19 de agosto de 2007

O que é a janela da percepção?

“Quando você volta para o amor, o que você vê fora é a perfeição”... Isha


A janela é o nosso inconsciente. São os registros e interpretação das coisas que aconteceram conosco ao longo da nossa vida. Essas interpretações criam o nosso mundo. E criam a nossa experiência de percepção do universo.

Darei alguns exemplos. Quando eu era ainda recém-nascida, fui dada para adoção. Por isso, meu primeiro sistema de crenças era que as pessoas que me amavam iriam me abandonar. Eu sentia muito amor pela família que me adotou, mas, quando eles me contaram que eu era adotada eu me fechei para esse amor, porque decidi que o amor era algo em que não se podia confiar. Desse momento em diante, eu comecei a repelir o amor.

Depois, vivi várias outras experiências. Por exemplo, minha família era muito intelectual, mas eu não era uma aluna brilhante na escola. Por isso, eu acreditava que não era inteligente o bastante. Quando comecei a amadurecer, era gorda e sem graça. Por isso, passei a acreditar que não era bonita.

Essa era a minha janela. Era assim que eu via o mundo.

Mas nada disso era verdade! Eu era bonita, era inteligente e era a fonte de todo amor. Eu sou única e perfeita exatamente como sou, mas tudo o que eu conseguia enxergar era o que estava errado e eu projetava esse medo no plano externo.

Quando você se ilumina, você se dá conta de que não há nada no exterior. Você se dá conta de que tudo é apenas o reflexo no espelho, de todas as facetas da sua totalidade. Tudo o que vemos fora de nós é visto através da nossa janela. Quando estamos inconscientes, vemos tudo através dessa janela.

Se você olhar para a iluminação, não poderá vê-la. Você não pode ver o mestre. Você só consegue ver através dessa janela.

Você cria o seu mundo a cada instante. Você é um mestre criador, mas não sabe disso!

Você acha que é a vítima das circunstâncias externas. Você acredita que o seu poder pertence a um ser maior – a um deus no céu, ou inferno, dependendo da sua experiência – mas tudo o que você vê fora de você é você quem cria.

Por isso, quando você volta para o amor, o que você vê fora é a perfeição. Só quando você está longe do amor, você percebe a dualidade e o medo do que está errado.

Eu poderia falar eternamente sobre a dualidade e as limitações, porque são muito complexas e representam uma diversão para o intelecto. O intelecto acolhe com fervor a dualidade e o medo, que mantém o intelecto entretido, com seus sessenta mil pensamentos por dia.

Mas o amor – a verdade – é muito mais simples. Não faz perguntas. Apenas é, na perfeição, no momento. É inocente.

Isso é o que acontece quando a janela está limpa. A consciência supera a dualidade.

Texto do livro de Isha: Revolução da Consciência – Uma Nova Visão de Vida.

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