“A ação desses remédios consiste em elevar nossas vibrações e abrir os canais para recepção do Eu Espiritual; em inundar nossa natureza com a virtude particular de que precisamos para expurgar de nós o erro que causa o mal”.
“Elas são capazes, como uma música bonita ou qualquer outra coisa gloriosa, que nos eleva e inspira, de alçar nossa própria natureza, de aproximar-nos de nossas almas, e, por esse mesmo ato, de dar-nos paz e aliviar nossos sofrimentos. Elas não curam atacando a moléstia, mas inundando-nos o corpo com as formosas vibrações de nossa natureza superior, na presença das quais a moléstia se derrete, qual neve ao calor do sol. Não haverá cura verdadeira se não houver mudança na aparência, na atitude, paz de espírito e felicidade interior.” Dr. Bach
Essências Florais no Processo de Cura das Feridas da Alma
A “noite escura da alma”, as Essências Florais poderão nos ajudar a resgatar a confiança de que não há neste universo, força alguma maior que o Amor. Poderão nos lembrar que Somos Amor. Que esta é a nossa Verdadeira Natureza, ajudando-nos então a resgatar a Fé, nosso Poder Interior e nossa capacidade de transcender aos nossos próprios limites. Muitas vezes, os padrões de desamor que foram aliviados ou equilibrados através da utilização de Essências Florais voltam. São aliviados com a mesma Essência Floral ou com outras essências que vem nos auxiliando a superar este padrão negativo através do ancoramento de outras virtudes complementares.
Achamos que nos curamos, e de novo, passado algum tempo, aqueles mesmos padrões e/ou sentimentos tornam a voltar. E chegamos mesmo a pensar que as Essências Florais já não funcionam para nós, que o Terapeuta não é competente, etc. por que isto acontece? O que está errado? Nada, nada está errado. Nem nós, nem o terapeuta, nem os florais. É assim mesmo. O processo de cura de padrões de separação e desamor profundamente arraigados em nossa alma é lento. São muitas camadas superpostas que precisam ir sendo suavemente dissolvidas.
Este movimento pode trazer momentos desafiadores ou dolorosos, e são necessários tempo, dedicação, disciplina e apoio de um Terapeuta Floral experimente para nos auxiliar nesta travessia. A superação de alguns destes padrões negativos muito arraigados em nossa alma freqüentemente nos conduz a um novo aprendizado: o nosso Ego é instado a se render, se entregar a guiança de um Poder Maior: A Fonte de onde emana o Amor e Compaixão necessários para a Cura Verdadeira. E as Essências Florais podem nos trazer muitas das ferramentas necessárias para o sucesso deste aprendizado.
Nosso Ego precisará também aprender que o caminho em direção a esta Fonte passa pela nossa auto-educação, pela conquista da humildade, da compaixão, do sentimento de merecimento e de tantas outras virtudes necessárias para que possamos reconhece-las dentro de nós. As Essências Florais não têm o poder de substituir a disciplina necessária para o ancoramento destas conquistas e tampouco têm o poder de interferir no livre arbítrio de nossa alma. Elas desvelam os segredos das Virtudes, mas somos nós que escolhemos se queremos ou não abraça- las.
Freqüentemente precisamos de muito tempo, muitos anos às vezes, para ancorar firmemente em nossa personalidade, mesmo com o apoio da Terapia Floral, o amor, a compaixão, o discernimento, a força interior e a disciplina necessária para que possamos assumir integralmente a responsabilidade por tudo o que acontece em nossas vidas. Este é um Portal. Ao atravessa-lo, as Essências Florais nos auxiliam a contatar, aceitar, integrar e aprender a amar aquelas partes de nossa alma que se esqueceram de que são manifestações do Divino; partes de nós mesmos que podem estar comprometidas com o medo, a dor, a crueldade e toda uma miríade de formas e ilusões geradas pela separação e desamor. É de lá que brotam aqueles padrões que tendem a estar sempre voltando. Este processo não é fácil e leva tempo. Às vezes, toda uma vida. A ilusão da separação nos leva a perder muito tempo responsabilizando o outro, nossos familiares, a falta de sorte e a “injustiça da vida”, pelos nossos sofrimentos e insucessos.
Durante este processo as Essências Florais trazem alívio, ajudam a manter o equilíbrio e fortalecer cada vez mais o nosso desejo de auto cura e paz. Vão nos apoiando amorosamente sempre que necessário até que nossa dedicação, nossos esforços, nossas preces, o cultivo da disciplina, da compaixão e nossa entrega a um Poder Maior tornem possível a cura da ferida em nossa alma que se alimenta deste padrão de desamor...
Parte do texto de Maria Grillo - Pesquisadora e co-criadora das Essências Florais Filhas de Gaia (Extraído do “Repertório Das Essências Florais Filhas de Gaia”. Editora Vozes).
... Limpar o que bloqueia seu sucesso, sua felicidade, sua prosperidade.
Não tem segredo. O que existe é crença em limitação. Crença de que você não tem a capacidade, que não há o suficiente, que os recursos são escassos e estão acabando.
É o que a mídia transmite, anuncia, sustenta, propagandeia, bombardeia incessantemente 24 horas por dia, sete dias da semana.
Alguns de nós acordamos para isso e buscamos uma saída através de aprendizados de novas maneiras de se colocar no mundo, de gerar um novo paradigma, de realização, de liberdade e felicidade.
Chega uma hora em que acreditamos que a Mente Subconsciente é a chave para a mudança. Que devido o seu condicionamento na nossa formação, acabamos repetindo um infindável padrão de comportamentos que nos limitam em tudo.
Existem técnicas diversas, como hipnose, controle da mente, subliminares, afirmações, pensamento positivo, etc., todas com o intuito de "enganar" a Mente Subconsciente, "condicioná-la", passar por ela e implantar sugestões, novos padrões de comportamento e crenças “mais valiosas”.
Pois isso funciona para algumas pessoas, mas são poucas. No geral, embora os conceitos, as teorias, sejam aceitáveis e até entusiasmantes, na prática não correspondem.
Mantras, palavras "mágicas", sons, podem até ajudar, mas são de efeito passageiro. Você pode se entreter durante um tempo com isso, achando que estará obtendo resultados em breve, mas pouca coisa muda.
Já passei por isso, e o fato é que sua Mente Subconsciente entende as coisas literalmente. Ela é muito mais sentimento do que palavras. Por ser literal, ela entende reconhece o assunto, o ato, a ação, mas não a palavra "não".
O sentimento, quanto mais forte em relação a qualquer assunto, é o que mais determina a manifestação daquilo. Por isso, é tão difícil mudar padrões enraizados, condicionados profundamente.
A Mente Consciente, quando você pensa, usa o racional para tentar convencer a Mente Subconsciente da necessidade de mudança. Mas a comunicação é falha, ou inexistente, e assim a vida da pessoa parece não andar.
Há anos, eu vinha estudando técnicas para a “manifestação da abundância”. Mesmo sendo próspero e abundante, muito solicitado pelo sucesso no trabalho e bem pago a maior parte de minha vida, vivi também momentos de escassez e insuficiência financeira que geraram muita aflição e preocupação.
Mas, desde cedo, intuí que tínhamos de alguma maneira a responsabilidade pelo que nos acontecia na vida, e que tinha relação com o que pensávamos.
"Quando estás com raiva, não é porque alguém falhou em cumprir a função que tu lhe atribuíste?
E isso não vem a ser a "razão" pela qual o teu ataque é justificado?
Os sonhos dos quais pensas que gostas são aqueles nos quais as funções que atribuíste foram cumpridas, as necessidades que estabeleceste para ti foram preenchidas.
Não importa se são preenchidas ou simplesmente se tu as queres. É da idéia que elas existem que o medo surge.
Os sonhos não são mais ou menos queridos. Ou são desejados ou não o são. E cada um representa alguma função que atribuíste, alguma meta que um evento, um corpo ou alguma coisa deveria representar e deveria conseguir para ti.
Se isso tem sucesso, pensas que gostas do sonho. Se falha, pensas que o sonho é triste.
Mas o fato de ser bem-sucedido ou de falhar não é o seu núcleo, mas apenas a fina embalagem."
A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.
De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.
A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
É difícil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.
Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.
As pessoas são como são, dificilmente mudam. Não podemos contar com isso. A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano. Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.
A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se. Aceitar é estar lúcido do momento presente e se assim a vida se apresenta, assim deve ser. Tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.
No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema. Tudo é movimento. Nada é permanente.
A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados,frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos da confiança.
É fundamental entender que aceitar não significa desistir e seguir adiante com otimismo.
Ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.
No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer-lhe oferecer. Novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.
Entrevista sobre Física Quântica com José Andreeta e Maria de Lourdes Andreeta Publicado em 18 de junho de 2010. Entrevista por Fátima Afonso, com o físico José Andreeta, professor da USP/São Carlos, e sua mulher, Maria de Lourdes Andreeta, advogada e filósofa.
Fátima: Apesar de todo o desenvolvimento da ciência e do surgimento da física quântica, o homem ainda explica o universo a partir da teoria de Newton, formulada no século 17. Porquê?
Casal Andreeta: Porque ele está condicionado a viver neste mundo que nós conhecemos. O homem comum não tem condições de ver a realidade através do prisma da teoria quântica, porque esse conhecimento é extremamente especifico e a linguagem da fisica quântica é a matemática avançada. De qualquer maneira, tudo o que você chama de alta tecnologia o telefone, a televisão, as lâmpadas fluorescentes, o laser, está fundamentado na fisica quântica.
Fátima: Vamos supor que a física quântica passasse a ser ensinada no colégio e depois na faculdade. Isso não levaria a uma transformação da realidade, já que as crenças seriam diferentes?
