Em primeiro lugar, como rabino e místico, J compreendeu bem os ensinamentos do misticismo judaico antigo. Entre eles, estava a idéia de que o Céu é a proximidade de Deus, e que o inferno é a distância Dele. Mas J, sendo um cara bem determinado, não parou por aí. Para ele, o Céu não era só a proximidade de Deus, mas a Unicidade com Deus. Na verdade, ele é a perfeita Unicidade com Deus. E o inferno não seria só a distância de Deus; ele seria qualquer coisa que seja separada de Deus. Isso restringe as coisas a duas escolhas distintas, e apenas uma delas é real, porque a perfeita Unicidade não pode ter contraparte, ou não seria perfeita.
Então, para J, Deus é imutável, perfeito e eterno. E Deus é sinônimo de espírito, porque nada que Ele faz poderia ser diferente Dele de forma alguma, ou não seria perfeito. E, além disso, se Deus pudesse criar qualquer coisa que não fosse perfeita, então, Ele Próprio também não seria perfeito, não é? E o espírito não tem que evoluir, ou também não seria perfeito.
É claro, Deus não é Ele ou Ela, e estou usando uma linguagem bíblica, como o Curso. Eu poderia chamar Deus de It (NT: “It”, gênero neutro não existente na língua portuguesa), mas isso também não iria empolgar ninguém. Então, logo de cara, percebemos algumas coisas sobre nosso amigo J. Primeiro, ele é determinado. Segundo, não importa o quanto as coisas possam parecer complicadas, sempre só existirão duas coisas entre as quais escolher, e apenas uma delas é real. A outra escolha é uma ilusão, o que já era ensinado pelos hindus e budistas muito tempo antes de J, mas ele elevou a alternativa a uma versão impecável de um Deus que é realmente Perfeito Amor, ao invés de um Deus que é cheio de conflitos e imperfeito.
Além disso, vocês têm que se lembrar que J era do oriente médio. Ele tinha uma inclinação mais oriental do que ocidental, então, certamente estava familiarizado com os ensinamentos do budismo. Ele conhecia o conceito budista sobre o ego. Ele entendia e experenciava que existe apenas um ego parecendo muitos, naquilo que os hindus chamam de o mundo da multiplicidade, e os budistas chamam de impermanência. Então, existe apenas um de nós, que pensa estar aqui, e este sou eu. Realmente não existe ninguém mais. Não existe ninguém lá fora, apenas parece existir. É um truque. A parte consciente da mente olha pra fora e vê todo tipo de separação, corpos e formas diferentes, mas é tudo ilusão. E a parte inconsciente da mente – cuja maior parte está oculta, assim como um iceberg está escondido sob a superfície da água -, sabe que existe realmente apenas um de nós.
O tempo e o espaço, e as diferenças se revelam todos irreais, apesar das aparências. A razão pela qual tudo está ligado é porque existe apenas uma ilusão, assim como existe só um Deus. Mas, Deus não tem nada a ver com a ilusão; essa foi uma presunção falsa da parte das pessoas. As pessoas, então, criaram um Deus à sua imagem, que era a maneira como elas acreditavam ser. Mas Deus nos criou originalmente à Sua imagem: perfeitos, inocentes, e Um. A unicidade que existe na ilusão é uma unicidade de imitação, porque o ego tenta imitar Deus.
Hoje em dia, os físicos quânticos também estão confirmando que o tempo e o espaço são apenas ilusões. O passado, o presente e o futuro ocorrem todos simultaneamente. Nós somos, na realidade, seres não espaciais tendo uma experiência espacial. Pode parecer que vocês estão aí e eu estou aqui, mas isso é uma mentira. O espaço é apenas uma idéia de separação, assim com o tempo. Nós dividimos o tempo e o espaço para que pareçam com intervalos de tempo e lugares diferentes, quando tudo isso foi criado, na verdade, e tudo é o mesmo, ainda que pareça diferente, porque é tudo uma ilusão, baseada no pensamento da separação. Só que os físicos ainda não sabem dessa parte; eles só sabem que nossa experiência é uma ilusão, comparada com a maneira com que as coisas realmente são quando olhamos de perto! Eles ainda não têm o quadro completo, apenas parte dele. A ciência e a espiritualidade ainda não se encontraram completamente, mas estão chegando lá.
Por exemplo, eles sabem que se olharmos para uma estrela que está a 20 bilhões de anos luz daqui, fazemos com que ela mude instantaneamente no nível subatômico. Como isso é possível? É porque a estrela não está realmente a 20 bilhões de anos luz de distância, ela está, na verdade, na minha mente. Ou, mais precisamente, ela é uma projeção da minha mente. Eu a criei, e ela está vindo de mim, não para mim, como a maioria das pessoas acha. E ela nem mesmo é matéria até que eu olhe para ela ou a toque. Ela é energia, que é realmente pensamento, e é por isso que a energia não pode ser destruída. E a matéria é apenas uma forma diferente de energia, retornando à energia e sendo reciclada. (Gary)
E como J usou, há 2.000 anos, todo aquele conhecimento místico budista e judaico, que se equipara às descobertas dos físicos de hoje?(Pursah)
Bem, ele entendeu algo que as pessoas ainda não compreenderam, até mesmo hoje em dia, com todos esses avanços em conhecimento, incluindo psicologia, que é: Se só existe realmente um de nós aqui, e se a parte inconsciente da mente sabe disso, então, o que estamos fazendo quando saímos por aí julgando e condenando outras pessoas, tudo o que estamos realmente fazendo é enviar uma mensagem diretamente à nossa mente inconsciente de que merecemos ser julgados e condenados. Seja o que for que pensemos sobre os outros, na verdade, estamos enviando uma mensagem para nós mesmos, sobre nós mesmos. Então, J decidiu que se existe realmente apenas um de nós que pensa estar aqui, e se a mente inconsciente sabe disso, então, ele iria passar pela vida vendo todos como o que realmente são, que é o perfeito espírito, ao invés de vê-los como corpos, que é apenas uma falsa idéia de separação. Ele iria ver todos como sendo Cristo, puro e inocente, e iria pensar sobre eles como sendo o que realmente são: imortais, invulneráveis, e algo que nem mesmo pode ser alcançado por esse mundo.
Portanto, a chave para a iluminação repousa em um segredo que pouquíssimas pessoas já souberam, mas que J conhecia bem: A maneira como experenciamos e nos sentimos a nosso próprio respeito não é determinada pelo modo como as outras pessoas olham e pensam sobre nós. A maneira como você vai experenciar e se sentir sobre si mesmo é determinada, na realidade, pela maneira pela qual você olha e pensa sobre as outras pessoas. No final das contas, isso determina sua identidade. Você vai se identificar tanto com um corpo quanto com um espírito perfeito, tanto com alguém dividido quanto inteiro, dependendo da maneira com que vê os outros. E, uma vez que isso seja compreendido, acho que você vai ficar muito mais cuidadoso com a maneira que pensa sobre os outros! (Gary)
Trecho SRI
Lena Rodriguez – Terapia Vibracional
“Cuidando da mente equivocada, trazendo-a de volta,
amorosamente, às virtudes de nossa verdadeira Essência”
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