenha realizado em qualquer vida, sempre haverá uma parte de você que sente que algo está faltando – porque, em suas ilusões, algo está faltando.

GARY: Você disse que iria me dizer como J era. Isso me lembra de algo, muitas pessoas parecem pensar que o primeiro nome dele era Jesus, e o último era Cristo.

PURSAH: Sim, e sua inicial do meio era H. felizmente, muitas outras pessoas percebem que a palavra Cristo vem do termo psicológico grego que pode ser aplicado a qualquer um, e não apenas a J, exclusivamente. Vou lhe dizer, nós costumávamos nos sentir muito tolos tentando descrevê-lo para as pessoas depois da sua crucificação, e das suas subseqüentes aparições para nós. Mas, espere, esqueci de mencionar uma coisa.

GARY: Você cometeu um erro? Que vergonha. Mais um e você será punida severamente.

PURSAH: Eu queria dizer é que eu suspeitava, assim como alguns poucos, que a ressurreição é algo que acontece na mente, e não tem nada a ver com o corpo. Essa idéia, que no fim foi rejeita por Paulo e pela igreja, foi defendida por alguns dos gnósticos. Eu aprendi, no final, que essa idéia era correta. Isso traz algo que Arten e eu podemos dizer, e o cristianismo não. Os mais novos ensinamentos de J sobre os quais falaremos com você finalmente provarão ser corretos, enquanto tantas coisas que a Bíblia diz já foram ridicularizadas e serão demonstradas como falsas pela ciência. Se algo realmente vem de Deus, não faria sentido que acabasse se mostrando verdadeiro ao invés de falso?

E também, devido a uma história nos Evangelhos, eu algumas vezes fui citada como “Tomé incrédulo”. Assim como com J, você não deveria confundir o Tomé bíblico com o verdadeiro Tomé histórico. Uma história em um romance não necessariamente representa a verdade absoluta, mesmo que algumas pessoas queiram que seja assim. As experiências que podem ser trazidas pelos genuínos ensinamentos do Espírito Santo falam por si só.

GARY: E o J histórico?

PURSAH: Ele nunca amaldiçoou uma árvore e a matou, nunca ficou nervoso e derrubou as mesas no templo, mas ele realmente curou algumas poucas pessoas que já estavam mortas. Também, seu corpo morreu na cruz, mas ele não sofreu como você pode imaginar. Em relação à sua maneira de ser, meras palavras não podem fazer justiça à ele. Estar na sua presença era uma experiência tão única que nos dava um sentimento de admiração. Sua paz e amor inalteráveis eram tão totais que algumas vezes, as pessoas não podiam suportar, e tinham que olhar para outro lado. Sua atitude era tão calma e confiante, que fazia você querer saber como ele fazia isso. Aqueles de nós que passaram muito tempo com ele e, como era o meu caso, conversaram com ele em particular, éramos inspirados por sua completa fé em Deus.

Uma das coisas irônicas – e isso é algo que algumas pessoas não entendem – era que ele se considerava totalmente dependente de Deus, e, ainda assim, essa dependência não era fraqueza, como o mundo geralmente vê a dependência. Ao invés disso, o resultado era um estado de força psicológica inacreditável. Coisas que iriam apavorar pessoas fortes não significavam nada para ele, porque todas eram nada para ele. O medo não era uma parte dele. Sua atitude era a mesma como se você estivesse tendo um sonho enquanto estava adormecido na sua cama na última noite, exceto que estaria absolutamente consciente do fato de estar dormindo. E, sabendo que estava dormindo, você também saberia que absolutamente nada no sonho poderia machucá-lo, porque nada daquilo era verdade; você perceberia que estava apenas observando imagens simbólicas, incluindo as pessoas, que não estavam realmente lá.

J costumava me dizer, quando estávamos sozinhos, que o mundo era apenas um sonho insignificante, mas que a maioria das pessoas não estava pronta para aceitar uma idéia dessas, porque suas experiências em contrário eram muito fortes. Ele, então, repetia que saber que o mundo é uma ilusão não é suficiente. Os gnósticos e alguns dos primeiros cristãos chamavam o mundo de sonho, os hindus o chamam de maya, e os budistas o chamam de anicca, tudo tendo o mesmo significado. Mas, se você não sabe o propósito do sonho e como reinterpretar as imagens que está vendo, o que é algo que discutiremos depois, então, o ensinamento geral de que o mundo é uma ilusão tem um valor muito limitado. Entretanto, ele também disse que chegaria o tempo em que o Espírito Santo iria ensinar todas as coisas às pessoas – o que é algo com o que esperamos estar contribuindo ao compartilhar alguns dos mais novos ensinamentos de J com você – e que todos iriam saber que apenas Deus é real. Algumas vezes, no fim de uma conversa comigo, ele dizia, “Deus é”, e ia embora.