Casal Andreeta: Sem dúvida. Você teria um mundo completamente diferente do que ele é. Do ponto de vista da fisica quântica, a mente prevalece sobre a matéria e não ao contrário, como a ciência está, até certo ponto, acostumada a colocar. Então, se a pessoa começa a ter uma compreensão da realidade fundamentada na física quântica, lógico que a mente tem de prevalecer sobre a matéria, e dai ela vai começar a dominar todo o processo de criação. Na verdade, nós já vivemos antes num mundo parecido com o da física quântica. Nossa primeira infância, por exemplo, era praticamente fundamentada nela. Não tínhamos nenhum condicionamento deste mundo em que nós vivemos, tudo parecia possível. E se continuássemos a acreditar nisso...
Fátima: Tudo seria mesmo possível...
Casal Andreeta: Exatamente! Imagine, por exemplo, uma pessoa que consegue fazer milagres, como Cristo ou um santo qualquer fazia. O que é o milagre? É tornar possivel uma coisa que normalmente achamos que é impossível.
Na verdade, a mecânica quântica é o reino de todas as possibilidades. O Problema é que, na hora em que vamos "aprendendo" a viver neste mundo, vamos nos condicionando; perdemos, por exemplo, as nossas crenças, a fé naquilo que achávamos que podia ser possivel. Se levarmos ao pé da letra o nosso entendimento da vida segundo a física quântica, vamos ter a seguinte condição: o mundo é da forma que nós acreditamos que ele seja; nós construimos o nosso meio. Por exemplo: um átomo não é um núcleo central e um elétron girando em torno dele. Esse modelo está totalmente superado. E mais: ele viola a lei do eletromagnetismo. O elétron tem de estar distribuido uniformemente em volta do átomo; ao mesmo tempo, ele é um corpúsculo, uma partícula. A lógica humana não consegue conceber isso, pois é algo que está fora deste universo newtoniano que conhecemos.
Fátima: Curiosamente, há milhares de anos os místicos já conheciam ao menos parte desse universo quântico...
Casal Andreeta: De fato, há quatro mil anos, Buda dizia que a mente prevalece sobre tudo; ela domina e cria tudo. Hoje a mecânica quântica está chegando nesse ponto. Os fisicos acreditam que, na hora em que vou medir uma partícula, eu a crio; antes disso, ela tinha uma dualidade, era uma particula/onda, uma coisa completamente estranha ao que conhecemos. Ou seja, somente quando interferimos com a nossa mente, fazendo uma medição, aquilo que era uma onda colapsa e forma uma partícula de matéria. Vamos dizer que, no nosso universo, existe uma substância universal chamada substânciaquântica que você pode chamar de éter ou de qualquer outro nome.
Essa substância quântica é um mar de todas as possibilidades; aí tudo é possível. A primeira coisa que você tem de fazer quando deseja algo é filtrá-lo desse quadro de todas as possibilidades. Depois que filtrou, isso ainda não é a coisa que você quer, é algo meio nebuloso. Então, você vai e o observa. No ato da observação esse algo nebuloso e mal definido colapsa, se transforma naquilo que você quer, por exemplo, um elétron, um próton. É mais ou menos assim que a coisa funciona. Fátima: Depende da vontade consciente do observador.. .
Casal Andreeta: Isso. O vale de todas as possibilidades está aí.
Fátima: Se transportamos para o macrocosmo essa questão da vontade em relação aos átomos, podemos dizer que temos a capacidade de modificar a realidade...
Casal Andreeta: Sem dúvida! Hoje a ciência já sabe que existe uma realidade maior que dá sustentabilidade a essa realidade newtoniana em que nós vivemos. Ou seja, os fenomenos quânticos é que vão dar origem a tudo o que existe. Só que eles têm tamanha complexidade que não podem ser compreendidos pelo intelecto humano; eles o transcendem. O cérebro foi criado para compreender o tridimensional, aquilo que nós vivemos no corpo físico. Para a física quântica, por exemplo, não existe mais um universo objetivo, quer dizer, eu aqui e o meu experimento lá; tudo é subjetivo, porque eu sou parte do experimento.
Fátima: Considerando isso, talvez a ciência devesse levar mais em conta o sentimento humano, por exemplo...
Casal Andreeta: Exatamente.
Fátima: Já existe essa abertura entre os fisicos?
Casal Andreeta: Voltamos à sua primeira pergunta: por que as pessoas não utilizam isso? Porque é uma coisa complicada de ser colocada. Há cientistas que preferem não ter resposta nenhuma do que admitir que existem outros elementos para serem colocados dentro da ciência. De qualquer maneira, nós acreditamos que estamos numa época de transição e vamos ter de colocar o homem dentro da ciência. Se a energia psíquica cria os experimentos, a natureza, a matéria, se não colocarmos os elementos da mente humana na física, ficará extremamente complicado entender o que está acontecendo.
Fátima: Os átomos fluem, continuamente, de um corpo sólido a outro, incluindo-se aí o corpo humano o que acaba nos tornando parte de um grande todo. Isso explicaria porque somos contaminados, por exemplo, pela violência ou pelo amor a nossa volta?
Casal Andreeta: Há aí dois aspectos. O fisico já sabe que o corpo humano troca todos os átomos a cada 2,5 anos. Como nós lembramos de coisas do nosso passado, deve existir alguma coisa além da energia e dos átomos que formam o nosso corpo físico: a mente.
Nós acreditamos que não há como refutar a existência da mente. O que deve, portanto, transmitir as lembranças e os sentimentos talvez não seja a matéria (onde se acham os átomos), mas a mente. Por outro lado, saindo um pouquinho da física e indo mais para a psicologia, Jung dizia que todo conhecimento está colocado em arquétipos. Quando acessa esses arquétipos, é como se você entrasse em uma biblioteca, abrisse um livro, tomasse consciência dos conhecimentos ali arquivados e, quando saísse dali, o deixasse aberto sobre uma mesa. Qualquer pessoa que entrasse ali leria o livro que você leu. Segundo a teoria junguiana, esses programas de televisão que dizem ser contra a violência, mas mostram violência o tempo todo, na verdade estão abrindo esse arquétipo, ou seja, criando mais violência.
Fátima: Se todo o nosso organismo é atomicamente recriado a cada 2,5 anos, nós não deveríamos ser pessoas sempre saudáveis?
Casal Andreeta: Veja bem, você está reconstruindo o seu corpo físico a cada instante. Mas como seria essa reconstrução? Se partir da premissa de que tudo é da forma que você acredita que seja, cada um tem o seu próprio mundo, dotado de elementos diferentes. Tudo o que acontece na nossa vida é aquilo que nós acreditamos que é inevitável, aquilo que temos certeza que vai acontecer. Se eu sei, por exemplo, que vou envelhecer e morrer, e não tenho o mínimo conflito sobre isso, isso é inevitável para mim.
Fátima: Em outras palavras, você está me dizendo que, se um dia conseguirmos acreditar piamente que a morte física não existe, nós vamos conseguir ser eternos... Casal Andreeta: Não diria que seriamos eternos, porque parece que as células do corpo físico têm um tempo de vida limitado. Essa firmação, no entanto, pode ser também mais um dos nossos condicionamentos. De qualquer maneira, poderemos ter um corpo saudável por um longo tempo. Se eu tiver plena convicção de que posso transformar esse gravador numa rosa, isso deve acontecer. Não tem essa, porém, de eu fingir que acredito. Parece que a nossa mente só cria aquilo que nós realmente acreditamos, e não aquilo que fingimos crer. Se eu estou com um problema no estômago, por exemplo, é porque acredito que tenho esse problema. E como dizem: mente sã, corpo são...
Fátima: Se aceitarmos que a mente cria e domina a matéria, a nossa responsabilidade diante do mundo vai aumentar milhões de Vezes...
Casal Andreeta: Sem dúvida, porque, nesse caso, o homem cria o meio. Então, somos cúmplices de todos esses fatos que estão acontecendo à nossa volta. Só que provar isso cientificamente é complicado, uma vez que a influência do homem no meio ainda não é muito bem compreendida pela ciência. Devemos lembrar, no entanto, que a ciência trabalha com verdades relativas, e as verdades relativas não são permanentes. O que vale hoje pode não valer amanhã. A ciência evolui; através da pesquisa, ela muda os seus conceitos.
Fátima: David Cross, um dos físicos que criaram a teoria das supercordas, acredita que para entender o universo só precisamos de uma única lei universal. Que lei é essa?
Casal Andreeta: Na verdade, a teoria das supercordas não está comprovada experimentalmente, é uma teoria. Mas, segundo Cross, tudo o que existe são vibrações, que vêem de uma única fonte. Então, tudo pode ser regido por uma só lei. Nessa teoria o universo é uma imensa orquestra, só estaria faltando para a ciência descobrir o maestro regente...
Fátima: Que, se fôssemos levar para o lado religioso, seria Deus...
Casal Andreeta: Seria. Mas, em nossas pesquisas, estamos muito longe de chegar a Deus. Por enquanto, nós estamos querendo chegar só um pouquinho além da matéria. Fátima: Como é que a física quântica explica o caso de cura espontânea?
Casal Andreeta: Se você fizer essa pergunta, por exemplo, para um físico ele vai dizer que não tem explicação para isso. Mas nós achamos que, se a mente prevalece sobre a matéria, se a sua mente acreditar na possibilidade de ser curado e não tiver conflito, você vai conseguir se curar.
