14 de abril de 2008

A ILUSÃO E A REALIDADE DO AMOR

A ILUSÃO E A REALIDADE DO AMOR


Não tenhas medo de olhar para o relacionamento especial de ódio, pois a liberdade está em olhar para ele. Seria impossível não conhecer o significado do amor exceto por isso. Pois o relacionamento especial de amor, no qual está escondido o sentido do amor, é empreendido somente para fazer com que o ódio não seja visto, mas não para deixar que ele se vá. A tua salvação despontará com clareza diante dos teus olhos abertos à medida que olhares para isso. Não podes limitar o ódio. O relacionamento especial de amor não vai fazer com que ele não seja visível, vai apenas empurra-lo para o subsolo e escondê-lo de vista. É essencial traze-lo para ser visto e não fazer nenhuma tentativa de escondê-lo. Pois é a tentativa de equilibrar o ódio com o amor que faz com que o amor seja sem significado para ti. Não reconheces a extensão da ruptura que existe nisso. E até que o faças, ela permanecerá sem reconhecimento e, portanto, sem cura.

Os símbolos do ódio contra os símbolos do amor encenam um conflito que não existe. Pois símbolos representam uma outra coisa e o símbolo do amor não tem significado se o amor é tudo. Passarás por esse último desfazer sem nenhum dano e emergirás daí, finalmente como tu mesmo. Esse é o último passo para se estar pronto para Deus. Não desistas da tua vontade agora; estás perto demais e vais cruzar a ponte em perfeita segurança, traduzido em quietude da guerra para a paz. Pois a ilusão do amor nunca irá satisfazer-te, mas a sua realidade, que te espera do outro lado, te dará tudo.

O relacionamento especial do amor é uma tentativa de limitar os efeitos destrutivos do ódio, achando um abrigo na tempestade da culpa. Não faz nenhuma tentativa de erguer-se acima da tempestade , à luz do sol. Ao contrário, enfatiza a culpa fora do abrigo tentando construir barricadas contra ela e manter-se do lado de dentro. O relacionamento especial do amor não é percebido como um valor em si mesmo, mas como um lugar de segurança do qual o ódio é cortado e mantido à parte.

O amor não é uma ilusão. É um fato. Onde a desilusão é possível, não houve amor, mas ódio. Pois o ódio é uma ilusão e o que pode mudar nunca foi amor. É certo que aqueles que selecionam determinadas pessoas como parceiros para qualquer aspecto da vida e as usam para qualquer propósito que não compartilhariam com os outros, estão tentando viver com culpa ao invés de morrer de culpa. Essa é a escolha que vêem. E o amor, para eles, é apenas uma maneira de escapar da morte. Eles o buscam desesperadamente, porém não na paz na qual, com contentamento, o amor viria a eles em quietude...

Não existe triunfos de amor. Só o ódio tem qualquer ligação com o “triunfo do amor”. A ilusão do amor pode triunfar sobre a ilusão do ódio, mas sempre ao preço de fazer de ambos ilusões. Enquanto durar a ilusão do ódio, nessa mesma medida o amor será uma ilusão para ti. E então, a única escolha que permanece possível é determinar qual a ilusão que preferes. Não há conflito na escolha entre verdade e ilusão. Vendo isso nesses termos, ninguém hesitaria . O conflito entra no instante em que a escolha parece se fazer entre ilusões, porém essa escolha não tem importância. Onde uma escolha é tão perigosa quanto a outra, a decisão tem que ser uma decisão de desespero.

A tua tarefa não é buscar o amor, mas simplesmente buscar achar todas as barreiras que construíste dentro de ti contra ele. Não é necessário buscar o que é verdadeiro, mas é necessário buscar o que é falso. Toda ilusão é uma ilusão do medo, não importa a forma que tome. E a tentativa de escapar de uma ilusão para outra tem que falhar. Se buscas o amor fora de ti mesmo, podes estar certo de que percebes o ódio dentro de ti e tens medo desse ódio. No entanto, a paz nunca virá da ilusão do amor, mas só da sua realidade.