Uma outra coisa sobre ele que raramente é mencionada, é que ele tinha um excelente senso de humor. Ele era bem irreverente. Ele gostava de rir e levar alegria aos outros.

GARY: E ele era totalmente desperto?

ARTEN: Sim, mas vamos deixar bem claro o que queremos dizer com isso. Não estamos dizendo que ele era mais desperto dentro do sonho, mas que ele tinha despertado do sonho. Isso não é uma distinção pequena, Gary. Realmente, ser aparentemente mais desperto dentro do sonho é o que passa por iluminação entre muitas pessoas, mas não é isso que estamos ensinando. Você pode adestrar um cão para ser mais alerta e impressivo, e para viver sua chamada vida de maneira mais plena, e quase qualquer ser humano pode ser ensinado a elevar sua consciência. Você sempre pode ser ensinado a olhar para o sonho com um padrão de pensamento mais inteligente, em uma tentativa de trazer algo mais, diferente ou melhor. Mas nosso irmão J estava completamente fora do sonho. Ele não estava defendendo uma maneira de tornar a ilusão melhor, ou de dizer a você como lutar por uma auto-expressão para que não morresse com um potencial não aproveitado. Esses exercícios podem fazer com que você se sinta temporariamente melhor, mas você ainda estará construindo sua casa sobre a areia.

J não seria contrário a você melhorar sua vida, mas ele estaria mais preocupado com sua Fonte de orientação do que com a própria orientação, porque ele conhecia os tremendos benefícios de longo prazo que ser um verdadeiro seguidor do Espírito Santo traria à sua mente. O verdadeiro objetivo não é embelezar sua vida, é despertá-lo do que você pensa que é a sua vida! Então você estará construindo sua casa sobre a rocha. A mensagem de J não é sobre consertar o mundo. Quando seu corpo parece morrer, o que você vai fazer com o que acredita que é o mundo? Em relação ao mundo você pode embelezá-lo, mas você não pode levá-lo de modo algum.

GARY: Algumas dessas idéias não foram citadas em alguns dos Evangelhos que foram rejeitados pela igreja?

PURSAH: Dizer que foram rejeitados é ser bem suave. Em muitos casos, os Evangelhos foram destruídos pela igreja, para que nunca mais fossem lidos. As pessoas hoje em dia negligenciam o fato de que, quando Constantino tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano, significou que, pela lei, quaisquer outras religiões ou idéias espirituais foram declaradas ilegais. Então, se suas crenças não eram uma parte das doutrinas em rápido desenvolvimento da nova igreja, então, você era considerado herege da noite para o dia – o que era um crime punível com a morte. Era como se seu Congresso subitamente aprovasse uma lei dizendo que todas as crenças religiosas que não estivessem exatamente condizentes com as doutrinas da coalizão cristã estivessem banidas, e qualquer discordância da sua parte seria um crime passível de morte.

GARY: Então, o imperador Constantino não era mais tolerante do que aqueles antes dele que perseguiram os cristãos.

PURSAH: Constantino era um soldado, um político, e um assassino. Ele não fez quase nada que não fosse direcionado para aumentar seu próprio poder. Ele percebeu que o cristianismo já estava se tornando a religião mais popular no Império Romano, e simplesmente fez a maior parte disso para si mesmo. Você não pode imaginar que alguém que saia por aí massacrando pessoas tenha tido algum tipo de experiência religiosa séria.

GARY: Algumas pessoas não acreditam que guerras santas são justificadas?

ARTEN: Guerra santa – outro oximoro maior do que qualquer outro.

GARY: Até mesmo Edgar Cayce disse que as guerras algumas vezes são necessárias.

ARTEN: Existe uma diferença enorme entre o Santo e o necessário. Edgar era um homem bom e talentoso, mas ele seria o primeiro a lhe dizer que não era J. J riu da idéia de espiritualizar a violência, assim como riu do mundo.

NOTA: continuação do texto neste link: http://desenvolvendoaconsciencia.blogspot.com/2008/05/o-j-oculto.html

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