Agora, muitas pessoas vão dizer: "Não, física quântica é muito interessante, mas ela só funciona para o mundo microscópico e, na nossa realidade macroscópica, predominam as leis de Newton." Para nós isso é a mesma coisa que você dizer que um prédio é feito de tijolos, mas as propriedades do prédio não têm nada a ver com as dos tijolos. Existe essa realidade quântica por trás desse mundo em que vivemos, não há a menor dúvida. Dizer que a física quântica não tem influência no nosso mundo macroscópico é uma afirmação um pouco indevida. O problema é que a ciência é cheia de dogmas. E ela não responde o porquê das coisas. Ela só tem respostas para o comportamento da nossa realidade; nós não sabemos, por exemplo, o que é um tomo, um elétron. Nós sabemos que eles se comportam como onda e partícula, mas o que são nós não sabemos. A ciência trabalha com conceitos e conceitos, que é consensual, aceito por um grande número de pessoas. Às vezes você diz certas coisas que não têm comprovação experimental, e os cientistas chamam de especulação. Mas nada é mais especulativo do que a ciência em si, porque ela trabalha com verdades relativas, temporárias e isso não diminui em nada a sua importância para a humanidade. Fátima: De acordo com os conhecimentos que têm hoje, vocês diriam que a sobrevivência do espirito pode ser uma realidade?
Casal Andreeta: Evidentemente, a física quântica não consegue comprovar isso. Mas existe um outro tipo de argumento que se deve colocar aí. Se não existe nada além da morte, para que vamos ser bons? Para que querer entender a natureza? Para que o conhecimento? Fica tudo sem sentido. Aliás, nós já sabemos que a mente existe e não morre; se ela não sobreviver, fica tudo sem sentido. Fátima: E a reencarnação, é viável?
Casal Andreeta: Em principio, nós achamos que essa é uma das teorias mais prováveis em relação ao que acontece depois da morte. Pelo menos é a mais cientifica. Seria até injusto não ter reencarnação. Por exemplo, imagine uma pessoa da favela para quem matar, estuprar e roubar é normal. Ela faz tudo isso porque o seu meio proporciona isso. Então ela morre, é julgada e vai para o inferno. E eu, que vivi em outro meio, recebendo um embasamento moral, vou para o céu. Eu creio que, se não tivesse uma reencarnação, estaria se cometendo uma injustiça com o bandido, pois ele não teve culpa de ter nascido naquele meio. De qualquer maneira, mais uma vez devemos lembrar que, se sobra a mente, a reencarnação é viável.
Fátima: Nós podemos traçar um paralelo entre a substância quântica de onde tudo parece ser originar e a idéia que geralmente fazemos de Deus, um ser onipresente, onisciente e onipotente?
Casal Andreeta: Eu acho bastante lógico você relacionar uma coisa com a outra. Deus para o físico é muito mais essa substância quântica que tem todas essas propriedades e características atribuidas pela religião do que um senhor sentado lá em cima e dirigindo o universo. Na verdade, essas perguntas nos levam a um ponto que não podemos alcançar ainda. Se conseguirmos chegar na mente e mostrar que ela cria e domina a matéria, ao que a mecânica quântica já chegou parcialmente, já vai ser um avanço enorme.
Fátima: Curiosamente, religiões como o hinduísmo e o budismo chegaram bem antes da ciência a determinadas "verdades". Como é que isso aconteceu?
Casal Andreeta: Essas religiões já tinham esse conhecimento, mas sem os detalhes. Elas simplesmente sabiam que era assim. Como nós dissemos anteriormente, Buda já dizia que a mente domina e cria tudo; mas, até onde se sabe, ele não ensinava nenhum detalhe sobre isso.
Fátima: Mas Buda foi buscar essa informação numa determinada fonte. De que maneira ele teve acesso a isso? Como, há cinco mil anos, o hinduísmo já falava em arquivo akáshico e de mundos paralelos, dos quais hoje a física quântica começa a falar?
Casal Andreeta: Existe uma teoria que mostra como isso é possível: os conhecimentos eram obtidos por "revelação", eles eram revelados aos iniciados. Você só tem acesso a um conhecimento quando tiver uma certa ética, um certo grau de evolução. Não porque exista uma discriminação, mas porque você só recebe isso através de uma freqüência fina. A sua mente só consegue acessar certos conhecimentos através de um fenômeno chamado ressonância. Imagine o rádio; você só pode sintonizar uma estação, se colocar o aparelho na freqüência daquela estação. Da mesma maneira, você só consegue chegar numa determinada freqüência onde esses conhecimentos estão se adquirir um grau de sutileza tal que é capaz de entrar em harmonia com esse conhecimento. E isso independe da cultura que você tem. Por isso algumas pessoas não têm cultura e têm sabedoria.
Fátima: Quando você fala em entrar em ressonância com o conhecimento, isso quer dizer que ele já existe num nível superior ao humano...
Casal Andreeta: O conhecimento está todo ai; ele é acessivel. O que nós fazemos é simplesmente aceitá-lo e dar-lhe forma matemática compativel com a realidade em que vivemos. Existem pessoas que dizem que o conhecimento de Deus está na Bíblia. Eu acho que o conhecimento de Deus está em tudo. Na folha de uma árvore, está escrita a história do universo inteiro...
Fátima: Então, você é obrigado a admitir que existe uma inteligência superior ao homem...
Casal Andreeta: Sim. Vamos dizer que não se admita que existe uma inteligência superior. Então, de onde vem a nossa inteligência? Ela foi criada de onde? Ela pode ter vindo do nada? Ou de algo que não tenha inteligência para lhe transmitir inteligência? Antigamente não existia vida, não havia materiais orgânicos, somente átomos, moléculas, particulas, tudo era inorgânico;e, no inorgânico, não há inteligência, pelo menos não aquela que nós conhecemos. De uma hora para outra, o inorgânico se transformou, criou-se vida e essa vida se tornou inteligência do nada? Pelo menos para mim, isso é ilógico. Eu acredito que deve existir algo inteligente para que você possa evoluir e você vai adquirindo essa inteligência. .. Nós temos cerca de 10 (elevado a 28) átomos no nosso corpo fisico; a sua organização é tão complexa que é difícil admitir que seja um simples resultado do acaso.
Fátima: No livro que escreveram, vocês afirmam que tanto a filosofia antiga, como a matemática e a ciência atual concordam que tudo o que constitui o nosso universo teve a sua origem no nada. Vocês poderiam explicar melhor esse conceito de nada?
Casal Andreeta: O nada é ausência de matéria. Todas as partículas são criadas nesse vácuo absoluto; é nesse local que se criam matéria e antimatéria. Cada partícula tem o seu par. Na hora em que se juntam essas duas coisas, elas formam a energia original, que deu origem a isso. Na verdade, no vácuo sempre existe energia, que hoje se conhece como energia do vácuo. Nos Estados Unidos foi feita uma experiência que retira a energia do vácuo, do nada. Existe muita energia no nosso nada; não há mais vazio na natureza: ou há matéria ou energia.
Já há muito conhecido, mas sempre atual e nunca demais para nos relembrar, sobretudo acordar!
Grata Leuca pelo envio, grata Sonia pela alusão ao tema tão bem colocado ... Dando ênfase a este trecho abordado por você: “Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!”
Grata ao processo Ho’oponopono e sua simplicidade isento de ideologias, em que podemos contatar nossa Real Natureza e pedir diante do que nos é apresentado a nossa volta, no dia a dia, em nosso mundo, para que purifique essas memórias criadas por nossos egos.
O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural. Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia.
Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.
Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.
Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente.
No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.
Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tivesse feito uso dessa prática.
Então aconteceu!
Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer.
O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!
Mas veja só:
Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces.
Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.
O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas.
Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!
Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos pensamentos.
De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento segue a nossa energia.
Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam de suas faculdades para o mal.
O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está enviando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticiado que gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares.
Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas?
Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão.
Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias.
São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada.
Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência.
É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em outras partes do Planeta.
Se cada um de nós dedicarmos alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a freqüência do amor, basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.
Seja você também um “centésimo macaco” – para o bem!
Vendo este vídeo me recordei do filme Matrix que me fascinou na época, pela maneira virtual com que foi produzido e a quantidade de informação que havia nele... Eu o assisti várias vezes, aliás já fiz pequenos comentários sobre ele anteriormente.
É tudo uma questão de consciência como é falado no início do vídeo e por ela passei procurando-a toda a minha vida.
O desconhecimento da Matrix nos limita, deixando-nos em estado de sono e à mercê de todas nossas criações equivocadas, o que só gera dor e sofrimento.
É necessário estarmos abertos a um mínimo de entendimento para compreender toda a riqueza de informação desse filme e não vê-lo apenas como mais um filme.
Nele são mostrados os programas =memórias com aparências humanas, como agentes do governo do FBI, fazendo se passar por real. Tais programas ao entrar na Matrix de nossa realidade, tentam matar tudo o que possa interferir para que possamos saber sua real natureza e todo o domínio a que somos subjugados.
Vejo o “escolhido” onde todo o filme gira em torno, como a capacidade de cada um de nós sair deste sonho ilusório e para isto basta uma escolha: qual pílula você prefere, a azul ou a vermelha?
Continuar sendo vivenciado por memórias, programas ancestrais, ou dar o comando ao poder supremo, ao EU que sabe em nós?
"Não pense que você é. SAIBA que você é". (Morpheus para Neo - Matrix)
No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Na década de 90, a descoberta da inteligência emocional (QE) mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. No novo milênio as descobertas da ciência apontam para a Inteligência Espiritual (QS), responsável pelo significado da existência humana.
Essa tese vem demonstrada por Danah Zohar física e filósofa americana juntamente com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, no livro "A Inteligência Espiritual", (QS = do inglês Spiritual Quocient), no qual demonstram o "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. Danah tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Por isso, está surgindo um novo tipo de empresa, que se preocupa sim, com o lucro, mas quer ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atua, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde.
O que seria a Inteligência Espiritual? Danah afirma "é a terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tomando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações".
Danah demonstra que somente agora o mundo corporativo se preocupou com o QS, porque o mundo dos negócios atravessa uma crise de sustentabilidade e a causa dessa crise na vida corporativa provém do fato de que desde o surgimento do capitalismo só quer dinheiro e lucro. Mas dinheiro e lucro para quê e para quem? Trabalha-se para consumir. É uma vida sem sentido, afirma.
