7 de janeiro de 2009

Memórias repetitivas ou Inspiração evasiva?

Memórias repetitivas ou Inspiração evasiva?


“Meus problemas são memórias se repetindo no meu subconsciente. Meus problemas pouco ou nada têm a ver com alguém, algum lugar ou uma situação”.
Esse é talvez o tema principal do Dr. Ihaleakala Hew Len no livro “Zero limits” sobre o Ho’oponopono, que escrevera junto a Joe Vitale.

Ao experimentar memórias repetindo problemas, tenho duas opções: posso ficar envolvido com elas e pedir à Divindade liberá-las através da transmutação, assim refazendo, na minha mente, o estado original de vazio... e tornar-me livre de memórias. Nesse estado, sou meu Eu Divino, tal qual a Divindade me criou em sua perfeita semelhança.
Sob o peso das memórias, estou sujeito ao tempo, lugar, problemas, incerteza, caos, ao impulso de pensar e imitar; deixo as memórias me guiarem, desisto da clareza da mente junto ao meu alinhamento com a Divindade.
Quando meu subconsciente está no vazio, é atemporal, ilimitado, infinito, imortal. Se não há alinhamento, não há Inspiração. Se não há Inspiração, não há propósito de vida”.

Ao trabalhar em público, o Dr Hew Len sempre pede à Divindade que “transmute as memórias no meu subconsciente que repetem minhas percepções, meus pensamentos, minhas reações; esvaziando-as. Então, a Divindade preenche minha mente subconsciente e consciente de Inspiração, permitindo à minha alma sentir as pessoas do modo como Deus as sente”.

A humanidade, esclarece, acumulou memórias padronizadas de perceber os demais como precisando de apoio e ajuda. Por sua vez, a Auto-Identidade através do Ho’oponopono tem a ver com liberar as memórias, visto que nosso subconsciente repete a percepção que os problemas se encontram fora, não dentro de nós.

Todo o propósito da prática é restaurar a própria Auto-Identidade através do Ho’oponopono, nosso ritmo natural com a Divina Inteligência. Ao restabelecer o ritmo original, o vazio se abre e a Inspiração preenche a Alma..

Usualmente, os praticantes desejam compartilhar sua informação com o intuito de ajudar os demais. Adotar a atitude ‘eu posso ajudá-lo’ não resolve. Explicar a prática não os livra de suas memórias problemáticas. Apenas a própria prática consegue isso”.

O Dr. Len cita o exemplo do excesso de peso: “Problemas de peso são apenas memórias repetitivas, e essas memórias deslocam você do estado de vazio. Para voltar ao vazio, a Divindade precisa apagar as memórias que resultaram no aumento de peso”. Como apagar essa memória? “A única coisa a fazer é amá-la, perdoá-la e até ser-lhe grata. Ao apagá-la, você garante que o Divino tenha uma chance de vencer substituindo-a por uma inspiração”.

No seminário de fim de semana ele insiste no tema: “Você age movido pela memória ou pela inspiração. Pela memória significa pensar; pela inspiração, consentir. A imensa maioria de nós vive através das memórias. Somos inconscientes disso porque... somos basicamente inconscientes.

Durante seus cursos, o Dr. Len não deixa de ressaltar o efeito do comportamento humano: “O que mantemos individualmente, sejam memórias ou inspirações, exerce um impacto imediato e absoluto sobre tudo, desde a humanidade até o reino animal, vegetal e mineral. Se uma memória é convertida ao vazio pela Divindade em uma mente subconsciente, ela é convertida ao vazio em todas as mentes subconscientes - sim, em todas elas!

Acontece que somente quando sua mente está no vazio pode ter lugar a criação, e ela é chamada ‘inspirar’. No Havaí, esse ‘inspirar’ é chamado de ‘Há’.

Assim, o termo ‘Há’ significa inspiração. ‘Wai’ é a água e ‘I’ é ‘o Divino’;
‘Hawaii’ quer dizer ‘a respiração e a água do Divino’. A própria palavra Hawaii é um processo de limpeza. Deste modo, quando estou em um lugar, por exemplo, antes de entrar em uma sala, pergunto ‘O que há aqui que preciso limpar e não sei o que é? Não tenho idéia de que se trata. Se fizer uso do processo chamado Hawaii, receberei informações das quais não estou consciente e que me retornam ao vazio.

Joe acrescenta que nossa mente só pode servir a um mestre de cada vez: “Ou serve ao que está acontecendo em nossa mente ou serve à inspiração”.

“Toda essa inspiração emana da Inteligência Divina, e ela está dentro de nós. Você não deve passar por cima dela. Você não precisa procurá-la fora. Ela já está em você. O nível imediatamente superior é chamado ‘supra-consciente’, que os havaianos denominam Aumakua. Au significa ‘através de todo tempo e espaço’ e makua quer dizer ‘espírito sagrado ou um deus’ - manifesta uma parte de você que é atemporal e que não tem limites. Essa parte de você sabe exatamente o que está acontecendo.

A simples frase ‘te amo’, diz Dr. Len, contém os elementos que transformam tudo. Ressalta que nela há gratidão, reverência e transmutação”. Joe esclarece: “A frase é como uma palavra mágica que abre a ‘fechadura de combinação’ do Universo. Ao repeti-la - quase como um poema - me abro à limpeza do Divino, que deste modo apaga todos os programas que me impedem de estar aqui agora”.

Mas há incontáveis programas, são como ervas daninhas, complementa o Dr Len.
“Para chegar ao vazio, temos de fazer mais limpeza do que você nem consegue imaginar”.

O sinal de vazio é -se tentamos expressá-lo em palavras- ‘amor’. Dizer ‘te amo’ sem parar ajuda a sintonizá-lo. Repeti-lo ajuda a neutralizar as memórias, programas, crenças e limitações que estão no caminho de seu despertar. Ao continuar limpando, entro em sintonia com a inspiração pura. Ao agir na base dessa inspiração, acontecem mais milagres do que é possível imaginar. Tudo o que tenho a fazer é permanecer na inspiração.

Com a prática de Ho’oponopono, torna-se mais claro qual é realmente a voz da inspiração e qual não é. O Dr Len lembra que não se trata de um ‘prato pronto’ - requer tempo”.

por Jens Federico Weskott - jweskott@uol.com.br
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=15913

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