8 de abril de 2012

Julgando quem?

Nós nos sentimos perseguidos, pois temos o medo inconsciente da vingança de Deus, e julgamos sempre baseados num aprendizado passado. Olhamos para tudo e todos com opiniões formadas nesse aprendizado, nas nossas experiências. Nossos relacionamentos, portanto são baseados na desconfiança, no famoso "confiar, desconfiando.” Só há uma chance, e também uma forma de não nos desgastarmos com as mudanças que pretendemos fazer nesses aprendizados passados e viciados: entregar os julgamentos e opiniões ao Espírito Santo! Ele fala por Deus, possui Sabedoria de Deus.

Essa entrega que precisa ser treinada, torna nossas vidas muito mais leves. Julgar é o papel Dele, não o nosso. Ele faz isso sem esforço, sem desgaste e então isso nos tornará leves e felizes. No entanto, isso tem que ser experimentadoapenas na experiência podemos averiguar essa felicidade. Com a ajuda do Espírito Santo, nosso olhar apagará a ideia de dualidade, ou seja, não estaremos mais apontando características boas e ruins em cada um de nossos irmãos. Junto ao Espírito Santo, estaremos acima desses julgamentos, na não-dualidade. Obviamente, isso requer bastante treino.

Sugerimos que você comece, por exemplo, perguntando a si mesmo: “Como será que o Espírito Santo julgaria tal pessoa?”

O seu julgamento pode ser o de que ela seja arrogante, intempestiva, carente, falsa, agressiva ou malvada... Mas se você entregar essa pessoa a Ele, para que Ele a julgue, e conseguir ouvir Sua Resposta, perceberá que difere gritantemente da sua.

O Espírito Santo tem os ensinamentos de Deus “na ponta da língua”: aquele que não está estendo amor, está pedindo amor. Isso é o mesmo que dizer que aqueles nossos irmãos que estão nos atacando, estão implorando por amor.

  • “Aplicando a interpretação que o Espírito Santo faz das reações dos outros cada vez mais consistentemente, ganharás uma consciência crescente de que os Seus critérios são igualmente aplicáveis a ti. Pois reconhecer o medo não é suficiente para escapares dele, embora o reconhecimento seja necessário... Tendo ensinado a só aceitar nos outros pensamentos amorosos e a considerar todas as outras coisas como um pedido de ajuda, Ele te ensinou que o medo em si mesmo é um pedido de ajuda... Se não protegeres o medo, ele vai interpretá-lo... Pois o medo é um pedido de amor, em reconhecimento inconsciente do que foi negado.”[UCEM-T-12.I.8:1-2,7,12-13]

A dinâmica do julgamento segue a seguinte ordem: nossos julgamentos em relação aos outros são precedidos pelo julgamento de nós mesmos. Seguindo os ditames do ego, nós primeiro acreditamos que existe algo profundamente errado conosco porque produzimos e manifestamos um sonho dentro de nós, cujo conteúdo afirma: “Eu alcancei a separação do meu Criador e Fonte.” Então horrorizados pela culpa em relação a tal malfeito, nós buscamos escapar da dor, primeiro negando que ela está em nós mesmos, e depois, projetando-a, tornando alguém mais culpado daquilo de que nos acusamos. Portanto, o pensamento desonesto é nossa autoacusação, e o ato desonesto é nossa acusação e julgamento do outro. Ao darmos o veredicto de culpa ao nosso irmão, nós meramente reforçamos a culpa que primeiro tornamos real dentro de nós. Isso, inevitavelmente leva ao fim da paz. (Wapnick,2008)

(trechos de Um guia para o perdão)

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Algumas palavras...

Como Kenneth Wapnick diz abaixo, o termo Espírito Santo é descrito no UCEM de forma metafórica, ou seja, metáforas tem sempre sentido figurado, e portanto esta é a linguagem do Curso. Porém, esse elemento Sábio em todos nós, tem muitos outros nomes nas várias tradições religiosas, espíritas e metafísicas, tais como: EU Superior, Krishna, Mente Supraconsciente, assim como outros nomes citados abaixo por ele... Não tem a menor importância de como chegamos a acessar, isto não mudará Sua intrínseca Presença. (Lena Rodriguez)

(*)Espírito Santo: a Terceira Pessoa da Trindade que é metaforicamente descrita no Curso como a Resposta de Deus à separação; o Elo de Comunicação entre Deus e Seus Filhos separados, fazendo uma ponte sobre a brecha entre a Mente de Cristo e a nossa mente dividida; a memória de Deus e Seu Filho que trouxemos conosco no nosso sonho; Aquele Que vê nossas ilusões (percepção), conduzindo-nos através delas à verdade (conhecimento); a Voz por Deus, o Que fala por Ele e pelo nosso Ser real, lembrando-nos da Identidade Que esquecemos; também denominado como a Ponte, o Consolador, o Guia, o Mediador, o Professor e o Tradutor. (Introdução Básica a Um Curso Em Milagres – Kenneth Wapnick, 1993)

Cuide bem de você...
www.cuidebemdevoce.com

2 comentários:

  1. Querida Lena,
    lamentavelmente discordo totalmente do texto e da sua afirmação que não devemos julgar, isso nega a essencia do ser humano, o ser humano é o único ser da criação que julga que questiona se algo é correto ou errado se algo é justo ou injusto, se algo é bom o ruim e de fato só conseguem viver sem fazer isso os iluminados e eu ainda não conheci nenhum ao vivo na minha vida, logo para nós o resto dos mortais, julgar é parte de nosso dia-a-dia, acredito que o que devemos fazer é aprender a aceitar o julgamento dos outros sem nos fecharmos pela dor que causa a nosso ego a destruição da ideia tão linda que temos e aproveitar para aprender oq eu temos a melhorar com esses julgamentos. Esta errado dizer às pessoas que no julguem, se cria uma realidade falsa que não existe, todos sempre estão julgando e isso é fundamental na vida pessoal e profissional, ninguem vai falar para o selecionador de uma empresa: Não me julgue, deixe que o espirito Santo faça isso... E se você não julga a confiança que pode dar a cada pessoa pode entregar a alguém o poder de fazer mal a pessoas queridas suas. Por isso digo julgue com amor e aceite os julgamentos de forma construtiva, não julgar é não ser humano.

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  2. É um direito seu discordar, caro amigo! Paz do EU!

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