Danah mostra, além disso, que "o líder espiritualmente inteligente é uma pessoa responsável por trazer visão e valores. É uma pessoa que inspira as outras, do tipo de Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e outros". Cita, ao mesmo tempo, várias companhias e empresários que buscam mais sentido em seu trabalho, como a British Petroleum, que adotou um novo slogan, "Além do Petróleo", pois está colocando o grosso de seus fundos de pesquisa no desenvolvimento de tecnologias energéticas alternativas, menos agressivas ao meio ambiente.
Na experiência de Danah, a inteligência espiritual pode ser desenvolvida, propondo para cultivá-la dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Praticam o autoconhecimento profundo; são levadas por valores; têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade; são holísticas; celebram a diversidade; têm independência; perguntam sempre o "por quê?" das coisas; têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo; têm espontaneidade e compaixão.
A tese da Inteligência Espiritual (QS) vem comprovar a tese de que homem é espiritual, queira ou não queira, pois existe em seu coração um mistério que é maior do que ele mesmo e, em seu cérebro, o "Ponto de Deus". Deste modo, o homem jamais deixará de espiritual, jamais deixará de ser religioso, isto é de "religar-se" a algo ou Alguém que o transcende.
Por isso, toda obra educativa marista, na sua proposta de uma educação integral, assume o compromisso de criar condições para que em todos os momentos e lugares e por todos os professores, seja cultivada, em três níveis da dimensão espiritual do aluno. No primeiro nível através da "educação para o transcender" ultrapassando o "o que ensinar" e o "como ensinar, a fim de chegar ao "para que" de cada matéria e atividade. O segundo nível seria através da "educação para a Transcendência" educando a religiosidade e para a religiosidade em vista do Deus de toda e qualquer religião. E, no terceiro nível, promovendo a "educação religiosa cristã" oferecida a todos pelo clima cristão existente no colégio e para os que quiserem, pela catequese, que visa aprofundar e viver os ensinamento de Jesus Cristo, o Deus Transcendente e Imanente, o Deus encarnado e presente entre nós.
Deste modo, toda a obra marista assegura aos seus alunos, além da excelência acadêmica em vista de profissionais competentes, o cultivo da dimensão espiritual para que sejam pessoas seguras e felizes. Pessoas competentes e felizes, eis a solução acertada para o sonho que tanto desejamos: a construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna e solidária.
* Ir. Panini é Diretor Geral do Colégio Marista Arquidiocesano
Todos meus amigos sabem o quanto gosto de Almir Sater e em especial, esta sua música, a querida amiga Silvana Nunes , tão bem escolada nos “percalços da vida”, que nada mais é do que o caminho para nos lembrarmos de quem Somos realmente, brinda-me com este carinho esta manhã após eu ter passado por uma quarentena de revoluções de memórias, que nada mais desejavam a não ser que fossem aceitas, amadas e libertadas... Grata Sil, nós duas sabemos que somos nossa maior vitória, sobreviventes de nós mesmos, por isto abraçamos um caminho como ideal de vida, para auxiliar outras partes de nós a descobrir que o poder está em nós mesmos, embora, como disse Marianne Williamson*, temos medo de nosso poder, de toda nossa luz! Sigo, Tocando em frente e ando devagar porque já tive pressa... amiga.
Lena
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Essa é para as almas privilegiadas, sinceras e sensíveis como você... Sil.
TOCANDO EM FRENTE
Conta-se que num dia qualquer Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada e desceu do seu apartamento para tomar um cafézinho num mercado ali perto. Chegando ao destino, encontrou Renato Teixeira que o convidou para experimentar uma viola nova que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou... "Ando devagar”... ao que Renato emendou ..."porque já tive pressa".
Dizem que essa maravilha ficou pronta em 10 minutos. Um dia alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu...
“Ela já estava pronta... Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la pra gente".
Não sei se isso é lenda ou é verdade... Tanto faz.
Música e letra são realmente espetaculares... Uma jóia rara, feita num raro momento de inspiração. E o comentário do Almir nos leva a pensar... Somos apenas um “meio”, um instrumento das manifestações de Deus!
Recebi esta mensagem de uma outra querida amiga e não pude deixar de acrescentar aqui... e não é que a querida Nazinha encontrou com um anjo!!!
Lena minha linda e amada alma!!! Vou te contar pq gosto da letra "tocando em frente". Uns cinco anos atrás voltando do sítio em alta velocidade ouvindo um rock agitado (parecido comigo na época rs... era muito elétrica, fazia várias coisas ao mesmo tempo rs...) encapotei com o carro em uma curva fechada. Atrás de mim vinha outro veículo na mesma velocidade, ele parou o carro dele p me socorrer e me encontrou morrendo de rir sem nenhum arranhão, aí ele me perguntou se tinha bebido, disse q não, q só estava em um momento muito feliz. Ele deu aquele sorriso lindo e disse, espera aí, já volto. Foi pro carro dele voltando com um violão e começou cantar tocando em frente, foi aí q percebi q ele só tinha um braço, perdido em um acidente por causa de pressa p chegar em casa e ir ao encontro de outras aventuras rsrs... Essa foi a experiência de vida mais rica q já vivi até hoje. Foi o início de uma nova vida, logo depois conheci a nossa querida Elza e o prof. Mizuji e hoje essa música é o tema da minha vida.
Ah sim, hoje e sempre, somos amigos de alma, o nome dele é Gabriel.
... escrevi este texto agora com tanta emoção q nem sei como ficou rs... agora vou ler e enviar p vc do jeito q ficou rs...
A Arte Diabolica da Manipulação e Escravização da Espécie Humana às Forças das Sombras
Série contínua da influênciaMétodos de Influência / Técnicas
Respeitando a escolha (ênfase na mensagem) Reflexão
Clarificação
Discussão
Dando informação
Questionamento direto
Expressão Criativa
Modo de influenciar: Conquistando aquiescência (ênfase na resposta) Aquiescência orientada
Apelos emocionais
Táticas de aquiescência: Consistência, Reciprocidade Persuasão / Manipulação - Argumento Racional: prova social, autoridade, simpatia, escassez
Hipnose (algumas formas)
Prêmio / Punição seletivos
Denegração do self e pensamento crítico
Estados Dissociativos para suprimir dúvida e pensamento crítico
Controle / Isolamento destrutivo e de suportes sociais Alternância entre rispidez/ ameaças e de suportes sociais brandura / amor
Indução a culpa por controle orientado
Ativamente promover dependência
Debilitação
Coerção física / Punição
Confissões por meio de pressões em público
(Criado pela Dra. Margaret Singer)
MIND CONTROL: ALGUEM ESTÁ TENTANDO INFLUENCIAR VOCÊ? Controle da Mente : Definição e Informação
Será que realmente existe "lavagem cerebral" ou "controle da mente"?
Que tipo de pessoa é suscetível? O que é exatamente uma "seita" e como são controlados seus membros? Como é possível reconhecer uma organização que utiliza tais práticas, e deveriam essas organizações ser responsabilizadas pelos danos que podem causar pela manipulação intencional?
A ameaça mais insidiosa às nossas liberdades básicas tais como: liberdade de pensamento e liberdade de expressão, é um fenômeno pouco conhecido denominado controle da mente. Como empregado por FACTNet, o termo "controle da mente" se refere a todos os sistemas psicológicos coercitivos como: lavagem cerebral, reforma de pensamento e persuasão coercitiva. controle da mente é a modelagem das atitudes, crenças e personalidade de uma pessoa sem o seu conhecimento e sem o seu consentimento. Controle da mente emprega manipulação enganosa e sub-reptícia, geralmente em grupo, objetivando um ganho financeiro ou político do manipulador. O controle da mente funciona gradualmente exercendo um controle crescente sobre os indivíduos por meio de uma variedade de técnicas, tais como: repetição excessiva de atividades rotineiras, humilhação intensa ou privação de sono. Como empregado por FACTNet, o termo "seita" refere-se a um grupo destrutivo que utiliza controle da mente para influenciar enganosamente os seus seguidores. Tornou-se bastante comum usar esse termo para designar qualquer organização ou grupo que use controle da mente em seus membros. "Cultos" ou "seitas" não são necessariamente religiosos. Pode-se formar em torno de qualquer assunto seja político, racial, psicoterapêutico, ou até mesmo atlético. A FACTNet, juntamente com a maioria dos experts em "seitas" atualmente, define se um grupo é ou não "uma seita" estritamente pelas táticas de controle que utiliza, não pelas suas crenças.
Visando à proteção de nossos direitos constitucionais e direitos humanos básicos, FACTNet pretende promover um esclarecimento no assunto de controle da mente para que você possa se proteger e aos seus entes queridos de qualquer indivíduo ou organização que esteja engajada nesse tipo de manipulação.
COMO FUNCIONA O CONTROLE DA MENTE
Uma visão técnica das técnicas de controle da mente
(Este documento, na íntegra, foi apresentado à Suprema Corte americana como um estudo sobre sistemas psicológicos coercitivos no caso Wollersheim versus a Igreja de Cientologia 89-1367 e 89-1361. O Caso Wollersheim estava sendo considerado em relação a acontecimentos envolvendo abusos nessa área. Neste documento, persuasão coercitiva é o termo oficial utilizado para descrever a natureza dos sistemas psicológicos coercitivos. Os detalhes específicos do caso Wollersheim foram deletados.)
Coerção é definida como " conter ou refrear pela força..." Legalmente, com freqüência também implica no uso da FÔRÇA FÍSICA ou ameaça física ou jurídica. O conceito tradicional de coerção é muito melhor compreendido do que os conceitos tecnológicos de "persuasão coercitiva" que consistem em eficaz ação de deter, prejudicar ou forçar por meio da aplicação gradual de FÔRÇAS PSICOLÓGICAS.
