20 de maio de 2011

Corpo-mente

O corpo-mente é como um quarto. Ele está lá, mas eu não preciso viver dentro dele todo o tempo. A pessoa é meramente o resultado de um mal entendido. Na realidade, não há tal coisa. Sentimentos, pensamentos e ações correm diante do expectador em infinita sucessão, deixando traços no cérebro e criando uma ilusão de continuidade. Uma reflexão do expectador na mente cria o senso de “eu” e a pessoa adquire uma aparente existência independente. Na realidade não há nenhuma pessoa, somente o observador identificando-se com o “eu” e o “meu”.

O que é realmente seu, você não está consciente. Aquilo do qual você está consciente não é nem você nem seu. Seu é o poder da percepção, não o que você percebe. É um engano tomar o consciente como sendo o homem inteiro. O homem é o inconsciente, o consciente e o superconsciente, mas você não é o homem. Seu é a tela do cinema, a luz, e o poder de ver, mas o filme não é você.

Como é minha presença, a qual está sempre aqui e agora, que dá qualidade de realidade a qualquer evento, eu devo estar além do tempo e espaço. E nunca nasci, nem jamais morrerei.

Tome a ideia “Eu nasci”. Você pode tomá-la como sendo verdadeira. Ela não é. Você não nasceu, nem jamais morrerá. É a ideia que nasceu e morrerá, não você. Ao identificar-se com ela você se tornou mortal. Seu engano está em sua crença de que você nasceu. Você nunca nasceu e jamais morrerá.

Nisargadatta
Fonte A Filosofia do EU SOU - Filosofia Advaita (Não-dualista) de Nisagardatta Maharaj
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Lena Rodriguez
CUIDE BEM DE VOCÊ
www.cuidebemdevoce.com

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