Relendo esse excelente texto da Claudia, pessoa muito especial que conheci anos atrás em Nova Friburgo –RJ, quando de uma iniciação que se deu no IDHI-Instituto de Desenvolvimento do Homem Integral e por este ter sido um dos grandes caminhos me ajudaram a me conhecer e me mostrar o quanto somos automatizados, comecei a compará-lo com o processo Ho’oponopono da Identidade Própria, aliás, depois de Ho’oponopono meus conceitos estão mudando tanto que não passa nada pelo meu crivo sem que eu me ponha a questionar o quanto Ho’oponopono é o caminho mais simples que conheci... sim, o mais simples, porém não o mais fácil, como já disse a Rúbia em um de seus textos.
No primeiro parágrafo do texto é mencionado que o Quarto Caminho, que vem a ser O Caminho do Homem Integral é citado:
... talvez o caminho mais difícil a ser seguido, uma vez que nos é imposto praticá-lo em meio à vida cotidiana, no dia-a-dia, sem renunciar ao mundo. No Quarto Caminho é importante manter uma relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais. Deve-se ter capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em prática todos os conhecimentos do Trabalho Em Si.
Apesar da simplicidade do processo Ho’oponopono, ele também requer uma relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias, que absolutamente jamais são fixas e habituais, porque como nos diz o Dr. Len ‘memórias não tiram férias’...
No segundo parágrafo é citado:
... Auto-observação e lembrança de si são chaves para a evolução neste caminho. O homem do Quarto Caminho deve estar conectado, sintonizado com a vida. Deve realmente compreender o significado de "estar no mundo sem ser do mundo"... permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR.
Como no Quarto Caminho, devemos estar cada vez mais presentes, acionarmos nosso observador interno e vendo todas as condições e circunstâncias como uma oportunidade de fazermos a limpeza de nossas memórias... Assim, permitindo que a Paz do Eu seja um estado constante permitindo que nossas atitudes se manifeste através da Inspiração...
O terceiro parágrafo diz:
... devemos compreender e transformar os três desvios básicos do ser humano: o esquecimento de si, a identificação e a consideração interna...
Eu acho que essa tríade cabe bem dentro do processo Ho’oponopono... o esquecimento de si do Quarto Caminho (QC), tem a ver com a não lembrança de estarmos presentes, no AQUI e AGORA... e só podemos fazer a limpeza das nossas memórias, no momento em que surgem pensamentos, sentimentos, emoções ou qualquer tipo de evento, portanto, é somente no PRESENTE que isto acontece... Quanto a identificação do QC, tem a ver com nos identificarmos com tudo a nossa volta, achamos que somos nosso corpo, nossos sentimentos, nossas emoções, etc... e com relação a consideração interna, há toda uma conecção com nossas projeções, ou seja, projetamos subconscientemente nas pessoas em nosso entorno e não conseguimos perceber que eles só estão nos mostrando o que vai dentro de nós mesmos... que tudo que nos incomoda no outro está em nós assim, assim como, tudo o que admiramos no outro também está em nós!
Quanto ao quarto e quinto parágrafo desnecessário se faz comentar, porque a pratica do processo Ho’oponopono acima é tudo o que precisamos. A Mente Consciente tem uma utilidade muito importante porém, nada além disto... Tudo o que precisamos fazer com ela é uma ESCOLHA – continuar vivenciando nossas memórias em um círculo vicioso, deixarmos ser pensados o tempo todo pelas nossas memórias ou pedir para Àquele que Sabe transmutá-las em Luz e, mental e incessantemente, através das quatro frases libertar nossas memórias e voltar a ser livres também!
Lena Rodriguez
A Visão Curativa Através Da Psicologia Iniciática Do Quarto Caminho
1. George Ivanovitch Gurdjieff nasceu entre 1872 na cidade de Alexandrópolis, na província de Kars, Rússia. Sua vida foi dedicada a uma completa busca e transmissão do conhecimento, retratada muito bem no filme e no livro "Encontro com Homens Notáveis" (Ed. Pensamento). A linha de trabalho difundida por Gurdjieff é conhecida como o QUARTO CAMINHO, talvez o caminho mais difícil a ser seguido, uma vez que nos é imposto praticá-lo em meio à vida cotidiana, no dia-a-dia, sem renunciar ao mundo. No Quarto Caminho é importante manter uma relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais. Deve-se ter capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em prática todos os conhecimentos do Trabalho Em Si.
2. Auto-observação e lembrança de si são chaves para a evolução neste caminho. O homem do Quarto Caminho deve estar conectado, sintonizado com a vida. Deve realmente compreender o significado de "estar no mundo sem ser do mundo". Propõe-se que o melhor caminho é o caminho do meio, do centramento, do alinhamento dos centros físico, energético, emocional e intelectual, da harmonização entre o interno e o externo, e aceitar o convite para o verdadeiro DESPERTAR, permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR.