Um programa de persuasão coercitiva é uma tecnologia de mudança comportamental aplicada no "aprendizado" ou na "adoção" de uma série de comportamentos ou ideologias sob determinadas condições. Difere de outras formas de aprendizado social benéfico ou persuasão pacífica pelas condições pelas quais é conduzido e pelas técnicas de manipulação ambiental e interpessoal empregadas para suprimir comportamentos específicos ou para treinar outros. Com o decorrer do tempo, a persuasão coercitiva, uma força psicológica semelhante, em alguns pontos ao nosso conceito jurídico de influência indevida, pode se tornar MAIS efetiva do que dor, tortura, drogas e o uso de força física e ameaças legais.
O projeto "Manchurian Candidate" da guerra da Coréia, uma concepção errônea da necessidade de drogas para aumentar a sugestionabilidade, e dor física e tortura, para provocar reforma de pensamento, é geralmente associado com os antigos conceitos e modelos de lavagem cerebral. Hoje em dia, não são mais necessários para que um programa de persuasão coercitiva seja eficaz. Com a utilização de drogas, dores físicas, tortura, ou até mesmo uma ameaça física, é possível fazer alguém, temporariamente, fazer coisas contra a sua vontade. É possível até forçá-lo a fazer coisas que ele detesta, que não quer ou que não gosta de fazer. As pessoa fazem, porém não há mudança em sua atitude.
Isso é muito diferente e muito menos devastador que o que se pode conseguir com os aperfeiçoamentos nas técnicas de persuasão coercitiva. Com estas é possível mudar as atitudes de pessoas sem o seu conhecimento e vontade. É possível criar novas "atitudes" que os levarão a fazer , de bom grado, coisas que antes detestavam, coisas que previamente só fariam sob tortura, dor física, ou drogas. Os avanços nas tecnologias de produção de extrema ansiedade e stress emocional realizados na persuasão coercitiva, alcançam mais sucesso do que o antigo estilo de coerção baseada em dor, tortura, drogas ou ameaças, porque nesses métodos antigos as atitudes não são mudadas e os sujeitos obedecem às ordens "de boa vontade". A persuasão coercitiva provoca mudanças de atitude e comportamentais, não somente comportamentais.
OS PROPÓSITOS E TÁTICAS DA PERSUASÃO COERCITIVA
Define-se melhor persuasão coercitiva ou reforma do pensamento, como também é conhecida, como um sistema coordenado de influência coercitiva gradual e controle de comportamento, elaborado para manipular e influenciar indivíduos de maneira enganosa e subliminar, geralmente em situações de grupo, com o objetivo de trazer para os idealizadores do programa algum ganho, geralmente financeiro ou político . A estratégia essencial utilizada pelos que realizam tais programas, é a de sistematicamente selecionar , planejar e coordenar as inúmeras táticas de persuasão coercitiva durante períodos contínuos de tempo. Há sete táticas principais utilizadas em combinações variadas, num programa de persuasão coercitiva. Um programa de persuasão coercitiva pode ainda ser muito eficaz mesmo sem a presença de todos esses sete tipos de táticas.
Tática 1
O indivíduo é preparado para reforma de pensamento através de um aumento da sugestionabilidade, ou período de "suavização", específicamente pela hipnose ou outras técnicas para aumento da sugestionabilidade, tais como:
A) Extensas repetições para fixacão de estímulos auditivos, visuais, verbais ou tácteis.
B) Excessiva repetição exata de atividades rotineiras.
C) Privação de sono.
D) Restrição nutricional.
Tática 2
Através da utilização de reforço ou punição, esforços são feitos no sentido de estabelecer um controle significativo sobre o ambiente social de uma pessoa, o tempo e as fontes de apoio social. O isolamento social é promovido. O contato com família e amigos é reduzido, assim como o contato com pessoas que não compartilham das atitudes aprovadas pelo grupo. Dependência econômica bem como de outros tipos é incrementada. ( Nas preliminares da persuasão coercitiva, ou lavagem cerebral, isso era muito fácil de conseguir por meio de simples aprisionamento).
Tática 3
Informações antagônicas e opiniões desfavoráveis são proibidas na comunicação grupal. Existem regras sobre quais temas são permitidos em conversa com pessoas "de fora". A comunicação é altamente controlada. Uma linguagem "do grupo" é, geralmente, criada.
Tática 4
São realizados intensos e frequentes esforços para forçar a pessoa a reavaliar, de maneira negativa, os aspectos mais centrais de sua experiência pessoal e conduta anterior . Esforços são realizados para desestabilizar e minar a consciência básica do sujeito, sua consciência da realidade, visão de mundo, controle emocional e mecanismos de defesa, e para que haja uma reconstrução de sua história de vida, e a adoção de uma nova versão de causalidade.
Tática 5
Esforços intensos e frequentes no sentido de minar a autoconfiança da pessoa e de sua capacidade de julgamento, criando uma sensação de impotência.
Tática 6
Punições morais são utilizadas tais como humilhação intensa, perda de privilégios, isolamento social, mudanças no status social, forte sentimento de culpa, ansiedade, manipulação e outras técnicas designadas a estimular fortes aversões
emocionais,etc.
Tática 7
Certas ameaças psicológicas seculares (força) são usadas ou estão presentes. A recusa em adotar a atitude, crença ou subsequente comportamento desejados levará a punições severas ou drásticas consequências, (isto é: doença física ou mental, o ressurgimento de doença física pré-existente, dependência química, falência econômica, insucesso social, divórcio, desintegração, insucesso na procura de um parceiro, etc.). Um outro conjunto de critérios tem a ver com a definição dos elementos comuns nos sistemas de controle da mente. Se grande parte do modelo de oito pontos para reforma do pensamento de Jay Lifton, estiver sendo utilizada numa organização, trata-se de um culto ou seita muito perigosa e destrutiva. Veja abaixo os 8 pontos desse modelo.
MODELO DE 8 PONTOS PARA REFORMA DO PENSAMENT0
de Robert Jay Lifton
1. Controle de ambiente. Limitação de muitas ou todas as formas de comunicação com não-membros do grupo. Livros, revistas, cartas e visitas de amigos são "tabus". "Saia e separe-se"!
2. Manipulação mística. O candidato em potencial ao grupo é convencido dos altos propósitos e da missão especial do grupo através de uma marcante experiência, como um suposto milagre ou uma palavra profética por algum dos membros do grupo.
3. Exigência de pureza. Um objetivo explícito do grupo é o de promover algum tipo de mudança, seja ela num nível global, social ou pessoal. "A perfeição é possível se permanecer no grupo e se comprometer".
4. Culto da confissão. A pouco saudável prática de fazer confissões perante os membros do grupo. Com freqüência no contexto grupal de uma reunião, a admissão de pecados, erros e imperfeições do passado, até mesmo dúvidas sobre o grupo e pensamentos críticos com relação à integridade dos líderes.
5. Ciência sagrada. A perspectiva do grupo é absolutamente verdadeira e completamente adequada para explicar TUDO. A doutrina não está sujeita a alterações ou questionamentos. Requer-se absoluta conformidade à doutrina.
6. Linguagem tendenciosa. Um novo vocabulário emerge do contexto grupal. Os membros do grupo "pensam" dentro dos estreitos e muito abstratos parâmetros da doutrina do grupo. A terminologia eficientemente impede o pensamento crítico dos membros pelo reforço da mentalidade "certo e errado". Termos tendenciosos e jargões criam pensamento preconceituoso.
7. Doutrina acima da pessoa. Experiências anteriores ao grupo e experiências grupais são interpretadas de maneira estreita e dentro da própria doutrina , até mesmo quando a experiência contradiz a doutrina.
8.Dispensação da existência. A salvação só é possível dentro do grupo. Os que abandonam o grupo estão perdidos.
PERSUASÃO COERCITIVA NÃO É PERSUASÃO AMISTOSA
Os programas que utilizam as sete táticas acima citadas têm como denominador comum a tentativa de promover grandes mudanças na auto-imagem das pessoas, suas percepções da realidade e relações interpessoais. Quando têm sucesso em promover essas mudanças, os programas de reforma de pensamento coercitiva criam também o potencial de forças necessárias para exercer influência indevida na capacidade da pessoa de tomar decisões de maneira independente e até de tornar essa pessoa um agente multiplicador para o benefício da organização sem o consentimento ou o tácito conhecimento da pessoa.
Programas de persuasão coercitiva são efetivos porque para os indivíduos que experimentam os programados e severos fatores estressantes gerados por eles, somente conseguem reduzir as pressões aceitando o sistema ou adotando os comportamentos promulgados pelos patrocinadores do programa de coerção. A relação entre a pessoa e as técnicas de persuasão coercitiva é dinâmica na medida em que, apesar da força das pressões, prêmios e punições ser considerável, ela não leva a uma reorganização das crenças ou atitudes feita de forma voluntária, estável e significativa . Ao contrário, ela leva a um tipo de aceitação forçada e a uma racionalização elaborada para a nova conduta, em função da situação.
Novamente, para conseguir manter as novas atitudes ou "decisões", sustentar a racionalização e continuar a influenciar indevidamente o comportamento de uma pessoa ao longo do tempo, as táticas coercitivas precisam ser aplicadas mais ou menos continuamente. Discursos inflamados sobre "inferno e perdição", sermões do púlpito com o objetivo de induzir ao sentimento de culpa, ou horas a fio com um vendedor utilizando técnicas de vendas por pressão, ou outros exemplos da chamada persuasão amistosa, não constituem a base necessária para um programa de persuasão subliminar que seja contínuo, coordenado e cuidadosamente selecionado, assim como aqueles encontrados nos programas mais abrangentes de "persuasão coercitiva".
