24 de fevereiro de 2008

O APEGO

O apego ocorre quando um ser prende-se a um determinado momento que pode ou não ter a presença de outro ser, de um objeto, de uma lembrança ou visão. O ser prende seu pensamento, intensificando o sentimento gerado naquele momento.

Como podemos identificar nossos apegos? Toda vez que sua lembrança de um fato se dá, você tem um apego, que varia conforme sua intensidade. Os apegos consomem muita energia, se não tivéssemos apegos, viveríamos todo o tempo em comunhão absoluta, porque a quantidade de energia gasta é imensa.

Existe uma intensidade e ainda um tipo de energia gerada por cada tipo de apego, aqueles acontecimentos que nos fazem estremecer, quando lembrados, retomando a energia do momento vivido, são os mais fortes, onde se perde mais energia, se este momento tem natureza de prazer, tristeza e raiva, é pior ainda, porque automaticamente revivemos aquilo que nos perturba a consciência, emitindo raios energéticos às coisas e aos seres envolvidos no acontecimento.

Desta maneira, muitos vivem apenas para manter seus apegos, tornando-se cada vez mais presos às massas energéticas dos próprios pensamentos. Precisamos, para nos libertar dos apegos, reconhecê-los sem medo de investigar o que motivou seu surgimento.

Quando a mágoa, que é um tipo de apego ao sofrimento, instala-se, ela é o tempo todo justificada por conceitos de não realidade, como por exemplo: "Esta pessoa fez com que eu sofresse por uma atitude ruim"; isto é uma grande ilusão que prende o ser ao apego, ele justifica a quantidade de energia gasta na ilusão do apego, de modo a mantê-lo até que sua consciência esteja sufocada e ele precise da misericórdia divina para ampará-lo, assim, devemos aos apegos e desejos toda nossa falta de capacidade de iluminação consciencial.

Devemos identificar nossos apegos, começando com aqueles que consomem mais energia e geram sentimentos e pensamentos mais densos, como a paixão, a saudade, a tristeza, a raiva, o rancor, a agressão. Aquilo que muitos chamam de amor pode ser causa de grande apego, uma vez que nossa consciência não deixa ver que isto é, na realidade, desejo x ego. O amor não gera apego, não tem essa característica, o amor ilumina a alma, ao invés de aprisioná-la.

Devemos ir ao fundo de nossas consciências sempre que estamos lembrando de acontecimentos passados, e ainda precisamos perceber que não podemos justificá-los pairando em nossas mentes, consumindo nossa energia.

Assim, pensou em algo, investigue, sem colocar sentimento nesta ação, apenas olhe e fortaleça suas bases no darma para perceber a ilusão comendo sua energia, se sua compreensão lhe negar a resposta da ilusão, apenas disperse o pensamento e, em oração, visualize por dez vezes o rosto de algum mestre em que tenha fé e peça para esquecer, por que você não quer mais perder energia com aquilo, pois intimamente sua alma sabe que a ilusão está procurando roubar sua energia.

É assim que você se liberta primeiramente do sentimento e depois do apego, se você não esquecer esta prática, você pode se libertar em média de um apego sério por mês.

Saiba ainda que todo apego foi gerado por um desejo, então, controle seus desejos, pare de olhar para a ilusão para achá-la bonita, faça sua escolha, liberte-se, ou caminhe mais.

O desejo conduz ao apego, pois tudo que desejamos é uma ilusão, se desejamos um corpo, teremos apego a ele, e nossa alma ficará sofrendo a falta dele quando o corpo perecer.

Se nos apegamos ao sofrimento, é por termos desejado uma atitude nobre que não foi correspondida por parte da outra pessoa, a atitude deve partir de nossa alma, nela está a força, não na mágoa.

Se desejamos o mundo físico ou astral, seremos mundo, então, contrariamos nossas almas e estamos sujeitos ao dual. Amor, Paz e Luz são reflexos iguais, além de tudo e em tudo, Pai-Mãe Amado.
Luz, Amor, Paz.

Irmãos de Órion.
Mensagem recebida em 20/11/99.

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