Reconheces isso posto que é verdadeiro, e a verdade tem que ser reconhecida se é que queremos distingui-la da ilusão: o relacionamento especial do amor é uma tentativa de trazer o amor para a separação. E como tal não é nada mais do que uma tentativa de trazer o amor para o medo e fazer com que ele seja real no medo. Violando fundamentalmente a única condição do amor, o relacionamento especial do amor quer realizar o impossível. Como, a não ser em ilusões , isso poderia ser feito? É essencial que olhemos bem de perto exatamente o que é que pensas que podes fazer para resolver esse dilema que te parece muito real, mas que não existe. Vieste até aqui e estás próximo da verdade e só isso se interpõe entre ti e a ponte que te conduz a ela.

O Céu espera silenciosamente e as tuas criações estendem as mãos para ajudar-te a atravessar e dar boas-vindas a elas. Pois é a elas que buscas. Não buscas senão a tua própria completeza e são elas que te tornam completo. O relacionamento especial de amor não é senão um pobre substituto para aquilo que te faz íntegro de verdade, não em ilusões. O teu relacionamento com elas é sem culpa e isso te permite olhar todos os seus irmãos com gratidão...A aceitação das tuas criações é a aceitação da unicidade da criação, sem a qual jamais poderias ser completo. Nenhum especialismo é capaz de te oferecer o que Deus te deu e o que tu és unido a Ele no dar.

Do outro lado da ponte está a tua completeza, pois estarás totalmente em Deus, sem vontade de ter nada em especial, mas apenas ser totalmente como Ele, completando-O pela tua completeza. Não tenhas medo de atravessar para a morada da paz e da santidade perfeita. Somente lá está a completeza de mundo da ilusão, onde nada é certo e onde tudo falha em satisfazer. Em nome de Deus, estejas totalmente disposto a abandonar todas as ilusões...

A ponte que conduz à união em ti mesmo tem necessariamente que conduzir ao conhecimento, pois foi construída com Deus ao teu lado e te conduzirá diretamente a Ele, onde está a tua completeza totalmente compatível com a Dele. Toda ilusão que aceitas em tua mente, julgando-a atingível, remove o teu próprio senso de completeza e assim nega a Integridade do teu Pai. Qualquer fantasia, seja ela de amor ou de ódio, priva-te do conhecimento, pois as fantasias são o véu, que por trás do qual oculta a verdade. Para levantar o véu, que parece tão escuro e pesado, só é preciso valorizar a verdade além de qualquer fantasia e estar inteiramente disposto a não te satisfazeres com a ilusão no lugar da verdade.

Não queres ir através do medo para o amor? O amor chama, mas o ódio quer que fiques. Não escute o chamado do ódio e não vejas fantasias. Pois a tua completeza está na verdade e em nenhum outro lugar. Vê no chamado do ódio e em qualquer fantasia que surja para atrasar-te apenas o pedido de ajuda que se eleva sem cessar de ti ao teu Criador. Não iria Ele te responder, já que a tua completeza é a Sua? Ele te ama totalmente sem ilusões, como tu tens que amar. Pois o amor é totalmente sem ilusão e, portanto, totalmente sem medo.. Na tua completeza está a memória da Sua Integridade e da Sua gratidão para contigo pela Sua completeza...

O teu Pai não é capaz de esquecer a verdade em ti do que tu és capaz de falhar em lembra-la. O Espírito Santo é a ponte até Ele, feita da tua disponibilidade para unir-te a Ele e criada pela Sua alegria em união contigo. A jornada que parecia sem fim está quase completa, pois o que é sem fim está muito próximo. Quase o reconheceste. Afasta-te comigo firmemente de todas as ilusões agora e não deixes que nada obstrua o caminho da verdade.

... A ponte, através da qual Ele quer carregar-te, te elevaria do tempo para a eternidade. Desperta do tempo e responde sem medo ao chamado Daquele que te deu a eternidade na tua criação. Desse lado da ponte que leva à intemporalidade, tu nada compreendes. Mas conforme fores pisando levemente sobre ela, seguro pela intemporalidade , és dirigido diretamente ao Coração de Deus. No seu centro e somente lá, estás a salvo para sempre porque estás completo para sempre. Não há nenhum véu que o Amor de Deus em nós juntos não possa levantar. O caminho para a verdade está aberto. Segue-o comigo.


UCEM – (Cap. 16 - IV.)

... Não há nenhum véu que o Amor de Deus em nós juntos não possa levantar...
Lena

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