Práticas de persuasão religiosa verdadeiramente pacíficas nunca tentariam forçar, compelir ou dominar o livre arbítrio ou as mentes de seus membros através de técnicas comportamentais coercitivas ou hipnotismo disfarçado. Elas não encontram nenhuma dificuldade na coexistência pacífica com a legislação americana destinada a proteger o público contra tais práticas.
Fingir ser persuasão amistosa é exatamente o que leva a persuasão coercitiva menos provável de atrair atenção ou mobilizar oposição. É isso também que a torna tão devastadora como tecnologia de controle. Vítimas de persuasão coercitiva apresentam: nenhum sinal de abuso físico, racionalizações convincentes para as mudanças abruptas ou radicais em seu comportamento, uma sinceridade convincente, pois elas foram mudadas de maneira tão gradual que nem se aperceberam do fato.
Para saber se persuasão coercitiva foi ou não usada torna-se necessário um cuidadoso estudo de caso, de todas as técnicas de influência usadas e de como foram aplicadas. O foco no meio de convencimento e no processo usado, não na mensagem, e também nas diferenças fundamentais , não nas similaridades por coincidência, torna fácil perceber qual o sistema utilizado. O continuum de influência ajuda a tornar mais perceptível a diferença entre persuasão amistosa e persuasão coercitiva.
VARIÁVEIS
Nem todas as táticas utilizadas num ambiente de persuasão coercitiva serão sempre coercitivas. Algumas táticas de natureza inócua ou velada misturam-se a elas. Nem todos os indivíduos expostos à persuasão coercitiva ou reforma de pensamento são coagidos eficazmente a se tornarem participantes. A sugestionabilidade individual, a constituição física e psicológica, as fraquezas e diferenças, reagem ao grau de severidade, continuidade e abrangência no qual as várias táticas e o conteúdo do programa de persuasão coercitiva são aplicados e determinam a eficácia do programa ou o grau de prejuízo causado às suas vítimas.
Por exemplo, no caso Estados Unidos x Lee 455 US 252, 257-258 (1982), a Suprema Côrte da California decidiu que: "quando uma pessoa é submetida a persuasão coercitiva sem seu conhecimento ou consentimento... pode sofrer sérias e, às vêzes, irreversíveis disfunções físicas e psiquiátricas chegando mesmo até a tornar-se esquizofrênico, praticar auto-mutilação e suicídio".
QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE UM PROGRAMA DE PERSUASÃO COERCITIVA?
A) Determinar se o sujeito manteve o conhecimento necessário e a capacidade de volição para tomar a decisão de mudar suas idéias ou crenças.
B) Verificar se o sujeito realmente adotou, afirmou ou rejeitou aquelas idéias ou crenças, de sua própria vontade.
C) Então, se necessário, tudo o que deveria ser examinado é que tipo de processos comportamentais foram usados, não o conteúdo ideológico. É necessário examinar somente os processos comportamentais usados na sua "conversão". Cada suposta situação de persuasão coercitiva deve ser revista caso a caso. As características dos programas de persuasão coercitiva são severas, bem entendidas, e não são acidentais.
PERSUASÃO COERCITIVA NÃO É VOLUNTÁRIA, AMISTOSA OU PRÁTICA BÁSICA DE NENHUMA RELIGIÃO LEGÍTIMA
Persuasão coercitiva não é uma prática religiosa, é uma tecnologia de controle. Não é uma crença ou ideologia, é um processo tecnológico. Como processo, pode ser examinada, em sua tecnologia, por peritos, sem levar em conta o conteúdo de idéias ou crenças, da mesma maneira que se pode examinar o processo técnico de indução hipnótica independentemente do significado ou valor das sugestões pós-hipnóticas. Examinando os processos desta maneira não há violação da legislação que protege as religiões. Persuasão coercitiva é a antítese dessa legislação. Ela é a manipulação injusta das suscetibilidades e fraquezas biológicas e psicológicas de outrem. É uma tecnologia psicológica de FORÇA, incompatível com uma sociedade livre, mas sim com uma sociedade criminosa ou totalitária. Certamente não se trata de uma tecnologia espiritual ou religiosa. Qualquer organização que utilize a persuasão coercitiva em seus membros como prática central, e que também se auto-denomine religiosa, está tornando o SANTUÁRIO da legislação (First amendment) em uma fortaleza para estupro psicológico. É uma contradição em termos e deve ser "desestabelecida". Persuasão coercitiva é uma força psicológica sutil , que compele, que ataca algo ainda mais fundamental e importante do que a nossa "liberdade religiosa". O SEU PERIGO, E O QUE A TORNA CONDENÁVEL, É O FATO DE QUE ELA ATINGE NOSSA AUTO-DETERMINAÇÃO E LIVRE ARBÍTRIO, AS MAIS FUNDAMENTAIS DE NOSSAS LIBERDADES CONSTITUCIONAIS.
Perguntas e respostas sobre controle da Mente
1) Quais os tipos de grupos que utilizam persuasão coercitiva?
2) Quais são os critérios de um programa de persuasão coercitiva?
3) Como saber a diferença entre persuasão coercitiva e persuasão amistosa?
4) Quais são as principais variáveis que levam alguns indivíduos a serem mais afetados do que outros, num programa de persuasão coercitiva?
5) Por quê tão poucas vítimas denunciam ou esperam tanto tempo para pedir ajuda?
6) Por quê ex-membros não denunciam e se tornam mais ativos em alertar o público e parar os abusos?
1) Quais os tipos de grupos que utilizam os programas de persuasão coercitiva? Grupos que demonstram uma grande ou excessiva devoção a alguma pessoa, idéia ou coisa e que exigem um comprometimento sem questionamentos, podem potencialmente racionalizar usando os "meios" de persuasão coercitiva para atingir os "fins" para o seu grupo.
Os grupos que utilizam persuasão coercitiva geralmente utilizam técnicas de seleção e escolha para identificar aqueles mais sugestionáveis ou maleáveis, e para isolar os menos sugestionáveis ou maleáveis. Alguns grandes grupos possuem detalhados manuais para treinar especialistas em vendas ou recrutamento dos melhores alvos. Outros, usam testes psicológicos para isolar os sujeitos mais passíveis de manipulação. Os sujeitos mais fáceis de influenciar são geralmente os jovens, confiantes, crédulos e sem senso crítico advindos de ambientes superprotetores, ou então pessoas que possam estar vulneráveis em função de algum evento recente.
Nesse processo altamente premeditado, os rejeitados são geralmente indivíduos que têm livre acesso a informação acurada, crítica ou antagônica. Indivíduos insolentes, egocêntricos, "espertos", muito críticos ou recalcitrantes não são escolhidos porque demandam muito trabalho, são difíceis e custam caro.
É possível distinguir grupos perigosos que usam persuasão coercitiva dos grupos de persuasão amistosa quando se ignora suas similaridades coincidentais e se analisa os métodos de persuasão coercitiva. As crenças de um determinado grupo não são indicativas da utilização de persuasão coercitiva.
2) Quais são os critérios de um programa de persuasão coercitiva? Para se saber se um programa de persuasão coercitiva foi responsável por alguma mudança comportamental observável, é necessário observar : a) se o sujeito tinha conhecimento e capacidade de volição para tomar a decisão de mudar suas crenças e idéias, e b) se o indivíduo realmente adotou, afirmou ou rejeitou aquelas idéias por sua própria vontade.
O que deve ser observado são os processos comportamentais e não o conteúdo ideológico. Por exemplo: não é necessário analisar o que é verdadeiro ou falso a respeito do comunismo, para saber se um sujeito foi ou não submetido a um programa de lavagem cerebral. Há a necessidade apenas de se observar os processos comportamentais utilizados na "conversão". Não há necessidade de se questionar a fé de um indivíduo e nem pedir que ele a explique racionalmente.
Cada suposta situação de persuasão coercitiva deve ser examinada caso a caso. As características dos programas de persuasão coercitiva são severas, bem compreendidas e não são acidentais.
3) Como saber a diferença entre persuasão coercitiva e persuasão amistosa? É possível pensar em exemplos benignos ou menos severos de quaisquer das "sete táticas" que, por si só, podem não ser coercitivas. Mas exemplos individuais aleatórios não exemplificam os abrangentes critérios que devem estar presentes para se saber se um programa planejado de persuasão coercitiva foi ou não usado.
A relação entre a pessoa e as táticas de persuasão coercitiva é dinâmica, na medida em que não levam a uma reorganização de crenças ou valores que seja estável, significativa e aceita , apesar das formidáveis forças das pressões, prêmios e punições exercidas sobre a pessoa. Elas levam a uma aceitação forçada e a uma racionalização situacional. Para manter as novas atitudes ou "decisões" e sustentar a racionalização, o programa deve ser aplicado quase que continuamente.
Mesmo que uma pistola de água possa ser um exemplo benigno de arma, não seria incluída numa legislação destinada a proteger a população contra armas de fogo. Da mesma forma, religiões que utilizam persuasão amistosa não têm nada a temer nem deverão ser afetadas pela legislação anti-persuasão coercitiva.
4) Quais são as variáveis principais que levam alguns indivíduos a serem mais afetados do que outros num programa de persuasão coercitiva? Nem todas as táticas utilizadas num programa de persuasão coercitiva são coercitivas. Algumas táticas de natureza inócua, atraente ou encoberta são misturadas com as outras.
Persuasão coercitiva é suficientemente efetiva para assegurar o recrutamento de muitos dos que são abordados e para reter muitos daqueles que se apresentam. Mas, nem todos os indivíduos expostos a um programa de persuasão coercitiva são efetivamente coagidos. Persuasão coercitiva não é mágica e nem tão tecnologicamente desenvolvida, que possa ser infalível.
O que faz a diferença são a personalidade individual, a sugestionabilidade, os pontos fortes e fracos no aspecto genético, fisiológico e psicológico, as diferenças e as experiências de vida. Essas variáveis interagem com o grau de severidade, consciência e abrangência das práticas coercitivas do grupo. Todos esses fatores determinam a eficácia do programa e o grau de dano causado às suas vítimas.
