15 de junho de 2012

Sabedoria budista no filme Matrix I





Nenhuma religião, ou filosofia tem tantas semelhanças com o filme Matrix-I quanto o budismo. 
O principal ponto em comum é a idéia de samsara ou maya, segundo a qual as nossas vidas são uma grande ilusão montada pelo nossos próprios desejos. 
É como se todo o mundo fosse, como diz Morpheus, "uma projeção mental da sua personalidade". 
As pessoas estariam presas em um ciclo: elas tratam o que sentem como se fosse real e a ignorância de que aquilo é só uma ilusão as mantém presas a esse mundo. 
Nesta cena do filme, Neo encontra uma criança com trajes de monge budista que entorta uma colher com a mente. 
O segredo, diz ela, é saber que a colher não existe. Uma vez superada a ilusão, atinge-se o nirvana, um estado que as palavras não podem descrever, em que a noção de indivíduo se perde.
No budismo, aprendemos que Sidharta Gautama era um príncipe hinduísta que abandonou seu castelo, sua esposa e seu filho para descobrir a causa de tanto sofrimento. 
Meditou 7 dias embaixo de uma figueira tornando-se Buda, o Iluminado, e descobriu que a razão do sofrimento seria, resumidamente, o apego e o desejo. A solução budista está em cada pessoa descobrir a sua própria "não-existência".
Segundo o budismo, o homem simplesmente deve entender que não existe o "eu". As últimas palavras de Buda, aos oitenta anos e antes de morrer de desinteria, foram: "tudo é impermanente".
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