3. Para tal, segundo a linguagem desenvolvida no Quarto Caminho, devemos compreender e transformar os três desvios básicos do ser humano: o esquecimento de si, a identificação e a consideração interna. Estes são a origem dos pensamentos e das emoções mecânicas, que podem ser trabalhadas através da auto-observação e da lembrança de si. Mas não podemos pensar que isto seja fácil, ou que podemos dominar esta prática imediatamente. Não podemos nos tornar conscientes à vontade, no momento em que desejamos, porque não temos controle racional sobre os nossos estados de consciência. Mas podemos nos tornar um pouco mais conscientes, iniciando por um curto tempo, porque temos um certo comando sobre os nossos pensamentos.
4. Estar consciente de si mesmo não são palavras, são sentimentos. É a percepção de quem você é e onde está. Podemos encontrar exemplos de consciência de si em nossas vidas nos momentos que produzimos uma recordação muito forte, como uma viagem extraordinária ou a experiência de um encontro profundo com outra pessoa. O trabalho de consciência proporciona uma memória muito viva. O desenvolvimento do "estar presente" com consciência em meio à vida cotidiana é certamente um caminhar contra a corrente dos fast foods, dos relacionamentos casuais e da superficialidade da comunicação.
5. E se começarmos a cada vez mais a nos conscientizar de nós mesmos através da auto-observação e lembrança de si, aos poucos encontraremos o ponto fraco do muro dos hábitos mecânicos destrutivos de nossa personalidade. E a ruptura de um hábito mecânico, bom ou mal, pode ser muito incomoda, pois foram construídos, sedimentados e, em certa analogia, coloridos e enfeitados ao longo de muito tempo, muitos desde a tenra infância. Com a compreensão da necessidade de uma modificação efetiva em nós mesmos, inicia-se a possibilidade de um trabalho de cura. Com o desenvolvimento da prática, o resultado não tem apenas um significado psicológico, mas também modifica a parte mais sutil de nosso metabolismo e produz efeitos bioquímicos, ou talvez fosse melhor dizer alquímicos, em nosso corpo. Assim, da psicologia chegamos à alquimia, à idéia de transformação dos elementos mais grosseiros em mais sutis.
Texto de Claudia Lins (IDHI) – Nova Friburgo-RJ
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oi, lena...
ResponderExcluirmuito, muito, mas muito mesmo atarefado, só passo hoje para lhe desejar um ótimo final de semana...
beijos em seu iluminado coração.
Caro amigos…praticamente quase tudo que se pode encontrar disponível em livros ou internet sobre o quart caminho ou tal método de desenvolvimento não passam de opiniõens… a halka(circulo)que Gurdjieff penetrou esta viva até hoje…o quarto caminho em si mesmo é mais um estado do que um método,porém existe um método para se chegar a tal estado o que ja vem sendo feito e documentado a pelo menos 1000 anos se quer averiguar estude os mestres classicos deste trabalho;Ibn Arabi,Al Gazzali,Saadi de Shiraz,Jalaludin Rumi ou os mestres conteporaneos Idries Shah e seu irmão Omar Ali Shah.É o equilibrio entre tres forças que atuam dentro de nós é que nos tornam aptos a trilhar o quarto caminho…vc podera estudar e praticar dentro de uma das escolas gurdjieffianas,salzmaniana(discordantes entre si o que prova a inexistencia de um mestre vivo) toda a sua vida e não ter dado um só passo no quarto caminho…praticamente todas as tecnicas empregadas de forma erroneas pelos gurdjeffianos são sufis…exemplo:
ResponderExcluir-a tecnica do STOP- idealizada pelo grande mestre Faridudin Attar o mesmo da linguagem dos passaros,curioso mesmo é saber que até o Peter Brook idealizou uma show teatral baseado neste clássico…
-LEMBRAR-SE DE SI- uma das 11 regras da ordem sufi naqshband (fundada por Bahaudin Naqshband do sec 13) as quais foram copiadas na integra por gurdjieff e passadas aos seus discipulos erroneamente;
mas tão importante quanto lembrar-se de si é também o esquecer-se de si …
Para se trabalhar bem neste ramo não basta boa intenção,isto é coisa para especialista e não aventureiro;pegar uma receita de algo que vem sendo feita a séculos e dizer que é sua não é só plagio mas também roubo…
estas escolas falam muito em leis mais uma das principais eles mesmo desrespeitam…
TEMPO-LUGAR-PESSOAS…
nem tudo pode ser aplicado a qualquer hora em qualquer lugar e pra qualquer pessoa…os tais movimentos ou danças sagradas são exemplos disto.
Me bastou as loucuras que vi lá nos anos em que me submeti ao treinamento dirigido pela sr Nathalie de Salzmann Etievan.
grande abraço…
stopinski786@yahoo.com.br
Grata pelo seu comentário. Respeito sua opnião. A questão TEMPO-LUGAR-PESSOAS acho que tem o seu valor... Mas, sinceramente, nunca achei que eu soubesse de nada e percebo, cada vez mais, que nada sei mesmo... sigo pedindo pela limpeza de minhas memórias, que por sinal acho que está bem enquadrado, em meu ponto de vista, em algo citado pelo senhor > esquecimento de si... Ah... quero muito esquecer de todo esse acúmulo de memórias/programas, que não me levou a praticamente nada!
ResponderExcluirPaz do Eu!