Não estamos sugerindo que somente pessoas fracas sejam influenciadas pelos programas de persuasão coercitiva. Uma concepção errada é a de que todas as vítimas vieram de famílias más, foram fracas, ou tiveram uma parcela de responsabilidade pelo fato de se encontrarem naquela situação.
Ninguém "entra para uma seita". Pessoas recrutadas para grupos destrutivos pensam que estão fazendo algo muito diferente, algo benéfico e de valor. Qualquer um pode ser recrutado, dependendo do discurso do "vendedor" e suas condições de vida no momento. Todos somos vítimas em potencial. A racionalização conveniente de que as pessoas são responsáveis pela sua própria vitimização permite que nos sintamos diferentes daquelas pessoas e, portanto, muito mais em controle e protegidos desse perigo aleatório.
5) Por quê tão poucas vítimas denunciam ou esperam tanto tempo para pedir ajuda? É muito difícil para ex-membros , principalmente os que permaneceram mais tempo ou ocuparam cargos mais altos, admitir que foram totalmente enganados e se permitir falar sobre o que sabem. O grupo os levou a acreditar que eles são total e completamente responsáveis pelo que aconteceu a eles e que o grupo nunca é o culpado.
O resultado é que as vítimas foram tão fortemente induzidas do conceito de que eram os únicos responsáveis pela decisão de entrar para a Cientologia, que só podiam culpar a si mesmos. Algumas vezes era para eles impossível conceber que tivessem sido tão ludibriados. Eles podem negar que tenham sido enganados por que senão teriam que aceitar a idéia de serem muito tolos ao tomar as decisões que tomaram em suas vidas, e porque seria muito doloroso verificar o quanto eles foram prejudicados.
Não confiar em suas próprias decisões e percepções da realidade é assustadoramente próximo ao pior terror: insanidade. Sem a informação, inacessível a eles, no culto e sem terapia, esse nível de negação da realidade passada é difícil de superar.
A armadilha não é um acidente. Juntamente com outras táticas, as seitas deliberadamente inculcam em seus membros mecanismos de autoproteção, manutenção do segredo, e responsabilidade em redirecionar mecanismos de negação "sem saída". A organização sempre tem razão, os indivíduos são sempre os errados e os responsáveis, problemas acontecem para aqueles que violam o código de silêncio, etc.
6) Por quê os ex-membros não denunciam e se tornam mais ativos em educar o público e parar com os abusos? A maioria das vítimas não possui a informação e o aconselhamento necessários para combater a reforma de pensamento e a indução de fobias que receberam na seita. Eles precisam da informação para saber que há uma razão para denunciar, e de terapia para se fortalecer mentalmente para poder denunciar. Aqueles que permaneceram nas seitas por longos anos tiveram sua capacidade de análise prejudicada ou, pelo menos, sem praticar, e portanto, podem continuar acreditando, como as boas vítimas devem fazê-lo, que a seita sempre foi boa e correta e que eles foram sempre maus e errados.
Quando em transe, foram sugestionados, foram completamente ludibriados em acreditar que tudo aconteceu por sua própria responsabilidade. São vítimas que ainda não têm consciência de que o são. Esta é a regra com as vítimas de programas de reforma de pensamento, e não a exceção.
Ex-membros com alguma experiência temem as conseqüências para os desertores e famílias de desertores que denunciam. Não acham que vale a pena e acreditam que outras pessoas assumirão a responsabilidade por eles pelo sofrimento sem fim que a seita traz às vidas das pessoas. Muitos estão tão traumatizados com a organização que não querem ouvir falar dela.
CONTROLE DA MENTE E RELIGIÃO
Persuasão coercitiva é uma conduta secular. Sendo reconhecida como coerção e "influência indevida", é uma conduta ilegal. Proibição dessa conduta específica protege o próprio Estado e a liberdade de todos os cidadãos de exercer seus direitos, sem infringir os direitos de livre exercício das organizações religiosas.
A persuasão coercitiva é a antítese da primeira emenda constitucional. Ela produz muito do danoso resultado de uma fraude, aprisionamento sob falsos pretextos, coerção, influência indevida, servidão involuntária, aplicação intencional de angústia emocional, conduta abusiva e outros atos desonestos.
A persuasão coercitiva é a manipulação injusta das fraquezas biológicas e psicológicas e das suscetibilidades de um outro ser humano. É o oposto de caridade e gentileza. É um modus operandi psicológico de uma sociedade totalitária criminosa.
Persuasão coercitiva não é uma prática religiosa. É uma tecnologia de controle disfarçada. Não é uma crença nem uma ideologia. É um processo tecnológico que prejudica a racionalidade.
Como processo ela pode ser examinada separadamente de qualquer mensagem que contenha e que possa ser associada aos seus praticantes. É como examinar os processos técnicos utilizados em indução hipnótica separadamente do estudo do valor ou do significado de qualquer sugestão hipnótica induzida durante o processo. O exame dos processos, nunca das crenças, jamais violará as leis que protegem as religiões.
John Dewey acreditava que, "o poder humano de atender aos chamados da razão e da verdade protege a democracia". Qualquer organização usando persuasão coercitiva em seus membros e que também declare ser religiosa, está fazendo uso da confiança sagrada e dos privilégios da legislação, para torná-la uma fortaleza para abuso psicológico. Está disfarçadamente distorcendo o conceito de "liberdade de crença" para negar o nosso mais fundamental direito constitucional que garante racionalidade irrestrita na nossa liberdade de pensamento e livre arbítrio.
Liberdade religiosa não pode existir sem haver primeiro uma proteção absoluta para a liberdade de pensamento. Liberdade religiosa sem liberdade de pensamento é um absurdo.
".....Uma igreja não pode buscar proteção na Constituição enquanto que, ao mesmo tempo, priva os cidadãos da proteção de outras garantias constitucionais".
- Robin George x Sociedade Internacional da Consciência de Krishna 473 F,
Supp. At 312, US 89-1399
COMO AVALIAR SE UM GRUPO É UMA SEITA DESTRUTIVA
Pergunta: Qualquer pessoa pode atacar injustamente um grupo com o qual não concorda, por meio de denúncia de que se trata de uma seita ou declarando que utiliza controle mental coercitivo. Como a FACTNet evita esse tipo de problema e define de maneira justa se um grupo se constitui ou não numa seita?
Resposta: FACTNet utiliza critérios específicos para determinar se um sistema de controle da mente foi ou não utilizado, e não sugere que organizações sejam seitas destrutivas ou perigosas sem uma cuidadosa pesquisa que permita comparar se a evidência se encaixa nos critérios específicos ou não. Há três grupos de critérios:
O primeiro grupo vem da utilização ou não de uma série de táticas de controle da mente. Favor ver "Uma abordagem técnica das táticas de controle da mente" no endereço: http://www.factnet.org/rancho 1.htm para detalhes.
O segundo grupo de critérios tem a ver com a definição de outros elementos comuns aos sistemas de controle da mente, conforme o Modelo de Oito Pontos para Reforma do Pensamento , de Robert Jay Lifton. Ver no endereço acima. Se muitos pontos desse modelo estiverem sendo usados numa seita, trata-se provavelmente de uma organização perigosa e destrutiva.
O terceiro grupo de critérios tem a ver com a definição dos elementos comuns aos cultos perigosos e destrutivos. O trecho a seguir ajudará a clarificar quais são alguns dos elementos específicos e quais são os critérios.
CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS SEITAS POTENCIALMENTE DESTRUTIVAS E PERIGOSAS
A seita é autoritária na sua estrutura de poder. O líder é visto como a autoridade suprema. Ele ou ela pode delegar algum poder a alguns subordinados com o propósito de observar que os membros aceitem os desejos do líder e suas regras.
Não é possível apelar para outros sistemas superiores de justiça fora desse sistema . Por exemplo: se um professor sentir-se tratado injustamente por um diretor de escola, ele pode apelar para outra autoridade. Numa seita, o líder reivindica ter o poder final sobre qualquer desacordo.
Os líderes das seitas tendem a ser carismáticos, determinados e dominadores. Eles convencem seus seguidores a abandonar suas famílias, empregos, carreiras e amigos para segui-los. Eles (e não os indivíduos) assumem o controle sobre todas as posses de seus seguidores, inclusive seu dinheiro e suas vidas.
Os líderes se auto-elegem, são pessoas messiânicas que declaram ter uma missão especial na vida. Por exemplo: os líderes do culto aos discos voadores afirmam que povos do espaço os escolheram para conduzir as pessoas a locais especiais para aguardar pelas naves espaciais.
Os líderes de seitas centralizam toda a veneração dos membros para si mesmos.
Sacerdotes, rabinos, ministros, líderes democráticos e líderes de movimentos genuinamente altruístas orientam toda a veneração dos seus seguidores para Deus, princípios abstratos e objetivos coletivos. Os líderes de seitas, ao contrário, mantêm -se como focos do amor, devoção e fidelidade.
As seitas tendem a ser centralizadoras no controle do comportamento de seus membros. As seitas tendem a planejar em detalhes o que os membros poderão vestir, comer, onde e quando trabalhar, dormir, tomar banho, assim como sobre o que podem crer, pensar e dizer.
As seitas tendem a ter um duplo código de ética. Os membros são encorajados a serem abertos e honestos com o grupo e fazer confissões a seus líderes. Em compensação, são encorajados a enganar e manipular pessoas de fora, não-membros. As religiões estabelecidas ensinam seus membros a serem honestos e verdadeiros para com todos e a seguirem um só código de ética.
Uma seita tem basicamente dois objetivos: recrutar novos membros e levantar fundos. Religiões e movimentos humanitários também recrutam e levantam fundos. No entanto, seu propósito não é apenas tornar-se maior; tais grupos têm por objetivo melhorar a vida de seus membros e de toda a humanidade. As seitas afirmam fazer contribuições para a sociedade, no entanto isso fica só na promessa. Seu foco é sempre dominar através do recrutamento de novos membros e do levantamento de fundos para se manterem.
A seita parece ser inovadora e exclusiva. O líder afirma estar recusando a tradição, oferecendo algo novo, e instituindo o único meio de mudança viável, que resolverá os problemas da vida e os males do mundo. Enquanto afirma isso, a seita então , de maneira sub-reptícia usa sistemas de coerção psicológica em seus membros para inibir sua habilidade de avaliar a veracidade das promessas do líder e da seita.
CULTOS ENTRE NÓS
Dra. Margaret Thaler Singer
Uma das principais autoridades no tema de persuasão coercitiva, Margaret Thaler Singer, Ph.D.,é psicóloga clínica e professora adjunta emérita da Universidade da Califórnia, em Berkeley. No exercício de sua função ela entrevistou e aconselhou mais de 3.000 membros atuantes ou ex-membros de seitas, seus parentes e amigos.
A Dra. Singer é a autora do livro "Cultos entre nós", que apresenta o resumo de 50 anos de trabalho no assunto. Na década de 50, como psicóloga veterana no laboratório de psicologia do Instituto Militar de Pesquisa Walter Reed, ela trabalhou com o Dr. Robert Jay Lifton e outros que estudavam prisioneiros de guerra da guerra da Coréia. Foi então que ela encontrou as formas de persuasão coercitiva ou programas de reforma de pensamento aos quais, não apenas prisioneiros de guerra mas também civis de várias origens, foram submetidos no Oriente. Ela também entrevistou um número de padres jesuítas que também foram submetidos aos programas de reforma de pensamento quando aprisionados na China.
Em função de seu trabalho anterior no Walter Reed, a Dra. Singer estava familiarizada com a história de persuasão coercitiva em muitas situações através da História. A seguir, estudos de laboratório realizados por psicólogos sociais, estudos de campo sobre influência realizados por antropólogos, e análise da propaganda feita por analistas políticos e lingüistas, tornaram-se úteis quando ela começou a estudar a atuação de seitas atuais e de outros grupos que utilizam processos de reforma de pensamento para induzir mudanças comportamentais e de atitude em seus membros, como eles usam as palavras para persuadir, controlar e até prejudicar as pessoas.
Na década de 60, a Dra. Singer escreve na introdução do livro Cultos Entre Nós:
"Eu comecei a ser procurada por famílias em que havia membros desaparecidos - geralmente a pessoa desaparecida era jovem, entre 18 e 25 anos, e tinha se envolvido com uma ou outra das seitas que estavam apenas começando naquela época. Os familiares e conhecidos revelavam que tinha havido uma mudança na personalidade do desaparecido, uma nova maneira de falar, emoções contidas, um corte com a família e o passado. Reconheci o que me parecia ser os efeitos de um programa de reforma de pensamento ou o tipo de persuasão intensa e os controles sociais que eu já havia estudado por tanto tempo, coisas que, até então, só acreditávamos acontecessem em lugares longínquos. Mas agora, era bem aqui em casa".
Na sua introdução a Dra. Singer define seitas em termos que permitem ver com clareza a relevância desse assunto para todos nós:
"Há muitas definições e pontos-de-vista sobre o que é uma seita , e às vezes, escritores, estudiosos e até mesmo ex-membros evitam usar o termo. O termo "culto" ou "seita" implica em alguma coisa estranha, alguma coisa não muito normal, algo que não bom para nós, Mas como é mostrado no livro Seitas Entre Nós, seitas estão longe de ser marginais e aqueles que pertencem a elas não são diferentes de você ou de mim. Os assuntos que elas representam são fundamentais para nossa sociedade, para a nossa compreensão do outro, e para a nossa aceitação de nossas vulnerabilidades e para o potencial de abuso no nosso mundo.
"Neste livro usarei o termo "culto" ou "grupo cúltico" para me referir a qualquer um dos muitos grupos que brotaram em nossa sociedade e que têm muitas semelhanças na maneira como surgiram, na sua estrutura de poder e na maneira como são governados. Cultos variam desde os mais benignos até aqueles que exercem um controle extraordinário sobre as vidas de seus membros e que usam processos de reforma de pensamento para influenciar e controlar seus membros. Apesar de que a conduta de certos cultos dão margem a crítica pelos não-membros, o termo culto não é, por si só pejorativo mas simplesmente descritivo. Ele denota um grupo que se forma em torno de uma pessoa que afirma ter uma missão ou um conhecimento especial, que será compartilhado com aqueles que abrirem mão de sua liberdade de decidir sobre suas vidas em prol do auto-denominado líder.
"Há cultos de todos os tamanhos, em torno de qualquer tema, e que recrutam pessoas de todas as idades e de todos os tipos. Nem todos os cultos são religiosos, como muitas pessoas pensam. As razões para sua existência podem ser religiosas, com base em estilo de vida, políticas ou em torno de variadas filosofias.
Nem todo mundo que é abordado por um recrutador do culto, se associa, e entre aqueles que assim o fazem, nem todos permanecem para sempre. Os cultos variam em função do seu poder político ou financeiro. Alguns são fenômenos locais com apenas 12 membros. Outros, têm milhares de membros, administram negócios internacionais e controlam complexas organizações no valor de muitos milhões, ou até muitos bilhões de dólares."
Mais além, em sua introdução, a Dra. Singer compara a visão de George Orwell de uma utopia negativa na sua clássica obra "1984", com o mundo interno dos cultos atuais:
"Cultos atuais e grupos de reforma de pensamento tendem a oferecer utopias, lugares onde todos os males da humanidade serão curados. A atração que o culto tem é que, se você vier também, você estará salvo e todos viverão felizes para sempre.
"De tempos em tempos, pessoas têm escrito sobre tais promessas utópicas, mas também têm escrito sobre seu outro lado, que podem ser chamadas de utopias negativas. Em 1949, George Orwell escreveu a respeito da utopia negativa que ele temia estivesse evoluindo, talvez para acontecer em 1984. Outros antes dele, como Daniel Defoe, Aldous Huxley e Jack London, também escreveram sobre utopias negativas nas quais os sistemas políticos gradualmente tolhiam e eventualmente neutralizavam de maneira criativa, científica e caridosa,a mais básica capacidade das pessoas - a de raciocinar. Nesses governos reais ou imaginários, a tortura, as drogas e técnicas misteriosas e esotéricas eram os métodos temidos pelos quais as pessoas poderiam ser controladas.
"O gênio de Orwell permitiu perceber que combinações de técnicas psicológicas e sociais são mais fáceis e mais baratas do que os métodos coercitivos tipo arma-na-cabeça. Persuasão psicológica e social provavelmente também atrairão menos atenção e mobilizarão muito menos oposição de maneira fácil e rápida por parte daqueles sendo manipulados. Orwell ponderou que, se um governo puder controlar toda a mídia e as comunicações interpessoais e ao mesmo tempo forçar os cidadãos a um discurso politicamente controlado, pode extinguir todo pensamento independente. Se o pensamento puder ser controlado então, poder-se-ia evitar ações de rebelião contra o regime. Não somente em seu livro Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, mas também em ensaios sobre política e o idioma inglês, Orwell enfatizou o poder das palavras. Palavras representam pensamentos, e, sem a capacidade de expressar pensamentos, as pessoas perdem o acesso à sua própria capacidade de pensar.
"Quando o ano 1984 chegou, vários governos totalitários estavam controlando e censurando a mídia e dizimando indivíduos dissidentes. E, no decorrer dos anos, muitas versões dos livros de Orwell como Big Brother, Newspeak e Thought Police, alguns terríveis e outros mais sutis, apareceram aqui e ali , em todos os lugares. As predições de Orwell podem nunca se concretizar completamente devido às maravilhosas propriedades da mente humana quando tem liberdade para raciocinar. Mas suas idéias servem como um alerta sobre o quão fortemente o pensamento das pessoas pode ser influenciado.
"Desde a década de 60, têm surgido movimentos, não governamentais, mas de grupos empresariais independentes que se dedicam ao negócio de manipulação da mente e mudança de personalidade. Miríades de falsos messias, charlatães e líderes de cultos e de grupos de reforma de pensamento emergiram e utilizam as técnicas de manipulação orwellianas. Eles recrutam os curiosos, os não-filiados, os confiantes e os altruístas. Eles prometem utopias intelectuais, espirituais, políticas, sociais e de auto-realização. Esses modernos flautistas de Hamelin oferecem, entre outras coisas, caminhos para chegar a Deus, salvação, revolução, desenvolvimento pessoal, iluminação, saúde perfeita, crescimento psicológico, igualdade, canais para comunicar-se com entidades de 35 000 anos de idade , vida em ecosferas, e contato com seres extraterrestres.
"Há realmente um grande banquete de cultos espirituais, psicológicos, políticos e de outros tipos buscando membros e devotos. Contrariando o mito de que aqueles que se filiam aos cultos são buscadores, é o culto que sai ativa e agressivamente em busca de seguidores. Eventualmente, aqueles grupos submetem seus seguidores a tratamentos para anestesiar a mente e bloquear a capacidade de pensamento crítico e também a capacidade de avaliação, e subjugam sua livre escolha dentro de um contexto de hierarquia rigidamente forçada.
"A sabedoria dos tempos indica que a maior parte da manipulação é sutil e disfarçada. Quando Orwell comentou sobre essa sabedoria, ele tinha em mente a evolução de um insidioso e bem sucedido manipulador de mentes e opiniões. Ele se apresentaria como um sorridente e aparentemente benigno "Irmão Maior" (Big Brother). Mas, ao invés de um Big Brother, hoje em dia vemos hordas de Big Brothers no mundo. Muitos deles são líderes de cultos."